Com o avanço da digitalização, a proteção de dados pessoais tornou-se uma prioridade inquestionável para empresas de todos os setores
StartupStockPhotos / Pixabay Figura do Encarregado de Proteção de Dados (DPO, ou Data Protection Officer) se mostra essencial
Descubra como a contratação de um DPO pode proteger sua empresa e garantir a conformidade com a LGPD. Leia nosso artigo completo! Com o avanço da digitalização, a proteção de dados pessoais tornou-se uma prioridade inquestionável para empresas de todos os setores. Nesse cenário, a figura do Encarregado de Proteção de Dados (DPO, ou Data Protection Officer) se mostra essencial. Recentemente, a Resolução CD/ANPD nº 18, de 16 de julho de 2024, aprovou um novo regulamento que impacta em todas as empresas no Brasil e que reforça a importância desse profissional para a conformidade das empresas com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
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Consequências da Não Contratação de um DPO
Antes de explorar os benefícios da contratação de um DPO, é crucial entender as possíveis consequências negativas para as empresas que optam por não ter esse profissional. A ausência de um DPO pode resultar em:
Multas e Sanções: A ANPD pode impor multas significativas e outras sanções administrativas a empresas que não estejam em conformidade com a LGPD.
Perda de Confiança: A falta de um DPO pode comprometer a confiança dos clientes, parceiros e investidores, impactando negativamente a reputação da empresa pela falta de um canal de comunicação entre os clientes (titulares) e a empresa.
Incidentes de Segurança: Sem a supervisão de um DPO, a empresa fica mais vulnerável a violações de dados, o que pode resultar em danos financeiros e legais.
Falta de Conformidade: A ausência de um DPO pode dificultar o cumprimento das obrigações legais e regulatórias, expondo a empresa a riscos jurídicos.
Esses e outros motivos, a Resolução Nº 18 da ANPD trouxe a regulamentação sobre a atuação desse profissional nas empresas no Brasil, e podem ser resumidos em:
1. Comunicação com os Titulares dos Dados (Art. 15, Inciso I) O DPO deve aceitar reclamações, prestar esclarecimentos e adotar providências cabíveis em resposta às solicitações dos titulares dos dados. Isso garante que as empresas mantenham um canal de comunicação aberto e eficiente com os consumidores, o que é fundamental para a transparência e confiança.
2. Interação com a ANPD (Art. 15, Inciso II) É responsabilidade do DPO receber comunicações da ANPD e garantir que a empresa adote as medidas necessárias para cumprir as normas de proteção de dados. Esse papel é crucial para assegurar que a empresa esteja sempre em conformidade com as diretrizes regulatórias.
3. Orientação Interna (Art. 15, Inciso III) O DPO deve orientar os funcionários e contratados sobre as melhores práticas de proteção de dados, promovendo uma cultura de privacidade dentro da organização. Isso ajuda a prevenir incidentes de segurança e a proteger a empresa de possíveis violações.
4. Supervisão de Conformidade (Art. 15, Parágrafo Único, Inciso II) O DPO auxilia na elaboração de relatórios de impacto, registro de operações de tratamento de dados e implementação de medidas de segurança. Essa supervisão contínua é vital para a manutenção da conformidade e para a proteção das informações pessoais.
5. Elaboração de Políticas Internas (Art. 16, Inciso VI) O DPO participa da criação e implementação de processos e políticas internas que assegurem o cumprimento da LGPD e das orientações da ANPD. Políticas bem elaboradas são a base para uma gestão eficaz da privacidade de dados.
6. Gestão de Incidentes de Segurança (Art. 16, Inciso I) O DPO é responsável por auxiliar na gestão e comunicação de incidentes de segurança, garantindo que a empresa responda de forma adequada e tempestiva a qualquer violação de dados. Isso minimiza os danos e protege a reputação da empresa.
7. Registro das Operações de Tratamento de Dados (Art. 16, Inciso II) Manter um registro detalhado das operações de tratamento de dados é uma das funções do DPO. Este registro é essencial para auditorias e para demonstrar a conformidade contínua com a LGPD.
8. Relatórios de Impacto à Proteção de Dados (Art. 16, Inciso III) O DPO elabora relatórios de impacto à proteção de dados, avaliando os riscos das operações de tratamento de dados pessoais e propondo medidas para mitigá-los. Isso é fundamental para a gestão proativa dos riscos.
9. Medidas de Segurança (Art. 16, Inciso V) Implementar medidas de segurança técnicas e administrativas é uma das atribuições do DPO, que visa proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas.
10. Avaliação de Produtos e Serviços (Art. 16, Inciso X) O DPO participa na avaliação de produtos e serviços para garantir que eles adotem padrões de design compatíveis com os princípios da LGPD, como a privacidade por padrão e a limitação da coleta de dados pessoais ao mínimo necessário.
11. Transferências Internacionais de Dados (Art. 16, Inciso VIII) O DPO também lida com as transferências internacionais de dados, assegurando que estas estejam em conformidade com as exigências legais e protegendo os dados pessoais em qualquer parte do mundo.
12. Programa de Governança em Privacidade (Art. 16, Inciso IX) O DPO auxilia na criação e implementação de programas de governança em privacidade, promovendo boas práticas e governança em todas as operações de tratamento de dados pessoais.
13. Resolução de Conflitos de Interesse (Art. 18) O DPO deve atuar com ética, integridade e autonomia técnica, evitando situações que possam configurar conflito de interesse. Isso garante que as decisões sobre o tratamento de dados sejam imparciais e objetivas.
14. Autonomia Técnica (Art. 10, Inciso III) O DPO deve ter autonomia técnica necessária para cumprir suas atividades, livre de interferências indevidas, especialmente na orientação a respeito das práticas a serem tomadas em relação à proteção de dados pessoais.
15. Acesso Direto a Decisores (Art. 10, Inciso V) O DPO deve ter acesso direto às pessoas de maior nível hierárquico dentro da organização, aos responsáveis pela tomada de decisões estratégicas que afetem ou envolvam o tratamento de dados pessoais, bem como às demais áreas da organização. Isso assegura que as questões de privacidade e proteção de dados sejam tratadas com a devida prioridade.
Benefícios para os Empresários Brasileiros
Para os empresários, contratar um DPO traz diversos benefícios, incluindo:
Mitigação de Riscos: O DPO ajuda a identificar e mitigar riscos associados ao tratamento de dados pessoais, prevenindo incidentes de segurança e garantindo a conformidade com a LGPD.
Reputação e Confiança: Ter um DPO demonstra o compromisso da empresa com a proteção de dados, melhorando a reputação e aumentando a confiança de clientes e parceiros.
Eficiência Operacional: O DPO contribui para a criação de processos internos eficientes, que garantem a segurança dos dados e facilitam a gestão de informações sensíveis.
A Atuação da APDADOS
A APDADOS – Associação Nacional dos Profissionais de Privacidade de Dados desempenha um papel fundamental na promoção do conhecimento sobre a LGPD no Brasil. A associação reúne especialistas em privacidade de dados e divulga quem são os profissionais de privacidade previamente aprovados e publicados em cada estado do Brasil. Isso facilita para que os empresários possam contratar com mais segurança, sabendo que estão contando com profissionais qualificados e reconhecidos. Se você é empresário e ainda não contratou o seu DPO/Encarregado, pode encontrar a seleção.
Já profissionais interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre a LGPD e se tornarem membros da APDADOS podem se cadastrar no site da associação. A APDADOS oferece uma plataforma de aprendizado e networking, conectando empresas a especialistas em privacidade de dados. Para mais informações e para se cadastrar, visite APDADOS – Membros e APDADOS – Cadastro.
A proteção de dados pessoais é um aspecto crucial para o sucesso das empresas no mundo digital. A presença de um DPO garante que as empresas estejam em conformidade com a LGPD, protegendo os dados dos clientes e fortalecendo a confiança do mercado. A recente resolução da ANPD sublinha a importância desse profissional e oferece diretrizes claras para sua atuação. Por isso, é essencial que os empresários brasileiros considerem a contratação de um DPO como uma prioridade estratégica, beneficiando-se do apoio e das orientações da APDADOS para encontrar os profissionais mais capacitados. Quer se aprofundar no assunto, tem alguma dúvida, comentário ou quer compartilhar sua experiência nesse tema? Escreva para mim no Instagram: @davisalvesphd.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte