“Temos que ter consciência que entramos na primeira Copa América em que o Brasil não foi colocado como favorito”, disse o técnico; Vinícius Júnior, Rodrygo e Raphinha devem ser mantidos com Endrick como “coringa”
RODRIGO CAILLAUD/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO O trio ofensivo liderado por Vinícius Júnior não conseguiu vazar a defesa da Costa Rica na primeira rodada do Grupo D
Sem margem para tropeço, o Brasil vai em busca de sua primeira vitória na Copa América contra o Paraguai nesta sexta-feira (28), às 22h (horário de Brasília), em Las Vegas, à espera de uma atuação convincente de seus jovens atacantes. O trio ofensivo formado por Vinícius Júnior, Rodrygo e Raphinha não conseguiu vazar a defesa da Costa Rica na primeira rodada do Grupo D. O técnico Dorival Júnior deverá manter os três jogadores na frente, mas se quiser mexer na equipe, tem Endrick como “coringa”. O novo atacante do Real Madrid, que espera sua primeira oportunidade como titular da seleção brasileira, já mostrou seu faro de gol ao balançar as redes três vezes em sete jogos saindo do banco de reservas. O único jogador mais jovem que Endrick nesta Copa América, o equatoriano Kendry Páez, já marcou de pênalti, na vitória de sua seleção sobre a Jamaica, em Las Vegas. Contra a Costa Rica, Endrick entrou em campo no segundo tempo (70′), quando Dorival Júnior surpreendeu ao decidir tirar Vini Jr. e Raphinha. O único que jogou os 90 minutos foi Rodrygo, que não participou com o grupo do treino de quarta-feira. O atacante do Real Madrid permaneceu no hotel fazendo trabalho específico de “controle de carga”, segundo a CBF.
Vencer e convencer
O treino do Brasil só começou no final da tarde devido às altas temperaturas em Las Vegas (Nevada), que passaram dos 42º Celsius. O calor não afetará o jogo contra o Paraguai, que vai começar às 18h no horário local (22h de Brasília), já que o Allegiant Stadium conta com uma cobertura e sistema de climatização. O Brasil tem o duplo desafio de dar um espetáculo à altura de sua camisa, para apagar as críticas sobre o nível da atual geração, conseguir a vitória para tentar terminar na primeira posição do grupo. A Colômbia, líder da chave com três pontos, será a última adversária da seleção nesta primeira fase. O jogo será na próxima terça-feira, em Santa Clara (Califórnia).
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“Todas as equipes do futebol mundial estão passando por dificuldades para fazer resultados que em outros momentos aconteciam de outra forma”, declarou Dorival em entrevista coletiva nesta quinta-feira (27). “Vimos outras partidas de grandes equipes jogando Copa América ou Eurocopa que jogaram com adversários semelhantes ao que enfrentamos, não tiveram o tipo de atuação que tivemos”, acrescentou o treinador. Dorival Júnior reiterou os pedidos de paciência com o processo de renovação da seleção. “Sabia que não seria um trabalho simples, normal”, lembrou. “Temos que ter consciência que entramos na primeira Copa América em que o Brasil não foi colocado como favorito”, afirmou o técnico.
O Paraguai, por sua vez, perdeu na estreia para a Colômbia (2 a 1), que está há 24 jogos invicta. O técnico do time paraguaio, Daniel Garnero, minimizou a derrota, apontando que os gols colombianos surgiram em erros pontuais. Em todo caso, Garnero não só precisa corrigir esses desajustes, mas também acertar um ataque que terá a dura missão de dar trabalho à defesa brasileira. “É um jogo diferente, obviamente, mas encaramos com seriedade e com a necessidade de obter uma vitória”, ressaltou treinador argentino, que também teve que mudar a programação de treinos por causa do clima em Las Vegas. “O calor nos treinos é muito agoniante, o sol é muito forte”, ressaltou Garnero. “Os jogadores vinham de competições e exigir deles com essas temperaturas não ajuda em sua recuperação”.
Prováveis escalações
Brasil
Alisson – Danilo, Éder Militão, Marquinhos, Guilherme Arana – Bruno Guimarães, João Gomes, Lucas Paquetá – Raphinha, Vinícius Júnior e Rodrygo. Técnico: Dorival Júnior
Paraguai
Rodrigo Morinigo – Gustavo Velázquez, Fabián Balbuena, Omar Alderete, Matías Espinosa – Andrés Cubas, Mathías Villasanti, Miguel Almirón, Ramón Sosa – Julio Enciso e Alex Arce. Técnico: Daniel Garnero
Endrick no amistoso entre Brasil e México nos Estados Unidos (Rafael_Ribeiro/CBF)
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte