Em outubro de 2021, um revólver que Baldwin empunhava em um set disparou uma bala real que matou a diretora de fotografia; os argumentos serão avaliados por um júri durante o julgamento que começa na terça (9)
Santa Fe County Sheriff’s Office/AFP Defesa do ator de 66 anos argumentou que o FBI danificou a arma enquanto realizava testes de laboratório, o que impediria um julgamento justo
Um aguardado julgamento ocorrerá nesta semana em uma histórica cidade do Velho Oeste americano, com ambas as partes em busca de justiça por um tiro fatal. Mas se o julgamento de Alec Baldwin por homicídio culposo parece trama de Hollywood, as vítimas, o que está em jogo e as trágicas consequências são pura realidade. Em outubro de 2021, em um set no estado do Novo México onde eram gravadas as cenas de “Rust”, um filme de Velho Oeste de baixo orçamento, um revólver que Baldwin empunhava disparou uma bala real que matou a diretora de fotografia do longa-metragem e também feriu o diretor. Com a fama de Baldwin e a raridade de mortes em sets em uma indústria com tantos níveis de controle como a produção cinematográfica nos Estados Unidos, a história se tornou imediatamente um assunto global.
Também polarizou opiniões, com algumas pessoas atribuindo o papel de vítima a Baldwin, que desconhecia que a arma continha uma bala real em vez de uma cenográfica, e outros rotulando a morte como uma consequência do suposto comportamento irresponsável do ator. Quase três anos depois, após várias tentativas fracassadas da impressionante equipe jurídica de Baldwin de encerrar o caso, esses argumentos serão avaliados por um júri em um tribunal de Santa Fé, durante o julgamento que começa na terça-feira (9). Se considerado culpado, ele poderá ser condenado a até 18 meses de prisão, pena que está sendo atualmente cumprida pela armeira do filme, Hannah Gutierrez, considerada culpada e sentenciada pelo mesmo tribunal no início deste ano.
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Regras básicas de segurança
A morte de Halyna Hutchins ocorreu em uma tarde ensolarada durante um ensaio de “Rust”, em uma pequena capela que faz parte do rancho Bonanza Creek, a cerca de 30 quilômetros de Santa Fé. Baldwin ensaiava uma cena de seu personagem, um fora da lei que, encurralado em uma igreja por dois agentes, saca seu Colt. O ator afirma que não puxou o gatilho e lhe disseram que o revólver estava “frio”, termo do cinema que significa sem munição e seguro para uso. Balas reais são proibidas em sets de filmagem, e Baldwin argumenta que não é responsabilidade dele, como ator, verificar se o protocolo foi seguido.
O julgamento de Gutierrez, a jovem armeira de “Rust”, revelou vários argumentos que a promotoria utilizará contra Baldwin, que também era um dos produtores do filme. Na época, os advogados de Gutierrez afirmaram que Baldwin “violou algumas das regras mais básicas de manipulação de armas”, como nunca apontar uma arma para uma pessoa, a menos que fosse acioná-la. “A conduta de Alec Baldwin e sua falta de segurança ao manusear armas dentro da igreja naquele dia é algo pelo qual ele terá que responder”, disse a promotora especial Kari Morrissey, em um raro momento de concordância entre ambas as partes durante aquele julgamento. “Não hoje, nem diante de vocês. Haverá outro júri, outro dia”, acrescentou Morrissey.
Conduta no set
O dia chegou, com a seleção do júri na terça-feira e a apresentação dos argumentos iniciais prevista para o dia seguinte. O fato de o caso ir a julgamento já é uma espécie de vitória para os promotores, que enfrentaram várias tentativas da equipe jurídica de Baldwin para que fosse arquivado. A defesa do ator americano, de 66 anos, argumentou que o FBI danificou a arma enquanto realizava testes de laboratório, o que impediria um julgamento justo. A afirmação é significativa porque o FBI concluiu que a arma não poderia ter sido disparada sem que o gatilho fosse pressionado, uma posição que a defesa diz ter perdido a oportunidade de contestar devido ao que aconteceu com o Colt.
Mas os argumentos não convenceram a juíza Mary Marlowe Sommer, que decidiu prosseguir com o julgamento. A equipe de Baldwin também sugeriu que seu status de celebridade e sua reputação como liberal incentivaram os promotores a persegui-lo de forma incansável. Os documentos judiciais alegam que o comportamento imprevisível de Baldwin contribuiu para a tragédia e que ele mudou várias vezes sua versão dos fatos. “O Sr. Baldwin frequentemente gritava e reclamava sem motivo aparente”, escreveu Morrissey, observando que tanto ele quanto sua equipe eram alvo deste comportamento. “Ver o comportamento do Sr. Baldwin no set de ‘Rust’ é ver um homem que não controla suas próprias emoções e não se preocupa com o impacto de seu comportamento sobre os outros ao seu redor”, acrescentou. O julgamento está previsto para durar cerca de 10 dias.
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte