Investigadores encontraram munição de verdade no carrinho de adereços, na caixa de balas e em duas cartucheiras pertencentes a Baldwin e a outro ator do filme, revelou a criminalista que inspecionou o set
Ramsay de Give/POOL/AFP Astro de Hollywood chegou ao tribunal de Santa Fé para o segundo dia de seu julgamento usando um terno escuro e óculos de armação grossa
Uma bala real foi encontrada no cartucheira de munição de outro ator de “Rust” durante as investigações sobre o disparo fatal ocorrido no set do filme, afirmou uma perita forense nesta quinta-feira (11), durante o segundo dia do julgamento de Alec Baldwin por homicídio culposo. Baldwin empunhava um revólver Colt calibre .45 durante um ensaio em outubro de 2021, no Novo México, quando a arma disparou e matou a diretora de fotografia do filme de faroeste, Halyna Hutchins, e feriu o diretor, Joel Souza. Balas reais não são permitidas nos sets de filmagem. Porém, investigadores encontraram munição de verdade no carrinho de adereços, na caixa de balas e em duas cartucheiras pertencentes a Baldwin e a outro ator do filme, revelou Marissa Poppell, a criminalista que inspecionou o local da tragédia.
“O senhor [Jensen] Ackles, outro dos atores no set, enquanto estava atuando, tinha outra bala real em sua cartucheira, correto?”, questionou o advogado de Baldwin, Alex Spiro. “Sim”, respondeu Poppell. “Não há motivos para pensar que o senhor Ackles tinha alguma noção de que estava lá, certo?”, precisou Spiro, ao que Poppell respondeu positivamente. A perita confirmou, além disso, que um projétil real foi encontrado na cartucheira de Baldwin, que interpretava um fora-da-lei neste longa-metragem de baixo orçamento.
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O astro de Hollywood chegou ao tribunal de Santa Fé para o segundo dia de seu midiático julgamento usando um terno escuro e óculos de armação grossa. Sua esposa Hilaria e seu irmão mais novo, Stephen, acompanham o processo dentro do tribunal. A defesa de Baldwin concentrou seus esforços em levantar dúvidas sobre quão minuciosos foram os trabalhos de perícia no rancho Bonanza Creek, onde o filme estava sendo rodado. Hutchins, uma estrela em ascensão na indústria, tinha 42 anos quando morreu. De origem ucraniana, era casada e tinha um filho.
Baldwin afirmou diversas vezes que não puxou o gatilho, mas um relatório do FBI, que realizou testes no revólver, contradiz essa versão. A Promotoria, que caracterizou Baldwin como uma poderosa estrela de cinema que se comportou “de forma irresponsável” e “sem o devido respeito pela segurança dos outros”, indicou que apresentará o fabricante da arma, Alessandro Pietta, para sustentar esse ponto. Spiro, um advogado de prestígio que tem entre seus clientes Elon Musk e Jay-Z, alega que Baldwin é inocente e que, como ator, não era sua responsabilidade verificar o conteúdo de uma arma durante uma atuação no set.
Na quarta-feira (10), durante os argumentos iniciais, Spiro também pareceu recuar em relação à afirmação inicial de Baldwin sobre o gatilho. “Em um set, você tem o direito de puxar o gatilho”, disse. Se for considerado culpado, o ator de “30 Rock” pode ser condenado a até 18 meses de prisão, pena que a armeira do filme, Hannah Gutierrez, cumpre atualmente, após ser sentenciada pelo caso em abril. O fim do julgamento está previsto para 19 de julho, quando o júri iniciará suas deliberações.
Publicado por Carolina Ferreira *Com informações da AFP
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte