O dólar à vista fechou a R$ 5,4451; a perspectiva de piora fiscal em eventual governo Trump, adepto da política de corte de impostos, joga os juros longos para cima, o que castiga divisas emergentes, como o real
CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO O momento de mais estresse se deu pela manhã, quando o dólar superou R$ 5,47 na máxima
O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira (15) em alta moderada, perto do nível de R$ 5,45, alinhado ao avanço da moeda americana no exterior. O dólar à vista fechou a R$ 5,4451. O aumento das apostas na vitória do ex-presidente Donald Trump na corrida presidencial, após o atentando ao candidato republicano no último sábado (13), embaralhou as expectativas para o futuro da economia dos Estados Unidos. Por ora, a perspectiva de piora fiscal em eventual governo Trump, adepto da política de corte de impostos, joga os juros longos para cima, o que castiga divisas emergentes. O real e seus pares latino-americanos também sofrem hoje com a queda das commodities, especial as agrícolas, após a decepção com o crescimento do PIB da China no segundo semestre. Bancos revisaram para baixo as estimativas para o avanço da economia chinesa neste ano, que pode ficar abaixo da meta anual de 5%. Em tal cenário, a moeda brasileira até que se portou bem, com perdas bem menores que às dos pesos mexicano e chileno.
O momento de mais estresse se deu pela manhã, quando o dólar superou R$ 5,47 na máxima (R$ 5,4773). Na segunda etapa de negócios, houve um arrefecimento do ímpeto da moeda americana, que esboçou zerar a alta pontualmente no início da tarde durante declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugerindo espaço para cortes de juros nos próximos meses. Além disso, o Ibovespa renovou máximas à tarde, com relatos de entrada de capital estrangeiro. Com mínima a R$ 5,4315, a moeda encerrou o pregão cotada a R$ 5,4446, em alta de 0,25%. Em julho, o dólar ainda acumula desvalorização forte, de 2,57%. A liquidez foi reduzida, o que sugere ausência de apostas contundentes ou mudanças relevantes de posições dos investidores. Principal termômetro do apetite por negócios, o dólar futuro para agosto movimentou menos de US$ 8 bilhões.
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Referência do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY operava em leve alta no fim da tarde, ao redor dos 104,200 pontos. As taxas do Treasuries longas avançavam, mas com menor ímpeto do que o visto pela manhã O retorno do papel de 10 operava na casa de 4,22%, após máxima a 4,2474%. Já a taxa da T-note de 2 anos – mais ligada às perspectivas para o rumo da taxa básica americana – apresentou ligeiro recuo.
No início da tarde, durante evento do Clube Econômico de Washington, Jerome Powell disse que os dados recentes ampliaram a confiança no processo de desinflação e repetiu que o Fed não precisa ver a inflação na meta de 2% para começar a cortar os juros. Ele acrescentou que uma piora inesperada do emprego pode justificar o início do relaxamento monetário, mas disse que não daria “sinais hoje sobre corte de juros para alguma reunião específica”.
As falas de Powell não alteraram as expectativas em torno do início e da magnitude da redução da taxa básica americana. Já levemente majoritárias na última sexta-feira (12) , as chances de um corte total de 75 pontos-base neste ano se consolidaram hoje. A visão predominante é de redução inicial em setembro, mas já se vê um movimento de aumento, ainda que tímido, de aposta para julho.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carolina Ferreira
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte