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5 destinos encantadores na Serra da Mantiqueira

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Descubra esse cantinho para lá de acolhedor do interior de Minas Gerais, cheio de pessoas especiais para conhecer

A Serra da Mantiqueira encanta com suas paisagens deslumbrantes e rica biodiversidade A Serra da Mantiqueira encanta com suas paisagens deslumbrantes e rica biodiversidade Imagem: Fagner Martins | Shutterstock

Não é segredo que a Serra da Mantiqueira guarda cenários espetaculares. O que nem todos sabem é que essa região vai muito além daqueles destinos mais falados, como Campos do Jordão e Monte Verde. E é entre as montanhas do sul de Minas Gerais, pertinho da tríplice divisa com São Paulo e Rio de Janeiro, que encontramos um roteiro especial, descobrindo alguns dos municípios da microrregião do Circuito das Águas.

Sem grandes núcleos urbanos por perto, esta é uma região que de fato abraçou o turismo de experiência. São propriedades rurais, cachoeiras, queijos premiados, boa gastronomia e paisagens inspiradoras nesse cantinho do interior de Minas Gerais, em um roteiro que atravessa Aiuruoca, Alagoa, Itanhandu, Passa Quatro e Itamonte.

A dica é chegar até lá de carro, em poucas horas para quem sai tanto de São Paulo quanto do Rio de Janeiro, ou mesmo de Belo Horizonte. E deixe-se perder pelas estradas, encontrando boas surpresas e pessoas tão especiais pelo caminho. A verdade é que, com aquela típica hospitalidade que só os mineiros conseguem oferecer, fica até difícil ir embora.

1. Aiuruoca

Com uma longa história de mais de 300 anos, Aiuruoca é uma cidade tranquila e essencialmente rural, com pouco mais de 6 mil habitantes. Seu nome significa “casa de papagaio” em tupi-guarani, graças aos paredões rochosos do Pico do Papagaio onde se aninhavam esses pássaros, notadamente o papagaio-de-peito-roxo.

Pico do Papagaio

E é exatamente o Pico do Papagaio o cartão-postal de Aiuruoca, que pode ser visto a partir de diversos pontos da cidade. Nas Terras Altas da Mantiqueira, Aiuruoca se privilegia de seu relevo mais acidentado, apresentando diversos mirantes com visuais imponentes, mais de 40 cachoeiras catalogadas, como a do Deus me Livre, a das Fadas e o Poço do Joaquim Bernardo, e ainda diversos picos para trilhas e escaladas, a maioria no Parque Estadual da Serra do Papagaio.

Esta é também uma cidade de fortes tradições: a Semana Santa, por exemplo, é patrimônio cultural tombado, assim como seu Carnaval antecipado, considerado o primeiro do país – festa que acontece desde 1938. Tem ainda produções centenárias de queijo prato, azeite e cachaça.

Explorando Aiuruoca

No centro de Aiuruoca, a Casa de Cultura funciona como centro de atendimento ao turista, onde você pode ter mais informações sobre passeios e contratar guias cadastrados pela prefeitura. Como as estradas rurais são de terra, com muitas subidas e descidas, o mais indicado é seguir a bordo de um carro 4×4.

Aliás, são os bairros rurais que concentram a maior parte dos atrativos de Aiuruoca. A fazenda Lá da Serra oferece visitação guiada com colheita de frutas vermelhas, como amora, framboesa e mirtilo. Já o Olibi Azeites Artesanais proporciona uma imersão no mundo da olivicultura, com direito a caminhada pelos olivais e uma degustação na qual você aprende a identificar um real azeite extravirgem e a maneira correta de saboreá-lo.

No final, um café bem mineiro com alguns quitutes aguarda o grupo. A visita completa no Olibi dura cerca de duas horas e acontece às terças, quintas e aos sábados, sempre às 10h (é necessário fazer reserva). Também é uma oportunidade para conhecer os exemplares projetos ambientais da propriedade, como o reflorestamento de áreas de Mata Atlântica e a reintrodução de aves resgatadas na natureza, em uma parceria com o Ibama.

Gastronomia e hospedagem

No quesito gastronomia, o restaurante Casal Garcia é imperdível. O cardápio traz como protagonistas os ingredientes autênticos da Mantiqueira, como truta, pinhão, queijos e cogumelos, em pratos cheios de sabor. O ambiente do restaurante é de puro aconchego, com um charme rústico em meio à natureza e direito a vistas deslumbrantes para a serra.

O local também dá acesso a uma trilha bem demarcada para a Cachoeira dos Garcias, uma das mais famosas de Aiuruoca. Para quem quer aproveitar ainda mais essa paisagem, e o show à parte do nascer do sol, o Casal Garcia conta com um hostel próprio, com três quartos privativos para casais e um coletivo para cinco pessoas.

Uma vista incrível – quase uma via de regra para as propriedades rurais de Aiuruoca – também emoldura o restaurante Velho Oeste Minas, todo inspirado no faroeste norte-americano. Ali o clima é de puro alto-astral, com os carismáticos proprietários entrando de cabeça na brincadeira, sempre fantasiados e até recriando cenas dignas de filmes junto com os clientes. Sair com um sorriso no rosto é garantia da casa, que ainda oferece pratos deliciosos, como arroz carreteiro, feijão tropeiro e filé de truta com mandioquinha.

Paraíso dos Tucanos

Outro recanto especial em Aiuruoca é a pousada Paraíso dos Tucanos, cercada por uma ampla área verde, repleta de árvores e jardins bem cuidados. Junto a essa exuberante natureza, os hóspedes podem aproveitar piscina, ofurô na beira do lago, caiaque, stand-up paddle, passeio a cavalo e muito mais.

São poucos quartos, todos bem aconchegantes, lembrando uma casa de fazenda. Pela manhã, desperte ao canto dos pássaros, incluindo grupos de tucanos que aparecem por ali diariamente, e desfrute de um café da manhã caprichado, com itens feitos na casa, como o delicioso pão de queijo. A pousada tem ainda o restaurante Casa de Vidro, que serve também almoço e jantar.

Alagoa é conhecida por produzir um dos melhores queijos do Brasil e do mundo Imagem: Rimma Bondarenko | Shutterstock

2. Alagoa

Em Alagoa (assim mesmo, sem o “s” no final), a mais alta das Terras Altas da Mantiqueira mineira (mais de 1.100 metros de altitude), é feito um dos melhores queijos do Brasil e do mundo. A história do queijo artesanal de Alagoa começou há mais de 100 anos, com um imigrante italiano que passou a produzir ali um queijo inspirado no parmesão.

Desde então, a nova receita virou uma tradição e se espalhou pelas fazendas da cidade, passando de geração em geração. O que torna o queijo de Alagoa único é o modo de fazer, que continua o mesmo desde sua origem: leite cru (não pasteurizado) e maturação sem refrigeração artificial, sem uso de corantes ou conservantes. Acrescente a essa receita o terroir especial de Alagoa, a combinação singular de clima, altitude, solo e todas as outras características envolvidas no processo.

Queijos premiados

O resultado surpreende os mais experientes paladares com queijos superpremiados, tanto no Brasil quanto no exterior. O queijo Alagoa, macio, suave e fácil de harmonizar, foi medalha de Prata no Mondial du Fromage na França em 2019. Já o Queijo Faixa Dourada, maturado por 30 dias com azeite extravirgem de Alagoa, foi Super Ouro no III Prêmio Queijo Brasil, considerado o melhor queijo artesanal de leite cru do país. E esses são apenas alguns exemplos.

Hoje, Alagoa é uma região produtora de queijo artesanal certificada pelo governo de Minas Gerais. Tem 138 produtores de queijo e, dizem, mais gado do que habitantes. A cidade produz até três toneladas de queijo por dia. E muito desse sucesso é graças ao trabalho de um cidadão alagoense: Osvaldo Martins, o Osvaldinho.

Feitos de Osvaldinho

Inspirado em seu bisavô, que era tropeiro e vendia queijos para além das montanhas da Mantiqueira, Osvaldinho decidiu ajudar um pequeno produtor local que enfrentava dificuldades para escoar seus queijos. Assim, fundou a Queijo D’Alagoa em 2009, pioneira na venda de queijo pela internet, com entregas de Norte a Sul do país. Segundo Osvaldinho, que mostra uma profunda paixão pelo que faz, ele é um tropeiro digital.

Em 2010, ele iniciou também o movimento pelo Queijo Artesanal de Alagoa, para buscar a certificação do produto e levá-lo a premiações mundo afora. O trabalho de Osvaldinho foi um divisor de águas na cidade, dando visibilidade aos pequenos produtores e ao queijo alagoense como nunca antes.

A queijo D’alagoa tem uma loja física no centro da cidade, onde você pode comprar queijos de produtores parceiros e outras delícias feitas na região, como geleias, café, doce de leite e azeites. Osvaldinho também liderou a criação da Rota do Queijo e do Azeite, para movimentar o turismo em Alagoa e mostrar o que a cidade tem de melhor.

Rota do Queijo e do Azeite

O roteiro, criado em 2016, recebeu, só no ano passado, mais de 400 turistas. Passeio de um dia inteiro, a versão expressa da Rota começa com uma visita à Fazenda Cauré, com seus 36 hectares de olivais e 16 mil pés de oliveiras. Na caminhada pela plantação, é possível saber mais sobre a produção de azeitonas e azeite, além de se deparar com belíssimas paisagens. As azeitonas cultivadas ali dão origem exclusivamente ao azeite da Prado & Vazquez, marca de Alagoa já premiada na Espanha. Aliás, a Rota inclui ainda visita à fábrica da Prado & Vazquez na cidade.

À tarde, é o momento de conhecer a Fazenda 2m, de Sô Márcio e sua esposa, a mestre queijeira Dona Dirce. Ali é feito o queijo Alagoa premiado na França, o primeiro da região a receber uma honraria do tipo. Faz parte dessa rica experiência conhecer a produção dos queijos e bater um papo com o casal. Ao final do passeio, Dona Dirce prepara um café da tarde bem mineirinho, com direito a pão de queijo, cafezinho, bolo e, é claro, muito queijo. A fazenda fica a 1.525 metros de altitude e conta com vistas incríveis para as montanhas ao redor.

Essa versão da Rota do Queijo e do Azeite tem ainda almoço incluso e parada na loja da Queijo D’Alagoa. É necessário fazer reserva.

3. Itanhandu

Além de trilhas, cachoeiras e outros passeios ecoturísticos e de aventura, a cidade de Itanhandu também se destaca por sua produção leiteira e queijeira. E a fazenda Pérola da Serra tem um grande diferencial: é a única da região com uma criação de búfalos. Sua produção de queijo de búfala começou em 2015, depois de um longo processo de desenvolvimento.

Todos os queijos da Pérola da Serra são feitos de maneira artesanal, desde esticar e trançar a muçarela até mesmo a delicada confecção da burrata, e somente com leite de búfala. Em comparação como queijo de leite de vaca, o de búfala apresenta uma série de benefícios, como menos colesterol, mais cálcio e outros nutrientes e menos componentes alergênicos.

Empresa familiar liderada pelo casal Carlos e Adriana, a Pérola da Serra é aberta para visitas, mediante agendamento. É uma verdadeira aula sobre todo o manejo das búfalas, criadas com muito cuidado e respeito, o processo da ordenha e a fabricação do queijo. Você também pode interagir com os dóceis filhotes de búfalos.

Ao final, acontece a tão esperada degustação dos saborosos queijos, acompanhada de um bom café. A variedade surpreende: além de 14 tipos de queijo, como muçarela, burrata, minas frescal, meia cura e parmesão, a Pérola da Serra produz ainda outros itens a partir do leite de búfala, como o doce de leite.

O Trem da Serra da Mantiqueira oferece um passeio de 2 horas por paisagens rurais, com paradas para compras de artesanato local Imagem: Iuliia Timofeeva | Shutterstock

4. Passa Quatro

O roteiro pela Mantiqueira de Minas continua em Passa Quatro, estância Hidromineral que tem sua história muito ligada à antiga Estrada de Ferro Minas-Rio, cuja inauguração, ainda no século XIX, contou com a presença ilustre de D. Pedro II, tamanha sua importância na época. A estação ferroviária de Passa Quatro data de 1884. Hoje, opera apenas para fins turísticos – e é exatamente o passeio de maria fumaça a principal atração da cidade.

O Trem da Serra da Mantiqueira percorre cerca de 10 km por paisagens rurais da serra, entre a estação de Passa Quatro e a de Coronel Fulgêncio, esta última já a poucos metros da divisa com o estado de São Paulo, junto à cidade de Cruzeiro. O passeio completo, ida e volta, dura em torno de 2h e inclui duas paradas, onde os passageiros podem desembarcar do trem e comprar produtos artesanais locais.

A partir da estação de Coronel Fulgêncio, é possível visitar, depois de uma curta caminhada pelos trilhos, o Túnel da Mantiqueira. Também do século XIX, tem quase 1 km de comprimento, com uma das entradas em Minas Gerais e a outra em São Paulo.

Graças a essa localização estratégica, foi um marco da Revolução Constitucionalista de 1932, onde ocorreu o momento mais sangrento desse conflito. Ali, os mineiros impediram de forma armada o avanço dos paulistas para dentro do estado de Minas, sendo essencial para frear a revolução.

O passeio de maria fumaça do Trem da Serra da Mantiqueira acontece todos os sábados e domingos, além de algumas datas especiais. Vale comprar o ingresso antecipado pelo site.

5. Itamonte

Itamonte é um destino muito procurado por montanhistas e aventureiros que desejam explorar trilhas de diversos níveis de dificuldade e levam a lugares como o Pico dos Três Estados, o Pico das Agulhas Negras, a Pedra do Picu e o próprio Parque Nacional do Itatiaia.

Outra atração conhecida é o Instituto Alto Montana da Serra Fina, uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) que trabalha nos segmentos de pesquisa, educação e conservação da biodiversidade, protegendo um remanescente florestal de Mata Atlântica, inúmeras espécies endêmicas e mais de uma dezena de nascentes. O local também já foi o endereço do hotel mais luxuoso de Minas, antiga estrutura que hoje funciona como o Abrigo Alto Montana, uma acomodação de baixo custo que recebe muitos montanhistas.

O Alto Montana conta com trilhas para corridas de montanha e mountain bike, rampa de voo livre e pontos para a prática de rapel de cachoeira. Quem prefere atividades menos radicais pode aproveitar uma rede de trilhas, sendo algumas autoguiadas, birdwatching e cachoeiras.

A partir do centro de visitantes, uma caminhada de apenas 400 metros leva à Cachoeira Pinhão Assado, com vários pontos para banho. Algumas atividades precisam ser agendadas previamente e apresentam taxas extras.

Por Patrícia Chemin – revista Qual Viagem





Fonte: Jovem Pan

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ENQUETE – MORNING SHOW – Você toma precauções no trânsito contra assaltos?

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*As enquetes do Grupo de Comunicação Jovem Pan não possuem caráter científico e só refletem a opinião de sua audiência.



Fonte: Jovem Pan

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‘Estamos próximos de uma guerra quase mundial’, alerta papa Francisco

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O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’

GIUSEPPE LAMI/EFE/EPAPapa Francisco preside Santa Missa da Vigília Pascal na Noite Santa de Páscoa na Basílica de São Pedro
O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’

O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.

O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.

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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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Corpo de Anic, advogada que desapareceu em Petrópolis, é encontrado concretado em quintal

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Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime

Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.

Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.

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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.

O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.

Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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