Com um ouro e um bronze para o Japão e um bronze e uma prata para a França, disputa promete ser acirrada
EFE/EPA/DANIEL IRUNGU Medalhistas da categoria até 48kg
Gigantes do judô, França e Japão continuaram neste sábado, em Paris, a disputa pela hegemonia olímpica nessa modalidade, que tem os asiáticos no topo do ranking histórico de medalhas e os donos da casa contando com o peso da torcida para ver a distância encurtar. Luka Mkeidze ficou com a prata, na categoria até 60kg, perdendo para Yeldos Smetov, do Cazaquistão, e Shirine Boukli ficou com a medalha de bronze pelo time da casa na categoria até 48kg. Enquanto isso, o Japão levou o ouro no feminino, com Natsumi Tsunoda, e o bronze masculino ficou com Ryuju Nagayama. Por sua vez, o Brasil quer continuar crescendo no quadro de medalhas, porém Michel Augusto (-60kg) e Natasha Ferreira (-48kg) foram eliminados logo de cara.
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Na ocasião em que completa 60 anos como modalidade olímpica, o judô, nascido no Japão no final do século XIX, distribuirá 14 medalhas individuais na capital francesa, divididas entre homens e mulheres em sete categorias, e uma 15ª dedicada às equipes mistas.O Japão domina o ranking olímpico com 48 ouros e um total de 96 medalhas, contra 16 ouros da França (total de 57), e 11 da Coreia do Sul (46 medalhas). Cuba ocupa o quinto lugar, com seis ouros (37 medalhas), e o Brasil aparece na 10ª posição histórica, com quatro ouros (total de 24 medalhas). A Geórgia, que apresenta uma seleção masculina particularmente forte, está em oitavo lugar no ranking, também com quatro ouros, mas cinco de prata, contra três do Brasil.
FRANÇA USA “FATOR CASA”
Os anfitriões franceses pretendem aproveitar a vantagem de estar em casa para conquistar mais medalhas e colocarão no tatame da Arena Campo de Marte, a poucos passos da Torre Eiffel, uma equipe impressionante com dois nomes indiscutíveis: Teddy Riner (+100 kg) e Clarisse Agbegnenou (-63 kg). Aos 35 anos, Riner, ouro em 2012 e 2016, busca igualar o recorde de medalhas individuais do japonês Tadahiro Nomura (ouro em 1996, 2000 e 2004 nos -60 kg).Se tiver sucesso nessa tentativa, o peso pesado, que junto com a ex-velocista Marie-José Perec acendeu a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos, o fará em uma categoria particularmente exigente, em que poucos judocas atuam no mais alto nível depois dos 30 anos de idade.
Atual sétimo colocado no ranking mundial, ele terá como principais rivais o japonês Tatsuru Saito (sexto), o cubano Andy Granda (quinto), o georgiano Guram Tushishvili (quarto), o tadjique Temur Rakhimov (terceiro) e o sul-coreano Kim Min-jong, líder. O russo Inal Tasoev, devido ao veto do Comitê Olímpico Internacional (COI) a seu país, está fora da disputa. Um dos duelos que vai simbolizar a rivalidade franco-japonesa é a luta na categoria -52 kg, já que Uta Abe defenderá o ouro conquistado em Tóquio 2020 contra a francesa Amandine Buchard, que foi prata. Nos -70 kg, outras duas favoritas são a japonesa Saki Niizoe (campeã mundial em 2023) e a francesa Marie-Eve Gahie.Nos +78 kg, a japonesa Akira Sone defenderá o título olímpico contra a cubana Idalys Ortiz (prata em Tóquio). Nas categorias masculinas, a Geórgia tem vários candidatos, como nos -73 kg com Lasha Shavdatuashvili; nos -81 kg com Tato Grigalashvili; e nos -90 kg com Lasha Bekauri.
BRASIL TERÁ 13 JUDOCAS
O Brasil, que vem progredindo no judô olímpico desde Pequim 2008, tem um time no qual estão lendas como Rafaela Silva, de 32 anos, ouro no Rio 2016 nos -57 kg, e Mayra Aguiar (bronze em Rio 2016 e Tóquio 2020 nos -78kg). No masculino, os principais nomes são Rafael Silva (bronze nos +100 kg em Londres 2012 e Rio 2016 e atualmente com 37 anos).Também conham com medalhas Willian Lima (8º no ranking mundial) nos -66 kg; Daniel Cargnin (6º) -73 kg; Guilherme Schimidt (4º) -81 kg, e no feminino, Beatriz Souza (5ª) +78 kg e Larissa Pimenta (10ª) -52 kg.Completam a equipe brasileira Rafael Macedo (11º no ranking) nos -90 kg; Michel Augusto (25º) nos -60 kg; Jéssica Lima (11ª) nos -57 kg; Leonardo Gonçalves (12º) e Rafael Buzacarini (20º) nos -100 kg.
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte