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Internacional

Chefe da AIEA diz que não tem prova de armas nucleares do Irã

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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, informou que os inspetores que coordena não reuniram provas que confirmem um esforço sistemático do Irã para construção de uma bomba atômica. A AIEA é a responsável por inspecionar o programa nuclear do país persa.

“O que informamos foi que não tínhamos, coincidindo com algumas das fontes que você mencionou, de que não tínhamos nenhuma prova de um esforço sistemático [do Irã] para avançar para uma arma nuclear”, informou o diretor-geral, nessa terça-feira (17), em entrevista à TV CNN.

Grossi foi entrevistado pela chefe do noticiário internacional da emissora, Christiane Amanpour, que perguntou quanto tempo o Irã levaria para construir uma bomba atômica, se poucos dias e semanas, como afirma Israel, ou que poderiam levar anos, como sustentam alguns analistas.

“Certamente, não era para amanhã. Talvez não fosse uma questão de anos. Eu talvez levasse isso mais a sério. E não acho que fosse uma questão de anos. Mas isso é especulação”, afirmou Grossi.

O chefe da AIEA acrescentou, contudo, que não pode saber se há alguma atividade nuclear escondida. “Se houvesse alguma atividade, que fosse clandestina ou oculta, ou longe dos nossos inspetores, não poderíamos saber”, completou.

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A comentário de Rafael Grossi foi criticado pelo Irã que acusa Grossi de manipular as resoluções aprovadas pela Agência. O porta-voz Ministério das Relações Exteriores do país, Esmaiel Baqaei, sustentou que a AIEA foi usada por Israel e Estados Unidos (EUA) para justificar a agressão contra Teerã.

“Você obscureceu essa verdade em seu relatório absolutamente tendencioso que foi instrumentalizado para elaborar uma resolução com alegações infundadas de ‘não conformidade’; a mesma resolução foi então utilizada, como pretexto final, por um regime genocida e belicista para travar uma guerra de agressão contra o Irã e lançar um ataque ilegal às nossas instalações nucleares pacíficas”, afirmou Baqaei em uma rede social.

O representante iraniano acrescentou que o trabalho de Grossi manchou o trabalho da AIEA e prejudicou os países signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP). “Você sabe quantos iranianos inocentes foram mortos/mutilados como resultado desta guerra criminosa?”, questionou.

Relatórios da AIEA

Os relatórios da Agência ligada à ONU vinham registrando a preocupação de que o Irã estivesse enriquecendo urânio acima do limite de 60%. Para se construir armas nucleares, os níveis de enriquecimento de urânio devem chegar a 90%.

“Embora as atividades de enriquecimento salvaguardadas não sejam proibidas por si só, o fato de o Irã ser o único Estado sem armas nucleares no mundo que está produzindo e acumulando urânio enriquecido a 60% continua sendo uma questão de séria preocupação”, disse o relatório da AIEA publicado no dia 31 de maio de 2025. 

O Irã nega que busca desenvolver armas nucleares e sustenta que seu programa é pacífico. O país estava na sexta rodada de negociações com os EUA, realizadas em Omã, sobre seu programa nuclear quando foi atacado por Israel.

Conheça aqui a história nuclear do Irã e como ela explica guerra de Israel. 

EUA

Em março, a Diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos (EUA), Tulsi Gabbard, afirmou à Comissão de Inteligência do Senado estadunidense que o Irã não estava construindo armas atômicas. A posição de Tulsi, nomeada por Trump, foi questionada pelo próprio presidente dos EUA. 


FILE PHOTO: Director of National Intelligence (DNI) Tulsi Gabbard, CIA Director John Ratcliffe and U.S. Air Force Lt. General and Director of the Defense Intelligence Agency (DIA) Jeffrey Kruse attend a House Intelligence Committee hearing about worldwide threats, on Capitol Hill in Washington, D.C., U.S., March 26, 2025. REUTERS/Leah Millis/File Photo
FILE PHOTO: Director of National Intelligence (DNI) Tulsi Gabbard, CIA Director John Ratcliffe and U.S. Air Force Lt. General and Director of the Defense Intelligence Agency (DIA) Jeffrey Kruse attend a House Intelligence Committee hearing about worldwide threats, on Capitol Hill in Washington, D.C., U.S., March 26, 2025. REUTERS/Leah Millis/File Photo

FILE PHOTO: Director of National Intelligence (DNI) Tulsi Gabbard. REUTERS/Leah Millis/File Photo – REUTERS/Leah Millis/Proibida reprodução

Trump disse que “não se importa” com o que Tulsi Gabbard comunicou ao Senado em março passado e reforçou a posição sustentada por Netanyahu.

“Penso que eles estavam muito perto de obter uma [bombar atômica]”, respondeu Trump.

O Departamento de Estado dos EUA afirmou nesta semana que “o Irã não pode ter armas nucleares” e o chefe do departamento, o secretário Marco Rúbio, sustentou, em maio, que o Irã poderia desenvolver armas rapidamente.

“Quando se chega a 60%, já se percorreu 90%. Você é, em essência, um Estado com armas nucleares no limiar — que é basicamente o que o Irã se tornou. Eles estão no limiar de uma arma nuclear. Se decidissem fazê-lo, poderiam fazê-lo muito rapidamente”, disse Rúbio à emissora Fox News.

Enquanto EUA e as demais potências ocidentais defendem o ataque de Israel contra o Irã sob a alegação de que Teerã estaria desenvolvendo armas nucleares, o Estado judeu é o único do Oriente Médio que não assinou o TNP e, apesar de não confirmar, não nega que tenha armas nucleares.

Conheça aqui o programa secreto de Israel que pode ter 90 bombas atômicas. 



Fonte: Agência Brasil

Internacional

Brasil assina Convenção da ONU contra crimes cibernéticos

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O Brasil tornou-se, neste sábado (25), signatário da Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Cibernético. Adotada pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o tratado estabelece as bases para a cooperação internacional contra os delitos digitais.

A adoção da convenção pelo Brasil foi assinada pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, em Hanói, no Vietnã. Rodrigues integra a comitiva que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que percorre o sudeste asiático em busca de uma aproximação política com países da região e da possibilidade de expandir o comércio brasileiro.

Outros 59 países assinaram o pacto na mesma cerimônia. Ao menos no caso brasileiro, a assinatura é um ato político que manifesta a intenção do Brasil se tornar parte da convenção, mas a adesão definitiva, que gera obrigações jurídicas, depende do aval do Congresso Nacional.

Segundo a PF, a Convenção Contra o Crime Cibernético prevê a tipificação de crimes cibernéticos, inclusive o abuso sexual infantil por meio digital.

“Ao permitir a troca de provas eletrônicas, a convenção constituirá importante instrumento de cooperação internacional para fortalecer o combate a crimes e a proteção às vítimas”, informou a PF, em nota.

Adotada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas desde dezembro de 2024, o texto conta, ainda, com dispositivos de segurança e garantias de proteção aos direitos humanos que devem nortear as atividades de enfrentamento a crimes cibernéticos.

Em nota, a ONU classificou a convenção como um “tratado histórico para a nova era digital”. Presente à cerimônia de assinatura, o secretário-geral da entidade, António Guterres, destacou a importância da iniciativa para fazer frente às “ameaças crescentes” que o mundo enfrenta no ciberespaço.

Guterres também lembrou o alcance sem precedentes da criminalidade digital e dos ataques informáticos, capazes de “roubar meios de subsistência, financiar o tráfico e espalhar material de abuso infantil”.



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

PF desenvolve plano de segurança para os dias de COP 30 em Belém

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A Polícia Federal (PF) definiu o plano de ação para a segurança da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) , que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro, em Belém. Iniciadas em 1º de outubro na capital paraense, as ações da corporação têm o objetivo de garantir a proteção de um número recorde de delegações internacionais e, ao mesmo tempo, assegurar o exercício da liberdade de expressão.

Eixos de atuação

O planejamento da PF diante dos desafios de segurança e logística para a COP 30, concentram-se em três eixos:

1. diplomacia e recorde de delegações: a complexidade da agenda climática e a expectativa de um número recorde de delegações com visões antagônicas exigem um esquema de segurança adaptado e especial para autoridades e uma articulação geopolítica intensa.

2. logística reforçada: abrange o reforço na imigração, na fiscalização de portos (como o de Outeiro, que receberá navios de cruzeiro) e a segurança aeroportuária, incluindo a atuação na Base Aérea de Belém, por onde as autoridades de diversos países chegarão ao território brasileiro;

3. liberdade de manifestação: a conferência de Belém será um palco central para a livre manifestação de povos originários e movimentos sociais. A Polícia Federal atuará para proteger os participantes, estabelecer perímetros e garantir uma “convivência harmônica” entre os segmentos sociais, sem prejudicar o funcionamento regular da cidade.

Efetivo policial

Para enfrentar a complexidade do evento, a Polícia Federal já recrutou aproximadamente 1,2 mil servidores, entre policiais e administrativos.

O esquema de segurança também inclui o emprego de equipes dedicadas no aeroporto e no Porto de Outeiro, com atividades diárias, além de capacidades investigativas para prevenção de crimes cibernéticos e de terrorismo.A estrutura envolve, ainda, varreduras e contramedidas anti-bombas.

Livre debate

No evento de visibilidade internacional, a instituição policial explica que a conferência – realizada pela primeira vez na Amazônia brasileira – virá após edições realizadas em países com maiores restrições às liberdades civis.

“A PF destaca o Brasil se consolida como o principal palco dos últimos cinco anos para a livre manifestação de povos originários”, diz a nota da entidade.

Os cidades-sede das últimas Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) foram:

·         em 2024, Baku, no Azerbaijão, sediou a COP29;
·         em 2023, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sediou a COP28;
·         em 2022, Sharm el-Sheikh, no Egito, sediou a COP27;
·         em 2021, Glasgow, na Escócia, sediou a COP26.

Aldeia COP

De olho na importância da presença e do saber dos povos tradicionais nas negociações climáticas, o governo brasileiro também organizou uma “Aldeia COP” para receber povos indígenas do Brasil e de todo o mundo durante a COP30.

A área total de 72.695 m², com área construída de 14.903,81 m², foi montada na Universidade Federal do Pará. Desde setembro, o espaço é destinado ao acampamento e à realização de atividades culturais, políticas e espirituais.

A estimativa é de que 3 mil indígenas fiquem hospedados no local, durante a realização do evento internacional.

A Aldeia COP é coordenada pelo Ministério dos Povos Indígenas, em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa).



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Problema do mundo é ausência de lideranças , diz Lula na Malásia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no início da madrugada deste sábado (25), em Kuala Lumpur, na Malásia, que um dos problemas do mundo é a falta de lideranças para conter as guerras e a fome.

“Na ausência de lideranças, tudo que é de pior pode acontecer”, avaliou o presidente. 

No evento com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, em que celebrou parcerias com o país asiático, Lula criticou a guerra entre Ucrânia e Rússia e o conflito no Oriente Médio, que ele voltou a chamar de genocídio contra Palestina. 

Lula argumentou que esses conflitos e também os desastres ambientais têm ocorrido por falta de instrumentos de governança global. ”Hoje, o Conselho de Segurança da ONU e a ONU não funcionam mais. Todas as guerras nos últimos tempos foram determinadas por gente que faz parte do Conselho de Segurança da ONU”, lamentou. 

“Quem é que se conforma com a duração da guerra entre a Ucrânia e a Rússia? Quem é que pode se conformar com um genocídio impetrado na Faixa de Gaza durante tanto tempo?”, questionou. 

Ele apontou que as violências vão além dos tiros e das bombas. “Mas a violência de utilizar fome, a vontade de comer de uma criança, como forma de tortura. Quando nós aceitamos isso como normal, nós não estamos sendo seres humanos”, criticou. Ele argumentou que isso ocorre porque as instituições multilaterais “pararam de existir”.

O presidente atacou a falta de responsabilidade dos países com o meio ambiente. “Como é que nós vamos evitar que o planeta possa ser destruído, se nós sabemos o que está destruindo o planeta e não tomamos atitude para evitar que ele seja destruído?”, questionou Lula, afirmando que a COP30, em Belém, será a COP da verdade.

“Nós, lideres políticos, é que temos que tomar a decisão do que fazer. Chega um momento que a gente tem que pensar no planeta. E aí é que é preciso ter instrumentos de governança global. E isso é o que nos faz falta hoje.”

Parceria

Na visita à Malásia, Lula disse que a parceria excede o interesse comercial entre os dois países. Há um movimento de exportações e importações na casa dos US$ 5,8 bilhões por ano. Ele destacou os acordos de cooperação na área de ciência e tecnologia e lamentou que nenhum presidente brasileiro esteve no país nos últimos 30 anos.

“A relação do Brasil com a Malásia muda de patamar a partir de hoje. Eu não vim aqui apenas com o interesse de vender ou com o interesse de comprar. Nós temos possibilidade de mudar o mundo, de fazer com que as coisas sejam melhores.”

O presidente defendeu que o humanismo não deve ser derrotado pelos algoritmos e disse que o mundo precisa de paz e não de guerra, de livre comércio e não de protecionismo. “Quero dizer ao mundo que precisamos de mais comida e menos armas. Esse é o objetivo da minha visita à Malásia.” 

Lula voltou a defender o papel do Estado no auxílio aos mais pobres. 

“Governar é fazer escolhas, é decidir de que lado você está. Para um governante, andar de cabeça erguida é mais importante que um Prêmio Nobel. Cuidar das pessoas mais humildes é quase uma missão bíblica.” 

O primeiro-ministro da Malásia cumprimentou o presidente brasileiro que irá receber o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional da Malásia, em evento que deve ocorrer ainda neste sábado. Anwar Ibrahim ainda destacou o papel de liderança de Lula. “Este é um encontro entre amigos que compartilham convicções e ideias. E tenho certeza de que nossos países vão trabalhar juntos como parceiros em diferentes áreas”.



Fonte: Agência Brasil

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