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Internacional

Trump aprova no Congresso corte de impostos e de US$ 1 tri da saúde

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O Congresso dos Estados Unidos (EUA) concluiu, nesta quinta-feira (3), a votação do megaprojeto de lei do governo de Donald Trump que prorroga e expande o corte de impostos instituído em 2017 com capacidade de aumentar a dívida dos EUA em US$ 4,1 trilhões e o déficit primário em US$ 3,4 trilhões em 10 anos. A medida deve beneficiar diversos setores e conglomerados econômicos do país.

O aumento do déficit previsto supera o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, estimado em US$ 2,17 trilhões. Por outro lado, o texto promove cortes no sistema de saúde que somam US$ 1,07 trilhão, além de reduzir despesas com pensões e benefícios nas áreas de educação e trabalho. Além disso, a medida desmantela políticas ambientais e para transição energética aprovadas sob o governo Joe Biden (2020-2024).  

 


Manifestantes se reúnem em um protesto organizado  pedindo à liderança de Harvard que resista à interferência do governo federal na universidade em Cambridge, Massachusetts, EUA
12/04/2025
REUTERS/Nicholas Pfosi
Manifestantes se reúnem em um protesto organizado  pedindo à liderança de Harvard que resista à interferência do governo federal na universidade em Cambridge, Massachusetts, EUA
12/04/2025
REUTERS/Nicholas Pfosi

Manifestantes se reúnem em um protesto organizado pedindo à liderança de Harvard que resista à interferência do governo federal na universidade em Cambridge, Massachusetts, EUA 12/04/2025 REUTERS/Nicholas Pfosi – Nicholas Pfosi

Apelidado por Trump de “Um Grande e Belo Projeto”, o texto aumenta gastos com as Forças Armadas em US$ 150 bilhões em 10 anos; e reforça políticas anti-imigração com deportações massivas por meio de aumento de gastos em “Segurança Interna” na ordem de US$ 129 bilhões até 2034.

Os dados são da organização não governamental (ONG) “apartidária” Comitê para um Orçamento Federal Responsável (CRFB, na sigla em inglês), que reúne especialistas que monitoram o orçamento estadunidense. Essa entidade usa como base os dados do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês), órgão oficial do congresso norte-americano.

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O projeto foi aprovado na noite desta quinta na Câmara dos EUA (horário de Washington) por uma diferença de apenas quatro votos. Na terça-feira (1°), a votação no Senado terminou empatada em 50 contra 50, com três republicanos (do mesmo partido do presidente) votando contra. O voto de desempate foi do vice-presidente J.D. Vance. Trump pressionou para o projeto ser aprovado antes de 4 de julho, dia da independência dos EUA.

O projeto é, até o momento, a mais importante ação do segundo mandato de Donald Trump para a economia e o orçamento do país. Segundo o republicano, o projeto vai impulsionar a economia e a criação de empregos por meio do corte de impostos.

“A América terá um renascimento econômico como nunca antes. Já está acontecendo, mesmo antes do Belo projeto de lei. Dinheiro, fábricas e empregos chegando aos EUA”, disse Trump, em uma rede social.

Por outro lado, democratas sustentam que o projeto prejudica os mais pobres que precisam do Medicaid – seguro de saúde dos EUA. O texto sofreu resistência também de alguns republicanos que temem o impacto eleitoral do corte na saúde e ficaram incomodados com o possível aumento da dívida.

O líder democrata na Câmara Hakeem Jeffries, do Brooklyn, em Nova York, discursou por 8 horas e 45 minutos para atrasar a votação, batendo um recorde de fala mais longa na Casa Baixa dos EUA. Ele sustentou que o Medicaid é pago pelos trabalhadores. “Eles conquistaram esses benefícios, trabalharam duro por eles e os merecem. Temos que impedir que esses extremistas destruam seu sistema de saúde”, afirmou.

Gastos Sociais

Além dos cortes no Medicaid, o projeto de Trump corta recursos para vale-alimentação, educação, trabalho e outros benefícios sociais, como forma de compensar a redução de impostos para diversos setores.

O presidente do Conselho Diretivo do Washington Brazil Office (WBO), o professor de história James Green, explicou à Agência Brasil que o projeto de Trump deve fechar vários hospitais das áreas rurais, onde a dependência do Medicaid é maior.

“É um programa que atende as pessoas pobres e pessoas com deficiências para cobrir as despesas médicas. Como esse programa de subvenção do governo federal ajuda muito na sustentação de hospitais rurais, estima-se que centenas desses hospitais vão ser afetados, em geral nos estados onde os republicanos têm mais força. As pessoas vão ter que viajar mais horas para ir para um hospital”, comentou.

Para Green, são os estadunidenses mais pobres que vão pagar a conta. “Vai ser um desastre para 40% da população mais pobre. Essas pessoas vão perder não somente assistência médica, mas também vão reduzir recursos para isenções na compra de comida”, acrescentou.

Dívida Pública

Existe a previsão de que o corte de impostos aumente a dívida pública dos EUA em cerca de US$ 4,1 trilhões em 10 anos, ampliando o patamar que hoje está em 100% do PIB hoje para 127% em 2034. Já o impacto sobre o déficit primário nas contas públicas seria da ordem de US$ 3,3 bilhões nesse período.

 “Se vários cortes temporários de impostos e aumentos de gastos se tornassem permanentes, o projeto adicionaria mais de US$ 5,3 trilhões à dívida e ela atingiria 130% do PIB [em 2034]”, diz o informe de especialistas do CRFB.

Conglomerados econômicos

O governo dos EUA aposta que o mega projeto permitirá alavancar a economia por meio da redução de impostos para diversos setores econômicos. “Um pacote legislativo transformador que garante alívio fiscal histórico, proporciona segurança nas fronteiras, reforma o bem-estar social, financia infraestrutura crítica e muito mais”, afirma a Casa Branca, em nota.

A medida é apoiada por grandes conglomerados econômicos dos EUA como os dos setores da comunicação, indústria de máquinas e equipamentos, do transporte rodoviário e aeroviário, hoteleiro, mercado financeiro, do petróleo, do aço, da agricultura, entre outros, que serão beneficiados com a redução de impostos.

O presidente do Conselho da Indústria de tecnologia da Informação dos EUA, Jason Oxman, sustentou que o projeto de lei garante que o país supere os concorrentes globais e permaneçam como líderes em tecnologia. “[O projeto] capacitará as empresas a investir nos Estados Unidos, restaurando despesas críticas com pesquisa e desenvolvimento e estimulando o crescimento econômico e a criação de empregos altamente qualificados”, disse.

Para o especialista do WBO James Green, os empresários serão beneficiados com a redução de impostos, que deve atingir ainda os 10% da população com renda mais alta. “Pessoas de classes médias, como eu, vai ter uma redução mínima nos impostos. Mas não será grande coisa. Em compensação, os estados terão que pagar por esses programas sociais que o governo está cortando”, avalia.

Meio Ambiente

O mega projeto de lei de Trump também revoga uma série de subvenções econômicos aprovadas durante o governo Biden, reduzindo recursos e isenções ficais para veículos elétricos e projetos de energia renovável que somam US$ 543 bilhões, segundo cálculos do CRFB.

“Ele está querendo desmantelar todos os programas para o meio ambiente, como os subsídios aos veículos eletrônicos, a energia eólica, entre outros. Ele quer usar os recursos para expandir a exploração de petróleo. Ele não tem nenhum interesse no meio ambiente. Ele está só interessado em lucros”, avalia o professor da Universidade de Brown, nos EUA, James Green.

Já o Presidente e CEO do Instituto Americano de Petróleo, Mike Sommers, comemorou o mega-projeto aprovado.

“Esta legislação histórica ajudará a inaugurar uma nova era de domínio no setor energético, abrindo oportunidades de investimento, abrindo as vendas de arrendamento e expandindo o acesso à exploração de petróleo e gás natural”, disse

 




Fonte: Agência Brasil

Internacional

Argentinos vão às urnas para renovar Câmara e Senado

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Os argentinos já estão nas ruas neste domingo (26) para votar nas eleições legislativas que irão renovar 127 vagas da Câmara dos Deputados e 24 do Senado. Os centros eleitorais estão abertos desde as 8h à espera de 35 milhões de eleitores. A votação se encerrará às 18h (horário local), em todas as províncias.  

O novo processo eleitoral determinará a composição do Congresso para os dois últimos anos de mandato do presidente Javier Milei. Internamente, o pleito é visto como um referendo que irá avaliar o impacto das profundas políticas de austeridade do presidente argentino. 

Renovação 

Metade da Câmara dos Deputados da Argentina, ou seja, 127 cadeiras, bem como um terço do Senado, ou seja, 24 cadeiras, estão em disputa. A corrida mais relevante se dará na província de Buenos Aires, onde um grande número de vagas é disputado.

A previsão no país é que os primeiros resultados sejam divulgados às 23h.  

*Com informações da Agência Reuters e TeleSur 



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Casa Branca publica foto de encontro de Lula e Trump

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A Casa Branca publicou nas redes sociais uma foto do encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Kuala Lumpur, na Malásia, neste domingo (26).

Na postagem, Trump diz que foi uma honra se reunir com Lula e declarou que eles estão preparados para realizar bons acordos.

“É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. Acredito que seremos capazes de fazer bons acordos para os dois países. Nós sempre tivemos boas relações. Acredito que isso vai continuar”, declarou Trump.

Durante a reunião, o presidente Lula pediu a revogação do tarifaço norte-americano contra as exportações brasileiras.

Após o encontro, a diplomacia norte-americana foi autorizada por Trump a iniciar as negociações com o governo brasileiro.

Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana, como a Lei Magnitsky – mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior.



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Lula se reúne com Trump na Malásia e discute relações entre Brasil-EUA

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (26) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro durou cerca de 50 minutos e ocorreu durante a realização da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Durante a reunião, Lula disse que não há razão para desavenças com os Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata do tarifaço contra as exportações brasileiras, enquanto os dois países estiverem em negociação. Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana. 

“O Brasil tem interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos, porque nós temos certeza que, na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, cada um coloca seus problemas, a tendencia natural é encaminhar para um acordo”, afirmou o presidente.

Além dos presidentes, também participaram do encontro o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretario de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Suspensão das tarifas

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, falou com a imprensa após o encontro e disse Trump autorizou sua equipe a iniciar as negociações para revisão do tarifaço ainda na noite deste domingo, no horário local da Malásia, 11 horas a frente do Brasil. 

“A reunião foi muito positiva, o saldo final é ótimo. O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo, um período de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo”, afirmou o chanceler.

Admiração

Segundo Vieira, os presidentes tiveram uma conversa descontraída e Trump disse que admira a trajetória política de Lula.

“Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, se recuperado, provado sua inocência, voltado a se apresentar e, vitoriosamente, conquistando o terceiro mandato”, afirmou.

Visitas

O chanceler brasileiro também confirmou a intenção de Trump vir ao Brasil. A data ainda não está confirmada.

“O presidente Lula aceitou também e disse que irá, com prazer, aos Estados Unidos. Trump disse que admira o Brasil e que gosta imensamente do povo brasileiro”, comentou.



Fonte: Agência Brasil

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