A disputa deste sábado (22) pode ser a última entre as duas feras da área, Enner Valencia e Salomón Rondón, ambos de 34 anos, no torneio de seleções mais antigo do mundo
Yuri Cortez/AFP Autor de 41 gols em 105 jogos pela seleção, Salomón Rondón é aposta da Venezuela para deixar uma boa imagem na Copa América
Com um duelo entre seus maiores artilheiros – Enner Valencia e Salomón Rondón – Equador e Venezuela iniciam neste sábado (22) sua aventura na Copa América 2024, nos Estados Unidos, guiados pela filosofia de se concentrar em um jogo de cada vez. A disputa pode ser a última entre as duas feras da área, ambos de 34 anos, no torneio de seleções mais antigo do mundo. Mas será a primeira do Grupo B, cuja jornada de abertura será concluída à noite com o duelo entre México e Jamaica, em Houston, no Texas. Equatorianos e venezuelanos se enfrentam às 19h (horário de Brasília) no Levi’s Stadium, casa do San Francisco 49ers, peso pesado do futebol americano, com capacidade para 68,5 mil espectadores.
“Gladiador” em alta
A situação atual da dupla de titãs do gol parece favorável a Rondón, que foi fundamental para o título do Pachuca do México na recente Copa dos Campeões da Concacaf, com nove gols em sete jogos. O técnico da ‘Vinotinto’, o argentino Fernando Batista, destacou o “altíssimo nível” de seu atacante, autor da dobradinha na final da competição de clubes em que venceu o americano Columbus Crew por 3 a 0 no início do mês. “Feliz por termos isso e por termos um semestre muito bom, espero que continue assim”, disse ‘El Bocha’ nesta sexta-feira (21) durante a coletiva de imprensa.
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Autor de 41 gols em 105 jogos pela seleção de seu país, Rondón é uma das grandes certezas de uma Venezuela que pretende deixar uma boa imagem na Copa América, mas que não esquece que seu grande objetivo é se classificar para uma Copa do Mundo pela primeira vez na história. O objetivo macro parece estar no caminho certo – os venezuelanos ocupam a quarta posição nas Eliminatórias sul-americanas – mas o objetivo de curto prazo – o torneio em solo americano – segue em aberto.
Os venezuelanos não disputaram nenhuma partida preparatória para a Copa América. A última entrada em campo foi um empate em 0 a 0 com a seleção da Guatemala, em amistoso realizado em março, o que consolidou uma sequência negativa de cinco jogos seguidos sem vencer (derrotas para Colômbia e Itália, empates com Equador, Peru e Guatemala).
“Superman” evoluindo
A situação é diferente para os equatorianos: tiveram um saldo aceitável nos jogos anteriores (vitórias sobre Bolívia e Honduras, derrota para a Argentina), mas Enner Valencia viveu uma temporada agitada. O capitão (41 gols em 86 jogos) sofreu em abril uma lesão que o afastou dos jogos do Internacional de Porto Alegre por um mês e meio. Com tudo isso, ele soma sete gols em 17 duelos pela seleção Tricolor e seu clube em 2024.
“Nos amistosos fomos melhorando, não em termos de resultados, mas em termos de desempenho. Tivemos uma boa sensação”, disse Valencia, que poderá receber bolas no ataque do jovem Kendry Páez, de 17 anos. Comprado pelo Chelsea, o atual meio-campista do Independiente del Valle poderá fazer sua estreia na Copa América e confirmar o Equador como produtor de talentos, entre os quais se destacam o zagueiro Piero Hincapié e o meio-campista Moisés Caicedo.
Segundo os treinadores, as duas seleções entram em um torneio que nunca venceram com a ideia de avançar jogo a jogo, em linha com o mantra que o técnico argentino Diego Simeone tornou famoso no Atlético de Madrid. Após a estreia, ‘El Tricolor’ volta a campo na quarta-feira, quando enfrenta a Jamaica, em Las Vegas (Nevada). Já a ‘Vinotinto’ terá pela frente o México no mesmo dia em Inglewood (Califórnia).
Enner Valencia, do Equador, ao centro (Odd Andersen/AFP)
Prováveis escalações
Equador
Hernán Galíndez – Ángelo Preciado, Willian Pacho, Félix Torres, Piero Hincapié – Carlos Gruezo, Moisés Caicedo – John Yeboah, Kendry Páez, Jeremy Sarmiento – Enner Valencia. Técnico: Félix Sánchez.
Venezuela
Rafael Romo – Jon Aramburu, Yordan Osorio, Nahuel Ferraresi, Miguel Navarro – Cristian Cásseres, José Martínez, Yangel Herrera – Darwin Machís, Salomón Rondón, Yeferson Soteldo. Técnico: Fernando Batista.
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte