Os produtores poderão ter acesso a R$ 50 mil de Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista, com juro zero, para custeio de medidas emergenciais, como despesas de manutenção e recuperação da produção
LOURIVAL IZAQUE/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO Bombeiros combatem incêndio florestal que se alastra pela região de São Carlos e Araraquara, no interior paulista, na tarde deste sábado (24)
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do governo de São Paulo deve anunciar, neste domingo (25), uma série de medidas para socorrer os produtores atingidos pelos incêndios florestais que espalham pelo Estado. Até este sábado (24), 41 cidades estiveram sob alerta máximo de perigo de fogo durante o final de semana. Por conta da situação, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou situação de emergência, por 180 dias, nas áreas dos municípios mais atingidos pelos incêndios.
As queimadas são reflexo do tempo seco, da baixa umidade do ar e das ondas de calor que atingem o país na última semana. Só em agosto, foram mais de 3,1 mil focos de incêndios detectados, um recorde para o período. Segundo a gestão estadual, o auxílio será feito em quatro frentes.
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Os produtores poderão ter acesso a R$ 50 mil de Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), com juro zero, para custeio de medidas emergenciais, como despesas de manutenção e recuperação da produção. Outra ajuda prevista é a emissão de um termo emergencial que impossibilita que órgãos fiscalizadores multem os produtores. O governo define a medida como “garantia de segurança jurídica”.
“A posse do documento evitará penalidades indevidas aos produtores que tiveram suas propriedades atingidas”, disse a gestão Tarcísio de Freitas, sem informar até quando o termo será válido. Para obter o documento, o produtor deve buscar a Casa da Agricultura do município onde mora.
O governo também pretende incluir as casas e propriedades rurais atingidas nos programas habitacionais paulistas, com o objetivo de recuperar essas moradias. A ação é uma parceria da Secretaria de Agricultura e Abastecimento com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).
Além disso, a gestão estadual também promete uma parceria com empresas privadas de nutrição animal e de insumos agropecuários para que os produtores afetados tenham descontos em produtos e itens necessários para a reconstrução da lavoura.
Fogo afeta o Estado
Os incêndios florestais têm castigado o interior paulista há dias. A situação se agravou na sexta (23), quando o Estado registrou 1.886 focos de queimadas – mais dos que os 1.666 registrados durante todo o ano passado. Dois funcionários de uma usina em Urupês, região metropolitana de São José do Rio Preto, morreram enquanto combatiam as chamas.
Ao todo, 25 cidades do interior do Estado estão com focos ativos de incêndio, e 41 estão com alerta máximo de queimadas, segundo último balanço do governo paulista, divulgado às 18h. A lista de municípios é feita com base no monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil.
O combate às chamas têm envolvido Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Força Aérea Brasileira, que recebem o apoio de equipes da Fundação Florestal, do setor canavieiro e de empresas de construção contratadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) – mais de 7,3 mil pessoas, entre profissionais e voluntários, estão mobilizados, segundo o governo.
Cidades atingidas
25 municípios com focos ativos de incêndio
– Monte Alegre do Sul
– Alumínio
– Pontal
– Sertãozinho
– Santo Antônio da Alegria
– Nova Granada
– Iacanga
– Pompeia
– Boa Esperança do Sul
– Salmourão
– Lucélia
– Poloni
– Dourado
– Itápolis
– Presidente Epitácio
– Bebedouro
– Ibitinga
– Tabatinga
– Brodowski
– Luís Antônio
– Pedregulho
– Tambaú
– Urupês
– Turiúba
– Arealva
41 cidades em alerta máximo para incêndio
– Santo Antônio do Aracanguá
– Piracicaba
– Monte Azul Paulista
– Torrinha
– Taquarituba
– Coronel Macedo
– Ubarana
– Pitangueiras
– Sabino
– Jaú
– Pirapora do Bom Jesus
– Itirapina
– Bernardino de Campos
– São Simão
– Bananal
– São Luís do Paraitinga
– Monte Alegre do Sul
– Alumínio
– Pontal
– Sertãozinho
– Santo Antônio da Alegria
– Nova Granada
– Iacanga
– Pompeia
– Boa Esperança do Sul
– Salmourão
– Lucélia
– Poloni
– Dourado
– Itápolis
– Presidente Epitácio
– Bebedouro
– Ibitinga
– Tabatinga
– Brodowski
– Luís Antônio
– Pedregulho
– Tambaú
– Urupês
– Turiúba
– Arealva
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carolina Ferreira
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte