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Internacional

Em um mês, número de mortos buscando alimentos em Gaza chega a 516

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O número de palestinos famintos assassinados tentando buscar ajuda nos pontos de distribuição de alimentos controlados por Israel chegou a 516 pessoas nesta terça-feira (24), desde que a controversa Fundação Humanitária de Gaza (GHF) passou a operar na região, há cerca de um mês. Os dados são do Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

Na manhã de hoje, aconteceu mais um massacre que resultou na morte de 50 palestinos.

“Os massacres diários em torno dos pontos de controle de ajuda humanitária dos Estados Unidos (EUA) e do sionismo na Faixa de Gaza continuam, representando um dos crimes mais hediondos conhecidos na era moderna, atraindo inocentes famintos para emboscadas, onde são assassinados e mortos”, disse o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), em nota.

As mortes são confirmados por organizações não governamentais que atuam em Gaza e pelas agências da ONU. Vídeos que circulam quase diariamente nas redes sociais mostram multidões famintas correndo, enquanto metralhadoras são disparadas.

Israel alega que tiroteios anteriores ocorreram devido a aproximação de “suspeitos” em direção aos soldados.

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O Ministério da Saúde de Gaza calcula ainda que 3,7 mil pessoas ficaram feridas devido aos massacres nos centros da GHF, fundação apoiada por Israel e Estados Unidos (EUA). A organização é a única autorizada a distribuir alimentos na região.

O chefe da Agência de Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarin, rotulou os pontos de distribuição da GHF de “armadilha mortal”. Em declaração à imprensa no último domingo (22), o chefe do Escritório de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha) para Gaza, Jonathan Whittall, relatou o que tem ocorrido nos pontos da GHF.

“Desde que o bloqueio total foi parcialmente levantado – há pouco mais de um mês – pessoas têm sido mortas quase diariamente enquanto tentam obter comida. Observamos um padrão assustador de forças israelenses abrindo fogo contra multidões que se aglomeram para obter alimentos”, disse o funcionário da ONU.

Whittall disse ainda que muitos são mortos por forças israelenses enquanto esperam por comida ao longo das rotas para Gaza.

“Há poucos dias, mais de 60 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas quando um tanque abriu fogo contra uma multidão que aguardava a chegada de caminhões de comida”, completou.

Fome em Gaza

A UNRWA sustenta que o alimento distribuído pela GHF é insuficiente, que os cerca de 2 milhões de palestinos em Gaza estão passando fome e que as crianças estão morrendo por desnutrição.

“Somente em maio, mais de 5 mil crianças foram tratadas por desnutrição aguda. Isso representa um aumento de quase 50% em comparação a abril e um aumento de 150% em comparação a fevereiro”, disse à agência da ONU.

O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, sustenta que em todo território palestino ocupado – que inclui a Cisjordânia e Jerusalém Oriental –, ocorre a implementação de um projeto de longa data para minar a viabilidade do Estado palestino e retirar os palestinos da Palestina.

“A infraestrutura pública é sistematicamente destruída para que os palestinos não possam retornar, e a demografia dos campos é permanentemente alterada. A anexação está progredindo de forma constante”, disse, em reunião com ministros de relações exteriores da Organização para Cooperação Islâmica (OCI).

A ONU diz que tem 6 mil caminhões com ajuda humanitária na fronteira de Gaza sem permissão para entrar. Israel alega que a ajuda seria “desviada” para o Hamas. A entrada de ajuda humanitária para população civil é uma exigência do direito humanitário internacional (DHI) que vendo sendo violado por Israel com apoio dos EUA.

Entenda

A atual fase do conflito na Faixa de Gaza começou em outubro de 2023, após um ataque surpresa do Hamas a vilas ao Sul de Israel, matando 1,2 mil pessoas e fazendo cerca de 220 reféns, conforme dados divulgados pelo governo israelense.

O Hamas sustenta que o ataque foi uma resposta ao cerco de mais de 17 anos imposto a Gaza e também uma resposta à ocupação dos territórios palestinos por Israel.

Quando o estado de Israel foi fundado, em 1948, estima-se que 750 mil palestinos tenham sido expulsos de suas terras, dando início ao drama dos refugiados.

Em resposta ao ataque do Hamas de 7 de outubro, o Exército israelense iniciou uma ofensiva sem precedentes contra Gaza, deslocando mais de 90% da população e destruindo a maior parte da infraestrutura local, ação que vem sendo considerada um genocídio por diversos países e organizações internacionais.

O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tem defendido a ocupação permanente de Gaza e encoraja a emigração dos palestinos do local. Segundo Israel, o objetivo é resgatar os reféns que ainda estão com o Hamas e eliminar o grupo completamente.

 



Fonte: Agência Brasil

Internacional

Lula propôs ser interlocutor entre EUA e Venezuela, diz chanceler

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse neste domingo (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou à disposição para atuar como interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela. 

Mais cedo, Lula se reuniu com presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia.

Segundo o chanceler brasileiro, Lula disse que a América do Sul é uma região de paz e que é necessário buscar soluções aceitáveis.

“O presidente Lula levantou o tema e disse que a América Latina e a América do Sul, onde estamos, é uma região de paz. E ele se prontificou a ser um contato, um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países”, afirmou.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram tropas terrestres e um porta-aviões para o Caribe. O governo Trump bombardeou embarcações, sob a justificativa de estar combatendo as rotas de narcotráfico que abastecem os Estados Unidos. Trata-se da mais recente operação da campanha antidrogas do presidente Donald Trump na região.

Para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o reforço militar na região objetiva tirá-lo do poder.



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

A empresários, Lula diz que mundo não aceita “nova Guerra Fria”

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo (26) que o mundo não aceita mais uma “nova Guerra Fria”. A declaração de Lula foi feita durante uma reunião com empresários em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Ao defender o comércio e investimentos estrangeiros nos dois países, Lula disse que Brasil quer estar do lado de todos que querem fazem negócios.

“A Asean é um parceiro muito importante e tende a ser muito mais importante, porque o mundo de hoje não aceita mais uma nova Guerra Fria. Nós não queremos ficar disputando, como se disputou, a partir da Segunda Guerra Mundial, o que era do lado da Rússia, o que era do lado dos Estados Unidos. A gente não quer uma nova disputa do lado dos Estados Unidos, do lado da China. A gente quer estar do lado da China, dos Estados Unidos, da Malásia, da Indonésia, de todos os países do mundo que queiram fazer negócio conosco”, afirmou.

O presidente também defendeu a integração do Brasil com a América do Sul e disse que, desde seu primeiro mandato, em 2003, busca a ampliação de parcerias internacionais.

“Durante muito tempo, o Brasil esteve isolado na América do Sul. O Brasil olhava para a Europa e os Estados Unidos, e nós resolvemos tomar a decisão de que era preciso fazer o Brasil ter uma importância maior na geopolítica econômica e comercial”, completou.

Mais cedo, Lula se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu a revogação do tarifaço norte-americano contra as exportações brasileiras.

A primeira reunião de negociação entre as diplomacias brasileira e norte-americana será realizada ainda neste domingo na Malásia.



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Reuniões para suspender tarifaço começam ainda hoje, diz Mauro Vieira

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que as negociações com o governo dos Estados Unidos para a suspensão do tarifaço contra as exportações brasileiras serão iniciadas neste domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia. 

Segundo o chanceler brasileiro, a autorização para o início das negociações foi dada pelo presidente Donald Trump após reunião como presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Vieira disse que a primeira reunião deve ser realizada na noite deste domingo, no fuso do horário da Malásia, que está 11 horas à frente do horário oficial de Brasília. Na conversa, Lula pediu a Trump que as tarifas extras sejam suspensas enquanto os dois países estiverem negociando, o que pode ocorrer após as primeiras conversas entre os representantes brasileiros e norte-americanos.

“A reunião foi muito positiva, o saldo final é ótimo. O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo, um período de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo”, afirmou. 

As negociações serão conduzidas pelo próprio chanceler, que terá auxílio do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Fernando Elias Rosa.

Pelo lado norte-americano, as negociações serão conduzidas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Em julho deste ano, Trump anunciou uma tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana. 

 



Fonte: Agência Brasil

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