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A inveja é um atestado de inferioridade

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O sentimento não é um fenômeno dos tempos atuais e está presente na nossa vida desde os primórdios

Freepiksal grosso
Pôr um galho de arruda atrás da orelha ou tomar um banho de sal grosso pode ajudar na proteção contra influências negativas do ‘olho gordo’

Será que poderia haver pensamento mais pertinente sobre a inveja que o defendido por Alcalá Zamora? Ele afirma que “Os ataques da inveja são os únicos em que o agressor preferiria, se pudesse, ocupar o papel da vítima”. De certa forma, essa ironia do ex-presidente espanhol encontra eco nas reflexões do antropólogo francês René Girard. De acordo com sua teoria, a inveja é intensificada quando desejamos aquilo que vemos sendo desejado por outros. Essa condição se acentua especialmente nos casos em que nos relacionamos com os nossos pares. Surge nessas circunstâncias um ciclo de imitação e rivalidade que alimenta e realimenta a inveja.

Ensinamento bíblico

Nada de novo na história da humanidade. Está no princípio dos ensinamentos bíblicos. É comum as pessoas mencionarem o episódio de Caim e Abel para se referir à inveja. Essa citação é uma prova de que esse sentimento remonta aos tempos mais remotos e é perene na vida de todos nós. A inveja não é, portanto, um fenômeno dos tempos atuais. Ao contrário, está presente na nossa vida desde os primórdios. Deveríamos, por isso mesmo, ter aprendido mais sobre esse sentimento nas pessoas com as quais convivemos e, principalmente, em nós mesmos.

Aristóteles

Aristóteles também dedicou profunda reflexão na tentativa de elucidar as manifestações desse sentimento que, vez por outra, pode atacar todos nós. O pensador grego afirma em sua obra “Arte retórica” que “invejamos aqueles que nos são iguais por nascença, parentesco, idade, disposição, reputação, bens em geral”.
Em tão poucas palavras, ele nos ajuda a compreender em que situações somos tocados por esse sentimento. Deduzimos por essa perspectiva o motivo de não sentirmos inveja de um aprendiz despreparado ou de um pesquisador que ao final da vida alcançou um feito extraordinário. Essas pessoas são percebidas por nós como extremos de inferioridade ou superioridade. Estão distantes demais para serem comparadas diretamente à nossa própria condição.

Nietzsche

Podemos buscar explicações em outro brilhante pensador, Friedrich Nietzsche. A maneira como ele interpreta a inveja é bastante curiosa. Nietzsche considera que a inveja pode ser observada como uma forma de reconhecimento do valor alheio. Entende que “a inveja é a consciência da inferioridade”. Para o filósofo alemão a inveja indica a percepção de falta em nós mesmos em comparação com os outros.

Tendo em vista as teses defendidas por esses estudiosos, a inveja surge em relação àqueles que percebemos como nossos iguais, que compartilham nossas ambições e competem pelos mesmos objetivos. Como consequência, não invejamos aqueles que possuem interesses e vivem em circunstâncias distintas das nossas. Aristóteles esclarece ainda que invejamos aqueles que triunfam facilmente onde nós fracassamos ou onde nossos sucessos exigiram grandes sacrifícios.

Entre os iguais

Portanto, a inveja está presente naqueles que convivem no mesmo ambiente, como ocorre com familiares, amigos, colegas de trabalho ou concorrentes. Esta proximidade acentua o sentimento, pois essas pessoas, ainda que não tenham consciência, se rivalizam no mesmo espaço e buscam se sobressair nas mesmas esferas. Temos de considerar ainda que o fato de a inveja participar do nosso cotidiano não deve criar em nós uma postura paranoica. Na verdade, essa consciência é fundamental para entendermos as suas manifestações e termos assim condições de lidar com elas de maneira adequada.

Sal grosso

Como sugere o provérbio popular, a prevenção é sempre prudente: “se estiver na crista da onda”, talvez seja conveniente “botar as barbas de molho”. Não custa nada se curvar a algumas medidas adotadas já pelos nossos antepassados, como pôr um galho de arruda atrás da orelha e tomar um banho de sal grosso, para se proteger das influências negativas do “olho gordo”. Se você for como eu, também não acredita nessas baboseiras, mas, como dizem os espanhóis: “No creo em brujas, pero que las hay, las hay”. Siga pelo Instagram: @polito

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.





Fonte: Jovem Pan

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ENQUETE – MORNING SHOW – Você toma precauções no trânsito contra assaltos?

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*As enquetes do Grupo de Comunicação Jovem Pan não possuem caráter científico e só refletem a opinião de sua audiência.



Fonte: Jovem Pan

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‘Estamos próximos de uma guerra quase mundial’, alerta papa Francisco

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O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’

GIUSEPPE LAMI/EFE/EPAPapa Francisco preside Santa Missa da Vigília Pascal na Noite Santa de Páscoa na Basílica de São Pedro
O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’

O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.

O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.

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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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Corpo de Anic, advogada que desapareceu em Petrópolis, é encontrado concretado em quintal

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Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime

Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.

Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.

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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.

O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.

Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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