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Fim de semana tem homenagem ao Dia do Rock, Festival Chic Show e reabertura do Museu do Futebol

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Outras atrações da capital paulista são a estreia do musical “A Noviça Rebelde”, a nova peça de Bete Coelho, a mostra com filmes de Al Pacino e uma exposição imersiva no MIS Experience; confira a agenda cultural

Michael Tran/AFPUS rapper and singer Lauryn Hill
Lauryn Hill encabeça o line-up do Festival Chic Show, que comemora os 50 anos do baile de black music no Allianz Parque

A programação deste final de semana mescla shows com grandes nomes da música, eventos em homenagem ao Dia do Rock e a chegada de um musical clássico aos palcos de São Paulo. O espetáculo “A Noviça Rebelde” estreia na cidade após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro. Em comemoração aos 50 anos do baile de black music criado por Luiz Alberto da Silva, o Luizão, o Allianz Parque recebe grandes atrações nacionais e internacionais no Festival Chic Show. No line-up, estão nomes como Lauryn Hill,  YG Marley, Criolo, Sandra Sá e Mano Brown. O fim de semana ainda conta com a reabertura do Museu do Futebol, um dos mais importantes de São Paulo, com novidades. Para quem gosta de cinema, ainda há uma mostra em homenagem a Al Pacino no CCBB. E o MIS Experience inaugura a mostra imersiva de realidade aumentada “Notre-Dame de Paris: uma viagem pela Catedral” no domingo (14).

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Confira a programação completa:

Shows

Fabiana Cozza

12/7, sexta-feira, e 13/7, sábado, 21h – A cantora faz show do álbum Urucungo, que traz canções inéditas do escritor e pesquisador carioca Nei Lopes, que participará das apresentações Entre as músicas deste trabalho estão Dia de Glória, que Fabiana gravou ao lado de Leci Brandão, e Ofertório, parceria de Lopes com Francis Hime.

Onde: Sesc Vila Mariana. R. Pelotas, 141, Vila Mariana.

Quanto: R$ 18/R$ 60.

Marcos Valle e convidados

12/7, sexta-feira, 22h – O cantor e compositor, autor de Samba de Verão, uma das canções brasileiras mais regravadas mundo afora, faz show antes de embarcar para mais uma turnê pela Europa e Estados Unidos. Na apresentação, Valle terá Céu, Emicida, Moreno Veloso e Rashid como convidados.

Onde: Cine Joia. Pça. Carlos Gomes, 82, Liberdade.

Quanto: R$ 130/R$ 200.

Festival Chic Show

13/7, sábado, 13h45 – O festival comemora os 50 anos do baile de black music criado por Luiz Alberto da Silva, o Luizão, que durante muito tempo ocorreu no Palestra Itália, atual Allianz Parque. Para a celebração, os convidados são a cantora e rapper americana Lauryn Hill e seu filho YG Marley, além dos brasileiros Criolo, Sandra Sá, Mano Brown e Rael. DJs também vão animar a festa.

Onde: Allianz Parque. R. Palestra Itália, 200, Pompeia.

Quanto: R$ 280/R$ 680.

Festival Index

12/7, sexta-feira, 18h/22h; 13/7, sábado, 15h/22h; 14/7, domingo, 15h/20h – O festival apresenta, em três dias de programação, música, arte sonora, dança, instalações e exibições de obras audiovisuais. Na sexta, tem apresentação da cantora e compositora carioca Juçara Marçal e do músico Cadu Tenório. No sábado, uma das atrações é a violinista suíça Charlotte Hug. Para o domingo está programada a apresentação do projeto Guizado e a Realeza, dos músicos brasileiros Guizado, Marcelo Cabral, Paola Ribeiros e Mamah Soares.

Onde: Arquivo Histórico Municipal. Pça. Cel. Fernando Prestes, 152, Bom Retiro.

Quanto: Gratuito.

Kiss FM – 23 anos

13/7, sábado, 22h – A emissora de rádio paulistana dedicada ao rock comemora seu aniversário de criação trazendo shows completos das bandas brasileiras Ultraje a Rigor, Raimundos, 365 e Normalayze.

Onde: Tokio Marine Hall. R. Bragança Paulista, 1.281, Vila Cruzeiro.

Quanto: R$ 120/R$ 240.

CPM 22

13/7, sábado, 23h30 – No Dia Mundial do Rock, a banda liderada pelo vocalista Badauí lança seu novo álbum, Enfrente, oitavo trabalho de estúdio do grupo. As novas músicas, entre elas, O Ano em Que a Terra Parou e Dono da Verdade, refletem sobre temas como a pandemia – época em que o disco foi gravado – e a era digital.

Onde: Audio Club. Av. Francisco Matarazzo, 694, Água Branca.

Quanto: R$ 70/R$ 130.

A Banda Mais Bonita da Cidade

14/7, domingo, 18h40 – Conhecida pelo hit Oração, a banda, criada em 2009, lança seu quarto álbum, O Futuro Já Está Acontecendo, que traz oito músicas inéditas, entre elas, Teu Chá e Calma. O show terá a participação da pianista curitibana Klüber.

Onde: Casa Natura Musical. R. Artur de Azevedo, 2.134, Pinheiros

Quanto: R$ 70/R$ 180.

Chico César, Blanca e Rojobarcelo

14/7, domingo, 19h – Chico César e os músicos argentinos Blanca e Rojobarcelo se juntam para apresentar o álbum Beleza pra Nós. Nele, há canções como É Preciso Navegar, Primavera Nasce e Lo Que Tengo Hoy. Os três artistas também apresentam músicas de suas carreiras solo.

Onde: Blue Note. Av. Paulista, 2.073, 2º andar, Consolação.

Quanto: R$ 120.

Alaíde Costa

16/7, terça-feira, e 17/7, quarta-feira, 20h – Aos 88 anos, a cantora apresenta o show inédito Alaíde Costa canta Domingo, com o repertório do álbum de estreia de Gal Costa e Caetano Veloso, de 1967. É neste disco que estão canções como Minha Senhora, que Alaíde sempre gostou de cantar, Coração Vagabundo e Zabele. O show terá a participação especial do cantor Ayrton Montarroyos.

Onde: Sesc 14 Bis. R. Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista.

Quanto: R$ 18/R$ 60.

Teatro

Petra

Estrelado e dirigido por Bete Coelho, o espetáculo reflete sobre o feminino, o amor e o teatro. A peça é baseada no clássico As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder. A trama acompanha a estilista de alta costura Petra von Kant, frustrada por uma paixão não correspondida, e outras mulheres que compartilham da busca incessante pelo amor. Além de Bete, Gabriel Fernandes também é responsável pela direção. O elenco é todo feminino: além da atriz, conta com Luiza Curvo, Lindsay Castro Lima, Clarissa Kiste, Renata Melo, Miranda Diamant Frias e Laís Lacôrte.

Quando: De 13/7 a 7/8. Quartas a sábados, 21h; domingos, 19h.

Onde: Teatro Cacilda Becker – R. Tito, 295, Lapa.

Quanto: R$ 20.

Freud e o Visitante

O Grupo Tapa volta com mais uma temporada de Freud e o Visitante no Teatro Ruth Escobar. No centro da peça, está o pai da psicanálise e uma disputa entre divindade e ateísmo. Escrito por Éric-Emmanuel Schmitt, o espetáculo traz Freud em um embate com um visitante desconhecido dias após a anexação da Áustria pela Alemanha. O encontro gera dúvidas sobre ser alucinação, memória e sonho. Dirigido por Eduardo Tolentino de Araujo, Freud e o Visitante tem Adriano Bedin, Anna Cecília Junqueira, Brian Penido Ross e Bruno Barchesi no elenco.

Quando: De 5/6 a 1/9. Sextas a domingos, 20h.

Onde: Teatro Ruth Escobar – Rua dos Ingleses, 209, Morro dos Ingleses.

Quanto: R$ 80.

Musical

A Noviça Rebelde

Depois de uma temporada no Rio, o musical clássico chega a São Paulo em uma versão com Malu Rodrigues, Pierre Baitelli e Larissa Manoela no elenco. A montagem traz músicas que marcaram a história do teatro musical, como The Sound of Music e Do-Re-Mi, em versões em português adaptadas por Claudio Botelho. A direção é de Charles Möeller.

Quando: De 13/7 a 28/7. Quintas e sextas, 20h; sábados e domingos, 15h e 20h.

Onde: Vibra São Paulo – Av. das Nações Unidas, 17955, Vila Almeida.

Quanto: R$ 39/R$ 360.

Exposição

Museu do Futebol

O museu, um dos mais importantes de São Paulo, reabre depois de oito meses fechado para reforma com duas novidades: a Sala Raízes, com mais de 100 fotos e um filme produzido pelo cineasta Carlos Nader, que faz uma reflexão sobre como o esporte se tornou um fenômeno cultural; e a Sala Pelé, uma grande homenagem aos jogador brasileiro e um dos maiores ídolos mundiais de todos os tempos. Os tradicionais espaços, como a Sala das Copas, com a história da competição e destaque para o futebol feminino, e Sala das Origens, que traz a linha do tempo do esporte, foram repaginadas para receber novamente os visitantes.

Quando: A partir de 12/7.

Onde: Praça Charles Miller, s/nº, Estádio do Pacaembu.

Quanto: R$ 24.

Fachada do estádio do Pacaembu

(Maricy de Andrade Queiroz/Estadão Conteúdo)

Notre-Dame de Paris: uma viagem pela Catedral

A partir do dia 14, o MIS Experience recebe uma exposição imersiva de realidade aumentada sobre a Catedral de Notre-Dame, uma das principais construções arquitetônicas da história da França. Os visitantes passarão pelos mais de 850 anos de história do monumento, incluindo sua fundação, a coroação de Napoleão e o casamento de Henrique IV, e até o incêndio que destruiu parte dele em 2019. Será a primeira vez da mostra na América Latina. Ela foi desenvolvida pela empresa francesa Histovery em parceria com a Rebuilding Notre-Dame de Paris e patrocínio do Grupo L’Oréal.

Quando: 14/7 a 4/8. Terças a sextas, das 10h às 19h. Sábados, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 10h às 19h.

Onde: Galpão do MIS Experience. Rua Cenno Sbrighi, 250, Água Branca.

Quanto: R$ 10/ R$ 30.

Virada Sônica: a escalada do som na arte contemporânea

Mostra interativa com esculturas, vídeos, pinturas e instalações de 28 artistas nacionais e internacionais – de Tiganá Santana a Yoko Ono – que exploram o papel do som, da música e até do silêncio na arte contemporânea. A mostra ocupa os andares 23 e 24 do Farol Santander e tem curadoria de Chico Dub. Quando: 5/7 a 13/10. Terça a domingo, das 9h às 20h. Onde: Farol Santander, 23º e 24º andar. R. João Brícola, 24,Centro Histórico de São Paulo. Quanto: R$ 20/R$ 40.

Cinema

Mostra Pacino

Um dos maiores atores da história, Al Pacino é homenageado com uma mostra no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que chega a São Paulo após temporada no Rio. Ao todo, são 24 filmes estrelados pelo ator de 84 anos, começando pelo primeiro longa-metragem como protagonista, Os Viciados (1971), de Jerry Schatzberg, até Era uma Vez em… Hollywood (2019), de Quentin Tarantino. Quando: 6/7 a 18/8. Todos os dias, exceto terça.

Onde: CCBB (Rua Álvares Penteado, 112, Centro, São Paulo-SP).

Quanto: R$ 10/R$ 5.

Festival SatyriCine Bijou

O festival, que tem foco em produções de cineastas emergentes, chega a mais uma edição. Ao todo, serão exibidos 10 longas e 12 curtas inéditos na Mostra Competitiva. Neste ano, o evento faz uma homenagem à atriz Gilda Nomacce, que recebe o Troféu Helena Ignez e terá alguns de seus principais trabalhos exibidos. O júri da edição é formado por Aimar Labaki, Jeferson De, Julia Bobrow, Luh Maza e Tuna Dwek. A cerimônia de premiação ocorre no dia 20.

Quando: De 11/7 a 21/8.

Onde: Cine Satyros Bijou – Praça Roosevelt, 172, Consolação.

Quanto: Grátis (retirada de ingressos 1h antes de cada sessão).

Passeio

25º Festival do Japão

A maior festa da cultura japonesa do Brasil ocorre entre os dias 12 e 14 no São Paulo Expo, na zona sul da cidade. O evento, que neste ano terá o tema “Ikigai – Viver com Propósito”, conta com atrações musicais e gastronômicas, exposições, workshops e atividades para todas as idades. A 25ª edição do festival terá participação do governo japonês e vai inaugurar um espaço exclusivo B2B, que sediará a primeira edição da “Expo Japan”. Serão 141 empresários japoneses, de 40 províncias, apresentando as suas empresas e produtos para empresários brasileiros. Quando: 12, 13 e 14/7.

Onde: São Paulo Expo (Rod. dos Imigrantes, km 1,5, São Paulo).

Quanto: R$ 15 / R$ 38.

Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações do Estadão Conteúdo





Fonte: Terra

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PND 2025: questão discursiva aborda idadismo como desafio social

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A questão discursiva da Prova Nacional Docente (PND), aplicada neste domingo (26), abordou o idadismo como desafio social e educacional no Brasil.

O idadismo, também conhecido como etarismo, é um termo que define o preconceito, estereótipo e/ou discriminação contra indivíduos ou grupos com base na sua idade.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que o enunciado da questão destaca o conceito do idadismo, a importância de combater estereótipos e práticas discriminatórias baseadas na idade e de promover a integração entre diferentes gerações no ambiente escolar. O texto foi extraído do Relatório Mundial sobre o Idadismo de 2023, produzido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O texto a ser elaborado pelo candidato deve abordar os efeitos das diferenças entre gerações no contexto escolar.

Como solução para o problema, o participante da PND deve apresentar, ao menos, uma atividade de combate ao idadismo e que promova a integração intergeracional nas unidades de ensino.

Textos motivadores

Para auxiliar na construção do texto discursivo, os mais de 1,08 milhão de inscritos na prova chamada de CNU dos Professores tiveram como suporte textos motivadores ou de apoio. O conjunto de materiais que acompanha a proposta da prova discursiva tem a principal função de fornecer o recorte temático e contextualizar o candidato sobre o assunto que ele precisa desenvolver.

Entre os texto disponibilizados neste domingo está o 22º artigo do Estatuto do Idoso, que propõe a inserção de conteúdos sobre envelhecimento e valorização da pessoa idosa nos currículos escolares.

Outro texto a que os participantes da PND tiveram acesso é um trecho da obra À Sombra Desta Mangueira, do pedagogo e educador Paulo Freire (1921-1997), publicado em 1995, a partir dos manuscritos de próprio punho do autor. O texto reflete sobre a juventude e a velhice como atitudes diante da vida e da aprendizagem.

Prova objetiva

Além da questão discursiva, os participantes também respondem a questões objetivas de formação geral docente e do componente específico das 17 áreas da licenciatura.

De acordo com o edital da PND 2025, a parte da prova com conteúdo de formação geral inclui 30 questões objetivas e uma discursiva, elaboradas a partir de temas ligados à formação de um professor.

A parte específica conta com 50 questões de múltipla escolha, voltadas ao conteúdo e às habilidades próprias de cada uma das licenciaturas. São elas: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

A prova tem a mesma matriz da avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas, que, desde a sua edição, em 2024, foca nos cursos de formação docente.

Com duração de cinco horas e 30 minutos, o término ocorreu às 19h, no horário de Brasília.

PND

A Prova Nacional Docente (PND) não é uma certificação pública para o ofício de professor, também não é um concurso.

O exame, criado pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o nível de conhecimento e a formação dos futuros professores das licenciaturas, tem o objetivo de auxiliar estados e municípios a selecionarem professores para as suas redes de ensino.

O MEC quer, por meio da Prova Nacional Docente, estimular a realização de concursos públicos e aumentar o número de professores efetivos nas redes de ensino do Brasil.

A prova será realizada anualmente pelo Inep. A iniciativa faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de reconhecimento e qualificação do magistério da educação básica e de incentivo à docência no país.



Fonte: Agência Brasil

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Brasil

Melhorar a educação: veja histórias de professores que fazem a PND

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Mais de 1,08 milhão de inscritos participam, desde as 13h30 deste domingo (26), da primeira edição da Prova Nacional Docente (PND) em todo o país. A prova é etapa obrigatória para quem conclui um curso de licenciatura em 2025 e também para os professores que querem usar a nota do exame em um processo seletivo de docentes, feito por estados e municípios que aderiram ao chamado CNU dos Professores.

A prova tem a duração de 5 horas e 30 minutos e terminará às 19h, no horário de Brasília. Os candidatos, no entanto, podem deixar a sala de aplicação do exame após duas horas do início.

No Distrito Federal, um dos candidatos da PND é Francisco Gilvar Pereira da Silva, filho de um casal de analfabetos do Piauí. Aos 56 anos, ele concluirá o curso de letras – português em dezembro, sua segunda graduação. A vida nunca foi fácil para Francisco, que começou a trabalhar aos 7 anos como auxiliar no carregamento de areia e madeira de caminhões em Amarante (PI). A vinda para Brasília foi motivada pelo serviço militar. Mas, foi como auxiliar de limpeza, em uma escola privada de Brasília, e a proximidade com o meio acadêmico que a vontade de ser professor foi despertada em Francisco.


Brasília (DF), 26/10/2025 - Francisco Gilvan aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 26/10/2025 - Francisco Gilvan aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Francisco Gilvar aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dentro da instituição de ensino, ele galgou posições até o cargo de auxiliar administrativo, o que o influenciou na escolha do primeiro curso, o de administração. Ele foi o primeiro integrante da família a ter um curso superior, mas faltava algo para realizar o sonho. Então, conquistou uma bolsa de estudos e correu atrás do sonho de cursar a licenciatura que mais tem familiaridade com as letras, aquelas que seus parentes não conheciam. Os pais falecidos não terão a oportunidade de ver o filho com diploma na mão. Mas é para a terra natal que ele quer voltar para fazer a diferença na educação de outros “Franciscos e Franciscas”, como foi um dia em Amarante.

“Sinto uma emoção grande porque tenho vontade de retornar para o meu estado para dar oportunidade àqueles que não têm condições [de estudar], como eu não tive. E para ensinar, passar o meu conhecimento e um pouco da minha experiência para a frente. Será gratificante.”

Um sonho

Outro candidato no Distrito Federal, o indígena da etnia Marubo, Edinácio Silva Vargas, de 32 anos, aguardava o momento de cruzar o portão do Centro de Ensino Médio Paulo Freire, na Asa Norte, centro da capital federal, para fazer a Prova Nacional Docente. Ele contou à reportagem da Agência Brasil que desde que saiu da Terra Indígena (T.I.) Vale do Javari, em Cruzeiro do Sul (AC), tinha o sonho de ser professor de língua inglesa.

“Era um sonho antigo de querer falar outra língua. Ainda não estou fluente, mas falta pouco. Também penso nas perspectivas profissionais que o inglês pode proporcionar.”

Em sua trajetória de estudante, Edinácio se formou em gestão pública pela Universidade Estadual do Amazonas. Hoje, ele quer unir as duas formações superiores em benefício de seus futuros alunos.

“Com base nos últimos estágios obrigatórios que eu fiz, na licenciatura, eu quero dar apoio, mediar o conhecimento. Quero, com a minha profissão, ensinar, ajudar as pessoas, o que contribui na formação para a vida dos alunos. Eu gostei mesmo dessa ‘coisa’ de ajudar”, admite.

O exemplo arrasta

O futuro professor de educação física, Diego Lima, decidiu pelo exemplo. Como atleta paralímpico, o jovem conta que teve grandes mestres que lhe deram incentivo para competir. A dedicação desses professores o inspirou a ser um deles.

“Para mim, estar aqui, hoje, nessa última etapa, é muito gratificante, porque estou seguindo os grandes exemplos que tive.” Também é um orgulho para eles ver um aluno se formando e querendo ser um profissional assim como eles foram.”


Brasília (DF), 26/10/2025 - Diego Lima aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 26/10/2025 - Diego Lima aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Diego Lima aguarda para fazer a Prova Nacional Docente em Brasília. Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Diego Lima nasceu com paralisia cerebral. Atualmente, além de estudante do último ano da graduação, ele é velocista cadeirante, depois de ter praticado atletismo, tênis e basquete de cadeira de rodas. A virada de chave na cabeça e no coração, que o fez pensar na docência, foi há dez anos.

Porém, a falta de recursos financeiros quase o fez abandonar a faculdade no meio do curso. Pelo Programa Atleta Cidadão, do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que tem o objetivo de estimular o desenvolvimento pessoal e profissional, Diego Lima voltou a estudar e quer alçar novos voos após se formar.

“Agora, estou na fase de querer fazer a diferença na vida de outros atletas. Quando estiver na carreira de professor, quero dar sequência, passar o que aprendi para os futuros alunos e dar o conhecimento que eles precisam.”

Para Maíra Araújo dos Santos, de 23 anos, moradora da cidade de Itapoã, no Distrito Federal, os comportamentos de uma professora de química chamada Marina, no ensino médio, a influenciaram a decidir pelo curso.

 “Se a gente parar para pensar, tudo ao nosso redor é química. Eu quero mostrar para os estudantes que essa área é muito mais do que uma matéria que vai dar medo, como a professora Marina me ensinou.

Munida de caneta preta para fazer a prova, Maíra confessa que antes mesmo de pensar em ser professora, ela faz a prova neste domingo porque precisa comprovar a presença para, enfim, ter o aguardado diploma. “Essa prova é do Enade das Licenciaturas. Então, para a faculdade liberar meu diploma, preciso fazer a PND.”


Brasília (DF), 26/10/2025 - Maíra Santos aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 26/10/2025 - Maíra Santos aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Maíra Santos conta que o comportamento de uma professora de química, no ensino médio, a influenciou para fazer o curso – Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os candidatos respondem às questões da PND neste domingo, que têm o conteúdo baseado na mesma matriz da avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas, que, desde a sua primeira edição em 2024, tem foco nos cursos de formação docente,

Carreira do cuidado

Se Maíra quer, com urgência, concluir o curso de química, o objetivo de Solange Oliveira Braga, formada em pedagogia, é ser aprovada no concurso da Secretaria de Educação do Distrito Federal, autorizado neste mês e que vai ser realizado em 2026. “Já estou estudando, porque no ano que vem já vai ter concurso da Secretaria de Educação do DF. Estou nesse propósito. Pretendo dar aulas a crianças menores 5 anos.” A vocação para a educação infantil ela diz ter percebido ao cuidar dos irmãos pequenos, na cidade mineira de São Francisco.  “Você lembra da sua infância, do cuidado com os irmãos e de como é bom aquele contato com crianças. É o amor verdadeiro.”

O pontapé que faltava para lecionar veio da própria família. “Tenho parentes que atuam nessa área. Então, fui me espelhando neles. Por isso, a vida toda eu sempre falei: quando eu estudar, quero ser professora”

Profissão que forma todas as outras

A estudante Marcela Silva Vaz, de 31 anos, também concluirá o curso de licenciatura em 2025. Ao mirar na estabilidade do serviço público e no salário certo todo início de mês, Marcela pensa ainda nas crianças em situação de vulnerabilidade econômica e social.  “Há muitas crianças carentes e algumas escolas deixam muito a desejar. Quero ser um diferencial nisso tudo, trabalhando no primeiro ano do ensino fundamental, onde o saber começa com o ensino para ler e escrever.” 


Brasília (DF), 26/10/2025 - Marcela Silva Vaz aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília (DF), 26/10/2025 - Marcela Silva Vaz aguarda a abertura dos portões para realização da Prova Nacional Docente. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marcela Silva Vaz quer trabalhar com crianças, no ensino fundamental – Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marcela explica que o professor da educação básica é o profissional que forma todos os outros.  

Sobre a realidade dentro de sala de aula, ela defende que as redes de ensino devem se adaptar melhor para o atendimento de estudantes neurodivergentes e com outras necessidades especiais. “Hoje em dia, há um número maior de crianças especiais nas escolas. Entendo que professores têm dificuldades e muitos não conseguem atingir bem o objetivo de ensinar, por diversos fatores. Mas aprendi a dar o meu máximo. Na escola, quero ser uma professora que dá a direção, em conjunto com a família. O professor tem que ter essa dedicação”.

