O ex-presidente republicano deve chegar na terça-feira por volta das 18h30 locais (19h30 em Brasília), pouco antes do debate organizado pela ABC nesta cidade onde nasceu a democracia americana
Jim Watson/AFP Kamala Harris, candidata democrata de 59 anos, espera atacar Trump afirmando ‘que ele luta por seus próprios interesses, não pelos americanos’
Kamala Harris viajou nesta segunda-feira (9) à tarde para a Filadélfia, na Pensilvânia, um dos Estados-pêndulo, onde nesta terça-feira (10) enfrentará Donald Trump em um debate muito esperado para as eleições presidenciais de novembro, que, de acordo com as pesquisas, estão extremamente acirradas. Já o ex-presidente republicano chegará na terça-feira por volta das 18h30 locais (19h30 em Brasília), pouco antes do debate organizado pela ABC nesta cidade onde nasceu a democracia americana.
Em uma entrevista gravada na semana passada, da qual sua equipe divulgou um trecho nesta segunda-feira na rede social X, Kamala Harris prevê que seu rival usará “suas velhas e batidas receitas” porque “não tem limites para o quanto pode descer de nível”. “Devemos estar preparados para o fato de que ele provavelmente vai dizer muitas mentiras”, afirma.
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A democrata de 59 anos espera atacá-lo afirmando “que ele luta por seus próprios interesses, não pelos americanos”. Antes deste debate, os democratas divulgaram um novo vídeo que reúne críticas de antigos altos funcionários da administração de Donald Trump, incluindo o vice-presidente Mike Pence, para descrever o bilionário de 78 anos como um “perigo” para o país.
Também publicaram na internet uma versão mais detalhada do programa de Kamala Harris, que faz campanha com a promessa de um “novo caminho”, mas que até agora só apresentou algumas propostas concretas. O ex-presidente republicano fez várias aparições públicas, enquanto sua rival passou a maior parte dos últimos três dias reunida com sua equipe em Pittsburgh (Pensilvânia), saindo apenas para passeios com seu marido Doug Emhoff ou para fazer compras.
Pesquisas
Na sua plataforma Truth Social, Donald Trump advertiu no sábado que, se voltar à Casa Branca, imporá “longas penas de prisão” a qualquer um que, em sua opinião, tente “trapacear” em novembro.
No domingo, o republicano, que acusa sem provas Joe Biden de ter “roubado” a vitória há quatro anos, escreveu novamente na rede: “Vamos ganhar na Pensilvânia por uma larga margem, a menos que permitam que os democratas trapaceiem”.
Trump venceu por pouco neste estado em 2016, no qual Biden levou a melhor em 2020 também por uma margem estreita. O republicano, processado por tentar alterar os resultados das últimas eleições, não se comprometeu a reconhecer sua derrota caso perca nas urnas.
A Pensilvânia é um dos poucos estados-pêndulo, ou seja, que pode se inclinar para um ou outro partido dependendo das eleições e dos candidatos. Assim como nas duas eleições presidenciais anteriores, as de 2024 podem ser decididas por alguns milhares de votos em condados estratégicos de seis ou sete estados-pêndulo, devido ao sistema de votação indireta.
Quanto à intenção de voto em nível nacional, às vezes as pesquisas dão vantagem à democrata, que mobilizou suas bases mas ainda precisa se tornar mais conhecida para grande parte da população, e outras vezes ao republicano, cujos seguidores permanecem leais, apesar de seus problemas judiciais e declarações exageradas.
Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela ABC atribui a Kamala Harris 50% da intenções de voto contra 46% de seu rival entre os americanos que já votaram, e 52% contra 46% entre os eleitores que pretendem ir às urnas.
Uma pesquisa publicada no domingo pelo New York Times dava ao ex-mandatário, alvo de uma tentativa de assassinato em julho, uma vantagem de um ponto sobre a vice-presidente (48% a 47%).
*Com informações da AFP Publicado por Carolina Ferreira
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte