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Cieps completam 40 anos como projeto de referência para educação

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Edifícios retangulares de concreto, com amplos pátios e janelas com as bordas arredondadas. Parte da paisagem do Rio de Janeiro, os Centros Integrados de Ensino Público (Cieps), apelidados de Brizolões, chegam aos 40 anos em 2025 como um projeto considerado revolucionário para a educação brasileira, principalmente por introduzir no debate nacional um modelo que até então ainda era desconhecido: as escolas em tempo integral. 

Ao longo dos anos e de diversos governos, os mais de 500 Cieps passaram por mudanças. Hoje, inclusive, nem todas oferecem educação em tempo integral. Mas o modelo de ensino criado na década de 1980 segue sendo inspiração para a educação básica de todo o país. 

As escolas recebem assinaturas de peso. O funcionamento e a parte pedagógica foram idealizados pelo antropólogo e ex-ministro da Educação Darcy Ribeiro, que ocupava, então, o cargo de secretário extraordinário de Ciência e Cultura do Rio de Janeiro no governo de Leonel Brizola. Os prédios, considerados monumentais para uma escola, foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. 

O novo modelo foi oficialmente anunciado no dia 1º de setembro de 1984. Meses depois, no dia 8 de maio de 1985, foi inaugurado o Ciep 1 – Presidente Tancredo Neves, localizado no Catete, na Zona Sul da cidade, que teve até mesmo a presença do então presidente da República, José Sarney, que assumira o governo dias antes, 21 de abril, após a morte de Tancredo Neves, o homenageado na nova escola.

As escolas ofereciam educação integral, das 8h às 17h, aos estudantes, com refeições, além de atendimento médico e odontológico às crianças. O espaço da escola era aberto aos finais de semana e nas férias para uso da comunidade. Além disso, contava com residência temporária para estudantes em situação de vulnerabilidade.

Professora titular da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Lia Faria trabalhou com Darcy Ribeiro e afirma que o projeto colocava o direito à escola pública de qualidade como uma questão central. 

“A grande marca do projeto do Darcy, do Brizola, do Oscar Niemeyer, é que ele coloca no centro de construção da sociedade, o direito à educação, à escola pública, e não qualquer escola, mas um prédio de respeito, bonito, com todas as condições de funcionamento para que as crianças se sentissem felizes dentro daquele prédio”, conta. 


Rio de Janeiro (RJ), 05/06/2025 - Lia Faria. Cieps inspira políticas públicas. Foto: Lia Faria/Arquivo Pessoal
Rio de Janeiro (RJ), 05/06/2025 - Lia Faria. Cieps inspira políticas públicas. Foto: Lia Faria/Arquivo Pessoal

Professora da Uerj Lia Faria Lia Faria/Arquivo Pessoal

Faria ressalta que, nessa época, o Brasil vivia o processo de redemocratização, após a ditadura militar. Nesse contexto, os Cieps propunham a democratização do ensino público de qualidade, que deveria chegar a todas as crianças e adolescentes, mesmo aqueles em situação de vulnerabilidade. Com os Cieps ─ que se baseiam na Escola Parque, de Anísio Teixeira, concebidas na década de 1950, em Salvador ─, a discussão sobre educação integral ganha força.

“A educação integral é colocada hoje como prioridade. Essa discussão não existia antes dos Cieps”, diz a professora.

O modelo no qual o estudante passa mais tempo na escola e tem acesso a atividades culturais, esportivas, entre outras, é atualmente programa nacional. O Programa Escola em Tempo Integral tem como meta alcançar, até 2026, cerca de 3,2 milhões de matrículas na modalidade.

A educação em tempo integral é lei. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil tem como meta, até o final deste ano, ter 50% das escolas com pelo menos 25% dos alunos em tempo integral. Em 2023, esse percentual era 30,5%.

Segundo Faria, os Cieps são um lembrete constante da importância de se atingir esse objetivo. “Isso ficou, permaneceu com uma monumentalidade. No estado do Rio de Janeiro, na cidade do Rio de Janeiro, os Cieps estão lá, lembrando hoje, no presente, daquela proposta. Quer dizer, o projeto não morreu, o projeto não desapareceu. Ele está aí na memória, e ele está nas lutas do professorado hoje, colocando a educação integral como prioridade”, diz. 

 


Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 – Alunos em sala de aula no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 001, no Catete, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 – Alunos em sala de aula no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 001, no Catete, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Alunos em sala de aula no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 001, no Catete, na zona sul da capital fluminense Tomaz Silva/Agência Brasil

Mudanças ao longo do tempo

Ao todo, entre dois mandatos, de 1983 a 1987 e de1991 a 1994, o governo de Brizola entregou ao estado do Rio de Janeiro 506 Cieps. O empreendimento, que exigia recursos, contratação e formação de profissionais e de professores, foi muito criticado e acabou sendo modificado ao longo dos anos. Atribuições de saúde ou assistência social concentradas nos Cieps passaram para as outras pastas nos governos seguintes.

Hoje, essas escolas estão distribuídas entre gestões municipais (apenas o município do Rio é responsável por 101 Cieps), estadual e federal. O funcionamento também mudou, e o ensino integral não é mais a realidade de todas as unidades. Alguns Cieps tornaram-se Escolas de Novas Tecnologias e Oportunidades (E-Tecs), outros, escolas interculturais. Há ainda, escolas cívico-militares, que possuem parceira com a Polícia Militar ou com o Corpo de Bombeiros.

“Os Cieps não são apenas prédios icônicos. Tiveram a maior proposta pedagógica do Brasil na década dos de 90. E a proposta em si retratava a educação integral”, diz a Secretária de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Roberta Barreto.

Professora de formação, ela mesma foi diretora de um Ciep. Segundo a secretária, o estado tem priorizado os Cieps para a oferta do ensino integral, por conta da estrutura dessas escolas, que contam com quadras de esporte, vestiários, laboratórios, entre outros espaços.

Apesar de reconhecer a importância, ela diz que há um desafio para a oferta de ensino integral, sobretudo no ensino médio. “Mesmo que a escola ofereça um cardápio diferenciado, gostoso, atrativo, nós não conseguimos construir a consciência coletiva entre a população de que a educação integral ela é necessária. Então, o índice de evasão na educação integral ainda é muito grande”, diz. O índice de evasão, nessa modalidade, segundo a secretária é de cerca de 10%.


Niterói (RJ), 03/06/2025 - Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Niterói (RJ), 03/06/2025 - Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Ginásio esportivo do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.Tânia Rêgo/Agência Brasil

No município do Rio também há uma busca por manter os preceitos do Ciep e até mesmo para levá-los às demais escolas da rede. Assim como no estado, nem todos têm o ensino integral. A maior parte dos Cieps é de turno único, 89 dos 101, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação.

Ainda assim, não deixam de ser referência e inspirar novos projetos como os Ginásios Educacionais Tecnológicos (GETs), de acordo com o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.

Os GETSs são escolas voltadas para a inovação tecnológica e pedagógica, por meio de atividades práticas. “Os Cieps são uma referência para a educação no Rio e no Brasil. Uma ideia de ensino e formação de excelência que até hoje inspira professores, gestores e políticas públicas. Eles abriram horizontes e ampliaram os padrões de exigência. Atualmente, os GETs da nossa rede carioca são os CIEPs do século 21, uma nova etapa, uma continuação de um sonho de ensino integral de qualidade”, diz.

Uma escola de todos

O projeto original do Ciep previa que a escola pudesse ser integrada à comunidade e pudesse ser um espaço frequentado por moradores da região e pelas famílias dos alunos. O Ciep 449 – Governador Leonel de Moura Brizola, em Niterói, busca manter essa integração e, todos os finais de semana, abre o pátio da escola.

“A gente não vai gradear, porque não é o objetivo da escola e é um dos objetivos do Ciep, de 40 anos atrás: servir a comunidade. Aqui tem festa de casamento, aqui tem batizado, tem festa de 15 anos, tem baile funk – não aqui dentro, o baile funk é lá fora, mas eles usam o espaço”, diz o diretor da escola, Cícero Tauil.

 


Niterói (RJ), 03/06/2025 - Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Niterói (RJ), 03/06/2025 - Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França. Tânia Rêgo/Agência Brasil

A escola, que pertence à rede estadual, têm 280 alunos do ensino médio, matriculados em tempo integral. O Ciep 449 é uma das escolas interculturais, ou seja, que possuem parceria com outros países. Nesse caso, a nação parceira é a França. Os alunos aprendem a língua, conhecem a cultura da França e têm até mesmo oportunidades de intercâmbios com o país. Na instituição, foi filmado o documentário Salut, Mes Ami.e.s!.

Além de ser um espaço da comunidade, Tauil faz questão de que os próprios alunos se sintam responsáveis pela escola e cuidem das salas, cadeiras, corredores e banheiros que usam todos os dias. “Eles cuidam. A escola é nossa. Eles ficam aqui o tempo todo, então, é como se fosse extensão da casa deles”, diz o diretor.

O resultado é uma coleção de premiações e reconhecimento. Troféus dos Jogos Escolares de Niterói e fotografias mostrando premiações da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), a moção de aplauso da Câmara de Vereadores de Niterói e a viagem feita por estudantes e professores à França enfeitam os corredores da escola. 


Niterói (RJ), 03/06/2025 - Lara Shupingahua, 18 anos, aluno do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Niterói (RJ), 03/06/2025 - Lara Shupingahua, 18 anos, aluno do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.  Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Lara Shupingahua, 18 anos, no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 449 Governador Leonel Moura Brizola – Intercultural Brasil-França.Tânia Rêgo/Agência Brasil

Bernardo Marinho e Lara Shupingahua, são dois dos estudantes do Ciep 449. Ambos têm 18 anos e estão no 3º ano do ensino médio. Eles contam que têm muitas oportunidades na escola, desde participar do programa Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio na Universidade Federal Fluminense (UFF), no qual desenvolvem um projeto científico com professores universitários, até receber em casa estudantes franceses para intercâmbio cultural. Bernardo foi, inclusive, um dos estudantes selecionados para ir à França.

“No início, foi muito puxado, eu nunca tinha estudado numa escola intercultural, nem integral. Então, foi difícil no início. Porém, a gente vai se adaptando a acordar mais cedo, a ficar o dia todo na escola. Eu nem esperava essas oportunidades todas que eu tive”, diz Bernardo, que pretende cursar relações internacionais quando concluir os estudos.

Por conta da escola integral, Lara pôde praticar esportes, conheceu o rugby e se apaixonou. Chegou a jogar representando o estado do Rio de Janeiro. “Começou aqui, mas, com certeza, eu vou levar o rugby para minha vida inteira, porque os pilares do esporte, a gente não leva só para dentro de campo. É um esporte que prega respeito, disciplina, paixão. São coisas que a gente leva para a vida”, diz Lara, que pretende integrar o Corpo de Bombeiros.

O primeiro Ciep

O Ciep 1 hoje faz parte da rede municipal do Rio de Janeiro e atende cerca de 320 estudantes de pré-escola e do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, além de 90 estudantes do ensino fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entre os professores do Ciep mais antigo, está também uma das que acompanhou o projeto desde o início, a professora de educação infantil Rosana Candreva da Silva, na escola há 38 anos.

“Aqui tinham muitas vagas na época, e eu acabei vindo para cá. Eu fiquei encantada. O Ciep foi um divisor de águas, um marco na educação”, diz a professora, que conta que ficou admirada com as salas, que eram enormes se comparadas às demais escolas, e com uma estrutura que funcionava. “Era uma coisa notável, formidável. Isso foi um dos motivos que me atraiu, e o motivo também pelo qual estou até hoje aqui”.


Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 – A professora de educação infantil no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 001, Rosana Candreva da Silva durante entrevista à Agência Brasil, na escola, no Catete, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 – A professora de educação infantil no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 001, Rosana Candreva da Silva durante entrevista à Agência Brasil, na escola, no Catete, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 A professora de educação infantil no Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 001, Rosana Candreva da Silva Tomaz Silva/Agência Brasil

Rosana presenciou o que Lia Faria ressaltou, como os Cieps serviram à população mais carente. “A gente percebia que eram muitas crianças que estavam à margem dessa oportunidade da educação. Foi bem difícil no início essa questão da disciplina, tanto que havia vários inspetores. Mas eu via como uma coisa muito positiva, uma grande oportunidade. Eles gostavam, eles vinham, eles faziam questão de vir para escola, porque era um espaço muito atrativo para eles”, diz.

Segundo ela, a escola segue buscando também esse papel social. “A educação é tudo, né? É a base de todo o processo de vida social, de progresso individual também. Eu acho que o investimento tem que ser constante e cada vez maior no setor da educação”, defende.

Branca Trajano, 10 anos, é estudante do 5º ano da escola e é uma das integrantes do grêmio. “Eu tinha 5 aninhos quando vim pra cá. Eu gosto muito dessa escola. As aulas são boas, são divertidas, e têm as companhias. Companhia, para mim, é tudo. Se minhas amigas não vêm, eu fico até com vontade de chorar”, brinca.  

 


Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 – A estudante do quinto ano no Centro Integrado de Educação Pública CIEP 001, Branca Alexandra Araújo Trajano durante entrevista à Agência Brasil, na escola, no Catete, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 04/06/2025 – A estudante do quinto ano no Centro Integrado de Educação Pública CIEP 001, Branca Alexandra Araújo Trajano durante entrevista à Agência Brasil, na escola, no Catete, na zona sul da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 A estudante do quinto ano no Centro Integrado de Educação Pública CIEP 001, Branca Alexandra Araújo Trajano Tomaz Silva/Agência Brasil

 



Fonte: Agência Brasil

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PND 2025: saiba o que pode levar para a prova deste domingo

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Mais de 1,08 milhão de candidatos farão a primeira edição da Prova Nacional Docente (PND) , neste domingo (26), em 750 cidades das cinco regiões do país.

Os municípios estão listados no Portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A PND tem o objetivo de estimular a realização de concursos públicos e aumentar o número de professores efetivos nas redes de ensino públicas do Brasil.

Quem ainda não consultou o local de prova, pode acessar o Cartão de Confirmação de Inscrição disponível no site do Sistema PND, com login da plataforma Gov.br.

O documento traz o número de inscrição, data e horários do exame. Nele consta ainda se o participante terá tratamento pelo nome social, se for o caso, ou atendimento especializado, como para pessoas com deficiência, pessoas idosas, gestantes e lactantes.

O que levar

Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda levá-lo no domingo, dia do exame. Porém, o candidato não poderá fazer anotações no cartão ou mantê-lo sobre a mesa durante a prova.

Documentos com foto: É obrigatória a identificação com o documento de identidade original com foto, sejam físicos ou digitais. Estes últimos (CNH digital, RG Digital e E-Título) precisarão estar nos respectivos aplicativos de documentos digitais download dos aplicativos. Por isso, é importante que já tenha o aplicativo baixado e com o funcionamento devidamente testado, para acessá-lo mesmo sem internet no momento da identificação na entrada da sala onde fará a prova do certame.

Entre documentos físicos aceitos, estão carteiras de identidade emitidas pelas Secretarias de Segurança Pública dos estados, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com foto, carteira de trabalho, passaporte brasileiro e outros previstos nos editais do certame.

As cópias de documentos, mesmo autenticadas por cartórios, não serão permitidas, nem fotos do documento, mesmo que estejam na galeria de fotos do celular. Não serão aceitos também: registro civil de nascimento, título de eleitor (impresso ou sem foto), Cadastro de Pessoa Física (CPF), carteira de estudante, Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani), protocolo do documento de identidade, além de documentos ilegíveis, não identificáveis e/ou danificados.

Caneta preta: O candidato deve levar caneta esferográfica de tinta preta de material transparente para usar no dia das provas. Não serão fornecidas canetas, e não será permitido se comunicar para pedir material durante as provas.

Por isso, é recomendado levar mais de uma caneta reserva. Caneta azul, lápis, borracha e outros materiais não podem permanecer na mesa do candidato durante a prova.

Eletrônicos: conforme o edital, equipamentos eletrônicos, como celular, tablet, pulseiras e relógios inteligentes, com todos os aplicativos, funções e sistemas desativados e desligados, incluindo alarmes, no envelope porta-objetos lacrado e identificado, desde o ingresso na sala de prova até a saída definitiva do local de prova.

O envelope deverá ser guardado embaixo da cadeira do próprio inscrito. Os candidatos só poderão abrir os envelopes com seus pertences e ligar o aparelho celular quando tiverem saído dos locais de prova.

Comunicação: os candidatos também serão eliminados do concurso se forem surpreendidos, durante as provas, em qualquer tipo de comunicação com outro candidato ou usando calculadoras ou similares, livros, códigos, manuais, apostilas, impressos ou anotações ou quaisquer dispositivos eletrônicos.

Roupas e acessórios: os candidatos não poderão usar óculos escuros e artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares, sob pena de eliminação.

Horários

O cronograma da prova é o mesmo em todo o país e segue o horário de Brasília. Por isso, os candidatos devem ficar atentos aos diferentes fusos horários do país.

 A aplicação da prova da PND seguirá horários a seguir:

  • abertura dos portões: 12h
  • fechamento dos portões: 13h
  • início da prova: 13h30
  • término da prova: 19h

Não será permitida a entrada de candidatos antes do horário de abertura, nem após o horário de fechamento dos portões.

A prova terá duração de cinco horas e 30 minutos. Os candidatos devem ficar obrigatoriamente na sala de aplicação da PND, pelo menos duas horas contadas a partir do início da prova.

A prova

A prova tem a mesma matriz da avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas, que, desde a sua edição, em 2024, foca nos cursos de formação de docentes.

De acordo com o edital da PND 2025, a prova será composta por duas partes. A primeira trará questões sobre formação geral de todos os docentes e a outra será de componente específico.

A formação geral inclui 30 questões objetivas e uma discursiva, elaboradas a partir de temas ligados à formação docente.

A parte específica conta com 50 questões de múltipla escolha, voltadas ao conteúdo e às habilidades próprias de cada uma das 17 áreas da licenciatura.

São elas: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

A PND

A Prova Nacional Docente (PND) não é uma certificação pública para o ofício de professor, também não é um concurso.

O exame, criado pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o nível de conhecimento e a formação dos futuros professores das licenciaturas, também tem o objetivo de auxiliar estados e municípios a selecionarem professores para as suas redes de ensino.

A prova será realizada anualmente pelo Inep. A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de reconhecimento e qualificação do magistério da educação básica e de incentivo à docência no país.



Fonte: Agência Brasil

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UnB abre inscrições para vestibular indígena com 154 vagas

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As inscrições gratuitas para o vestibular indígena da Universidade de Brasília (UnB) de 2026 podem ser feitas a partir desta sexta-feira (24) e seguem até às 18h de 7 de novembro (horário de Brasília).

O processo seletivo é destinado a selecionar exclusivamente candidatos indígenas. O vestibular indígena é resultado de um acordo de cooperação técnica entre a UnB e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A iniciativa tem o objetivo de promover o acesso deste público ao ensino superior.

Os interessados devem se inscrever no site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). Os candidatos que necessitarem de atendimento especializado ou desejarem utilizar nome social devem sinalizar as respectivas opções no momento da inscrição.

Vagas

Ao todo, são 154 vagas em mais de 40 cursos de graduação oferecidos pela UnB, no primeiro e no segundo semestres de 2026, entre eles direito, enfermagem, engenharias, farmácia e psicologia. As vagas estão distribuídas nos campi Darcy Ribeiro (Asa Norte), Ceilândia, Planaltina e Gama, no Distrito Federal.

Confira aqui a lista de  cursos de graduação e as respectivas vagas oferecidas para o ingresso no primeiro e no segundo semestres letivos de 2026.

Quem pode participar

De acordo com o edital, esta edição é restrita a candidatos indígenas que tenham cursado ou estejam cursando o ensino médio integralmente em escolas da rede pública.

Em casos de indígenas que cursaram ou estejam cursando o ensino médio na rede privada de ensino, é necessária a comprovação de que os estudos foram ou estão sendo realizados por meio de bolsa de estudos integral ou parcial de, no mínimo, 50% do valor da mensalidade.

As vagas deste processo seletivo são destinadas a quem busca o primeiro curso de graduação, ou para quem nunca terminou um curso superior. O candidato que tiver concluído curso superior não poderá participar, em hipótese alguma, do vestibular, sob pena de imediata eliminação.

Por isso, no sistema de inscrição, o candidato deverá declarar que não concluiu a graduação em instituição de ensino superior.

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Seleção

A seleção para ingresso nos cursos de graduação oferecidos pela UnB abrange as seguintes fases, de responsabilidade do Cebraspe:

  • aplicação das provas objetiva e de redação em língua portuguesa, no dia 7 de dezembro, de caráter eliminatório e classificatório;
  • avaliação de documentação e entrevista pessoal, de caráter eliminatório, de 8 a 10 dezembro;

As seleções serão realizadas nas seguintes localidades: Boa Vista (RR), São Gabriel da Cachoeira (AM), Tabatinga (AM), Brasília (DF), Canarana (MT), Cabrobó (PE) e São Sebastião (AL).

O candidato deve também enviar documentos para a homologação da inscrição e anexar uma fotografia individual, tirada até seis meses anteriores à inscrição.

Se a fotografia não obedecer às especificações do edital, o candidato poderá passar por uma identificação especial, no dia de aplicação das provas.

Resultado 

A divulgação do resultado final do vestibular, bem como da convocação para o registro acadêmico online em primeira chamada dos candidatos selecionados para as vagas relativas ao primeiro semestre de 2026 ocorrerá em 19 de janeiro de 2026.

Mais informações estão disponíveis na página do processo seletivo, ou podem ser consultadas na Central de Atendimento ao Candidato do Cebraspe, pelo telefone (61) 3448-0100.



Fonte: Agência Brasil

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MEC permitirá uso das três últimas notas do Enem no Sisu 2026

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A edição 2026 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) permitirá o uso das notas das três últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – 2023, 2024 e 2025 – para a inscrição e classificação dos candidatos. A novidade está prevista no Edital nº 22/2025, publicado no Diário Oficial da União de 20 de outubro e disponível também na página do Sisu. 

Para fins de classificação, o Ministério da Educação (MEC) levará em conta a nota da edição do Enem que apresentar a melhor média ponderada, conforme a opção de curso, desde que o participante não tenha participado como treineiro – aqueles que se inscrevem na prova antes do 3 º ano do ensino médio.

A medida é inédita e foi incluída no edital de adesão das instituições de ensino superior ao Sisu 2026, que começa na segunda-feira (27) e vai até 28 de novembro, por meio da plataforma Sisu Gestão.Para preencher o termo de adesão, as instituições precisam ter encerrado a ocupação de vagas referentes à última edição do processo seletivo da qual tenham participado. Durante o período de adesão, a instituição poderá reabrir o termo eventualmente assinado e alterar as condições de participação.

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O que é o Sisu?

O Sistema de Seleção Unificada permite que os candidatos escolham e concorram gratuitamente, com uma única inscrição, a vagas em diversas universidades públicas, a partir dos resultados obtidos pelo estudante no Enem. O objetivo é ampliar o acesso ao ensino superior. 

Desde o ano passado, o Sisu passou a ser realizado em edição única. No processo seletivo único anual, as instituições públicas de ensino superior podem disponibilizar vagas para cursos de graduação cujo início das aulas seja no primeiro ou segundo semestre do ano.

Em 2025, foram ofertadas 261.779 vagas para 6.851 cursos de graduação em 124 instituições públicas de ensino superior de todo o país. De acordo com o MEC, a edição do Sisu de 2025 teve 254,8 mil candidatos aprovados, sendo 128 mil na ampla concorrência, 111 mil na modalidade de cotas e 14 mil por meio de ações afirmativas das próprias instituições de ensino superior.



Fonte: Agência Brasil

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