Participantes

Segundo o Ministério da Educação (MEC), Brasília e demais cidades do DF aparecem na terceira posição entre as que têm maior número de inscritos (18.754), entre 1,08 milhão de inscritos. As primeiras colocações são do município de São Paulo (84.633), seguido pelo município do Rio de Janeiro (28.765). O estado com maior número de inscritos confirmados é São Paulo (253.895), seguido por Minas Gerais (97.113) e o Rio de Janeiro (72.230). 

Em relação às 17 áreas da licenciatura avaliadas neste domingo, a pedagogia liderou as inscrições na PND, com 560.576 pessoas confirmadas. Em segundo lugar, figura a área de letras – português, com 73.187 confirmações; seguida de matemática (72.530) e de educação física (65.911). 

A PND 

A PND será aplicada anualmente. A prova faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que reúne ações de reconhecimento e qualificação do magistério da educação básica e de incentivo à docência no país. 



Fonte: Agência Brasil

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Professores fazem a primeira edição da Prova Nacional Docente

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A professora da rede municipal de Duque de Caxias na Baixada Fluminense Ingrid Nascimento Abreu, de 60 anos, chegou antes dos portões abrirem, ao meio-dia,no Colégio Estadual Julia Kubitschek na região central do Rio para a realização da primeira edição da Prova Nacional Docente (PND) neste domingo (26). Professora de educação infantil e de autistas há quatro anos, ela disse estar disposta a ser chamada para outros municípios do Rio de Janeiro ou mesmo para outros estados.

“Onde estiver precisando, eu gostaria de ser chamada, como áreas quilombolas, indígenas. A função do professor é educar onde houver necessidade. A importância dessa prova foi para que se tenha essa possibilidade de fazer na sua cidade esse concurso nacional. O governo está focado na educação que é a base”, disse Ingrid.

Chamado de “CNU dos Professores” ou “Enem dos Professores”, o exame representa uma porta de entrada no magistério público brasileiro. As redes públicas de ensino poderão optar por usar as notas dos participantes da PND como mecanismo único ou complementar de seleção de docentes para seus quadros a partir de 2026. Ao todo, 1.086.914 inscritos fazem a prova neste ano. 

O professor da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e do ensino médio da rede estadual na Ilha do Governador Vagner Bastos, de 64 anos, exerce sua profissão há dois anos e gostaria de trabalhar nas regiões periféricas do estado do Rio.

“Quero expandir as fronteiras no que se refere a essa linda iniciativa do governo federal que nos dá oportunidade de irmos a outros lugares e levarmos a palavra da educação. A educação não só é a base mas o princípio de uma sociedade. Uma sociedade só se faz democrática pela educação”, disse Bastos.

Recém-formada em letras habilitação português e literatura pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Fernanda Lima Figueiredo da Silva, de 25 anos, vê a PND como a oportunidade para seu primeiro emprego.

“Estou com todo o conteúdo fresco na cabeça. Minha expectativa é alta. Estou preparada”, afirmou Fernanda que gostaria de atuar no Colégio de Aplicação da Uerj.

Sobre a PND

Com duração de cinco horas e trinta minutos, a prova tem a mesma matriz da avaliação teórica do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) das Licenciaturas, que, desde a sua edição, em 2024, foca nos cursos de formação docente. 

De acordo com o edital da PND 2025, a prova será composta por duas partes. A primeira trará questões sobre formação geral de todos os docentes e a outra será de componente específico.

A formação geral inclui 30 questões objetivas e uma discursiva, elaboradas a partir de temas ligados à formação docente.

A parte específica conta com 50 questões de múltipla escolha, voltadas ao conteúdo e às habilidades próprias de cada uma das 17 áreas da licenciatura. São elas: artes visuais; ciências biológicas; ciências sociais; computação; educação física; filosofia; física; geografia; história; letras (inglês); letras (português); letras (português e espanhol); letras (português e inglês); matemática; música; pedagogia e química.

Seleção de professores

Nesta edição, 1.508 municípios, incluindo 18 capitais, além de 22 secretarias estaduais de educação aderiam voluntariamente à prova.

Confira aqui as redes de ensino dos estados e cidades participantes da PND.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a PND tem o objetivo de estimular a realização de concursos públicos e aumentar o aumento de professores efetivos nas redes de ensino do Brasil.

 



Fonte: Agência Brasil

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