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Internacional

Cúpula aproxima América Latina da China em meio à disputa com EUA

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A Cúpula dos países latino-americanos e caribenhos com a China, nesta terça-feira (12), aproxima o gigante asiático dos países da região em meio à disputa comercial de Pequim com os Estados Unidos (EUA). Nesta segunda-feira (12), a guerra comercial teve uma trégua após acordo entre as principais potências do planeta. 

A Cúpula China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) terá a participação do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da China, Xi Jinping, além dos chefes do Chile, da Colômbia, e de outros países da região.

É esperada a apresentação de um plano de ação para o triênio 2025-2028, além da publicação de declaração conjunta China-Celac. A Celac é o único fórum que reúne os 33 países da América Latina e do Caribe.

O professor de relações internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), Robson Valdez, avalia que a América Latina ganhou maior importância geopolítica por causa da disputa comercial e tecnológica travada entre China e EUA.

“A China, através da sua força econômica, acaba trazendo para perto de si atores importantes da região. E essa influência chinesa incomoda bastante os EUA. Nesses últimos 10 a 15 anos, a China tornou-se um contraponto pragmático para os países da região. Enquanto os EUA eram o principal parceiro comercial, não havia possibilidade de os latino-americanos barganharem nada a favor dos próprios interesses”, disse.

Como exemplo dessa disputa, o especialista citou as ameaças de sanções a quem usar o Porto de Chancay, no Peru, construído com capital chinês e inaugurado em novembro de 2024, com a presença de Xi Jinping.

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Quintal


09/10/2023, O doutor em Estudos Estratégicos Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) Robson Valdez acrescentou que, assim como os Acordos de Abraão, os acordos da China no Oriente Médio por meio dos investimentos da chamada Rota da Seda pressionam para uma maior estabilidade política na região, o que o ataque do Hamas acaba por desestabilizar. Foto: Arquivo Pessoal
09/10/2023, O doutor em Estudos Estratégicos Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) Robson Valdez acrescentou que, assim como os Acordos de Abraão, os acordos da China no Oriente Médio por meio dos investimentos da chamada Rota da Seda pressionam para uma maior estabilidade política na região, o que o ataque do Hamas acaba por desestabilizar. Foto: Arquivo Pessoal

Robson Valdez avalia que a América Latina ganhou importância geopolítica com a disputa comercial entre China e EUA – Arquivo pessoal

O professor Valdez explica que, como os EUA sempre viram a América Latina como seu “quintal”, a região não teve tanta importância geopolítica como agora. Com a influência chinesa, Washington busca se reposicionar no continente.

“Os EUA sempre tiveram outras preocupações prioritárias no Oriente Médio e na Ásia. Agora, com essa interação com a China, a América Latina se torna mais estratégica”, comentou.

No início de abril, o atual secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, chamou a América do Sul e Central de “quintal” dos estadunidenses.

“Obama tirou os olhos da bola e deixou a China tomar toda América do Sul e Central, com sua influência econômica e cultural, fazendo acordos com governos locais de infraestrutura ruim, vigilância e endividamento. Presidente Trump disse não mais, vamos recuperar o nosso quintal”, disse Hegseth em entrevista à Fox News.

Na Rússia, neste final de semana, o presidente Lula comentou a fala de Hegseth. “O Brasil não quer ser melhor do que ninguém, mas o Brasil não aceita ser pior do que ninguém. O Brasil, no mínimo, quer ser tratado em igualdade de condições. O Brasil será quintal do Brasil, um país livre e soberano”, disse. 

O professor de relações internacionais do IDP, Robson Valdez, avalia que o Brasil está em uma posição favorável ao servir de interlocutor privilegiado entre o ocidente e o oriente.

“Uma das grandes preocupações do governo norte-americano era evitar que o Brasil firmasse acordo da Nova Rota da Seda. O Brasil não assinou e manteve uma equidistância entre EUA e China. Eu acredito que os EUA enxergam a importância do Brasil nesse sentido e, para os EUA, perder a influência sobre o Brasil seria extremamente negativo”, comentou.

A Nova Rota da Seda é o projeto do governo chinês para integração comercial e de infraestrutura com países de todo o mundo.

Pressão

Para Robson Valdez, os EUA poderão fazer pressão individualmente em cima de cada país da região para frear a expansão comercial no continente em um momento que a coesão e integração da América Latina e do Caribe estão mais fragilizadas.

“Uma característica dos Estados Unidos é dividir para conquistar. Acho que bilateralmente a pressão vai ser muito forte. Eles podem exercer uma pressão em cada país, como o Panamá, para conquistar seus objetivos. Isso será ainda mais fácil em países já alinhados, como Argentina, Peru e Paraguai”, completou.



Fonte: Agência Brasil

Internacional

Trump parabeniza Lula e diz que negociações com Brasil prosseguem

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (27) que teve uma ‘boa reunião’ com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia. Ele descreveu Lula como “um sujeito muito vigoroso” e afirmou que negociações prosseguem. 

“Tivemos uma boa reunião. Vamos ver o que acontece. Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver. No momento, eles estão pagando, acho, uma tarifa de 50%. Mas tivemos uma ótima reunião”, disse.

Trump ainda parabenizou Lula, que faz aniversário nesta segunda-feira. “E feliz aniversário. Quero desejar feliz aniversário ao presidente, ok? Hoje é o aniversário dele, você sabia disso? Ele é um sujeito muito vigoroso, na verdade, e fiquei muito impressionado. Mas hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário, certo? Você poderia avisá-lo, por favor?”

Na noite desta segunda-feira, noite na Malásia, Lula conversou rapidamente com jornalistas na saída do hotel e afirmou que ele e o presidente dos Estados Unidos têm canal aberto para um diálogo direto, caso seja necessário.

“Estabelecemos uma regra de negociação que toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele”, disse. Ao final da conversa, o presidente brasileiro agradeceu rapidamente as felicitações de Trump pelo aniversário. “Eu vi a mensagem. Eu agradeço”.

Horas antes, em coletiva de imprensa, Lula já havia mostrado otimismo em uma suspensão das tarifas impostas pelos EUA. Ele disse que teve uma “boa impressão” de que os dois países chegarão a uma solução nas questões comerciais.

“Estou convencido de que, em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil para que a vida siga boa e alegre do jeito que dizia o Gonzaguinha na sua música”.

* com informações da agência Reuters



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

“Ele tem meu telefone e eu tenho o dele”, diz Lula sobre Trump

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (27) que ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trocaram telefones, caso surjam dificuldades nas negociações entre os dois países.

“Estabelecemos uma regra de negociação que toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele”, afirmou Lula em uma breve conversa com a imprensa, na saída do hotel em Kuala Lumpur, na Malásia. 

A declaração do presidente brasileira foi em resposta à fala de Donald Trump, após deixar a Malásia. Segundo a agência de notícias Reuters, Trump disse que teve uma “boa reunião” com Lula, a quem descreveu como “um cara bastante enérgico”, mas não assegurou um acordo com o Brasil.

 “Não sei se algo vai acontecer, mas veremos”, disse Trump a repórteres que o acompanharam no avião presidencial. Segundo Lula, essa incerteza é “óbvia”. “Não era possível que em uma única conversa a gente pudesse resolver os problemas”, disse o presidente brasileiro. 

Lula afirmou também que as equipes de ambos os países continuarão negociando o fim da sobretaxação a produtos brasileiros e a suspensão de punições aplicadas pelo governo americano contra alguns ministros do Supremo Tribunal Federal e contra o ministro da Saúde, Alexandre Padilha e seus familiares. 

“Minha equipe é de alto nível. Tem o Alckmin, o Haddad e o Mauro Vieira. (…) Eu entreguei um documento com o que foi dito na nossa conversa, portanto não foram apenas palavras. Ele tem um documento sabendo o que o Brasil quer”, declarou o presidente brasileiro.

Lula cumpre nesta segunda-feira (27) o seu quinto dia de agendas no Sudeste Asiático. Em Kuala Lumpur, capital da Malásia, ele participou da abertura da 20ª Cúpula da Ásia do Leste e foi recebido em um jantar de gala, oferecido pelo presidente da Malásia Anwar Ibrahim e pela primeira-dama Wan Azizah Wan Ismail.  

Desde quinta-feira passada, o presidente realizou visita oficial à Indonésia, e participou da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Kuala Lumpur. O encontro com Trump foi realizado durante a programação da Cúpula.

 



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Lula participa de Cúpula da Ásia do Leste

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre, nesta segunda-feira (27), o seu quinto dia de agenda no Sudeste Asiático. Em Kuala Lumpur, capital da Malásia, ele participa da abertura da 20ª Cúpula da Ásia do Leste. Em seguida, será recebido em um jantar de gala, oferecido pelo presidente da Malásia, Anwar Ibrahim, e pela primeira-dama, Wan Azizah Wan Ismail.  

Lula está em viagem pelo Sudeste Asiático desde quinta-feira passada (23). Ele realizou visita oficial à Indonésia, onde tratou principalmente da cooperação econômica entre o Brasil e o país asiático. No dia 24, embarcou para Kuala Lumpur, na Malásia, onde participou da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e do Fórum Bilateral Brasil-Malásia e cumpriu uma série de encontros bilaterais. 

Tarifas

Uma dessas reuniões foi com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No encontro, os dois líderes debateram as tarifas impostas a produtos brasileiros, a situação da Venezuela e a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – COP 30, a ser realizada em Belém, em novembro deste ano.

Em entrevista após a reunião, Lula disse que está otimista em relação à suspensão do tarifaço imposto pelos Estados Unidos e que, em poucos dias, os países deverão chegar a um acordo.

 



Fonte: Agência Brasil

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