O dia foi marcado por grande instabilidade nos mercados globais em meio ao vaivém das apostas para o corte inicial de juros nos EUA, após a divulgação do relatório mensal de emprego (payroll) americano em agosto
PAULO VITOR/ESTADÃO CONTEÚDO Apesar do avanço nesta sexta-feira, a moeda encerra a semana em baixa de 0,80%
O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira (6), em alta moderada e voltou a se aproximar de R$ 5,60, acompanhando a onda de valorização da moeda norte-americana no exterior. Com máxima a R$ 5,6015 à tarde, o dólar à vista terminou o pregão cotado a R$ 5,5901, em alta de 0,34%. O dia foi marcado por grande instabilidade nos mercados globais em meio ao vaivém das apostas para o corte inicial de juros nos EUA, após a divulgação do relatório mensal de emprego (payroll) americano em agosto.
Pela manhã, a leitura do payroll trouxe criação de 142 mil vagas. Foram revisados para baixo também os números de julho (de 114 mil para 89 mil) e junho (de 179 mil para 118 mil). De outro lado, houve ligeira queda da taxa de desemprego (de 4,3% para 4,2%) e crescimento acima do esperado do salário por hora. Em um primeiro momento, o dólar recuou e tocou mínima a R$ 5,5304.
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A maré virou ainda pela manhã, com o mergulho das bolsas em Nova York e o aumento da aversão ao risco diante das incertezas sobre o ritmo de corte de juros nos EUA e a magnitude total do alívio monetário. Há temores de desaceleração mais aguda da economia americana dada a safra mais recente de indicadores. A moeda norte-americana ganhou força na comparação como divisas fortes e emergentes.
Uma das raras exceções foi o iene japonês, que subiu mais de 0,70% em relação ao dólar. A valorização da moeda japonesa tende a levar a um desmonte de operações de carry trade com divisas de países de juros altos, como o real e o peso mexicano. Apesar do avanço nesta sexta-feira, a moeda encerra a semana, que corresponde aos cinco primeiros pregões de setembro, em baixa de 0,80%. No ano, acumula valorização de 15,18% em relação ao real, que tem desempenho superior apenas ao do peso mexicano em 2024, considerando as moedas mais relevantes.
Após a divulgação do payroll, ferramenta de monitoramento do CME Group mostrou que houve um aumento da aposta em corte mais agressivo dos juros neste mês, com chances de redução de 50 pontos-base passando de pouco mais de 43% para 50%. Já no fim da manhã, contudo, a possibilidade de corte de 25 pontos passava a ser majoritária, superando 60%. Ao longo da tarde, chegou a atingir 75%.
O diretor do Fed Christopher Waller disse que o mercado de trabalho se enfraquece, mas não mostra sinais de deterioração. “O relatório de emprego é consistente com crescimento moderado da atividade econômica”, afirmou Waller, ressaltando que, caso haja uma piora, o BC americano pode agir de forma rápida e enérgica.
Pela manhã, o presidente do Fed de Nova York, John Willians, disse que o mercado de trabalho está mais bem equilibrando. Ele afirmou que a economia continua a crescer e que o corte de juros “é o próximo passo natural” do BC americano.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carolina Ferreira
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte