Connect with us

Política

Lula: ameaça de sanção dos EUA a Moraes é inadmissível

Published

on


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como inadmissíveis as ameaças de sanção, por parte do governo dos Estados Unidos, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “É inadmissível que um presidente de qualquer país do mundo dê palpites sobre a decisão da Suprema Corte de um outro país”, disse Lula em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (3), no Palácio do Planalto.

O governo norte-americano estuda medidas nesse sentido diante da tese divulgada pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro de que existe uma perseguição judicial no Brasil no contexto do julgamento por tentativa de golpe de Estado que culminou no 8 de janeiro de 2023.

“Se você concorda ou se você não concorda, silencie. Não é correto você dar palpite. Não é correto você ficar julgando as pessoas. Já tive o meu passaporte suspenso dos Estados Unidos. Acho que os Estados Unidos precisam apenas compreender que respeito à integridade das instituições de outros países é muito importante”, afirmou Lula, ao falar sobre a atuação da Suprema Corte brasileira.

“Achamos que um país não pode ficar se intrometendo na vida do outro, querendo punir o outro país. Isso não tem cabimento”, acrescentou.

“É importante a gente respeitar. Como eu gosto de respeitar, eu gosto de ser respeitado. Por enquanto, o que nós temos são falas de pessoas. Mas pode ficar certo de que o Brasil vai defender não só o seu ministro, mas a Suprema Corte.”

O governo dos Estados Unidos também afirmou quer pretende restringir a entrada no país de autoridades acusadas de promover censura contra empresas e cidadãos norte-americanos. Apesar de não citar pessoas físicas, a medida teria como alvo o ministro Alexandre de Moraes, acusado por apoiadores de Bolsonaro de censurar de parlamentares de direita e plataformas que operam as redes sociais.

Eduardo Bolsonaro

Na coletiva, Lula criticou a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está licenciado de seu mandato, nos Estados Unidos, onde passou a denunciar o que chama de perseguição contra seu grupo político.

“O que é lamentável é que um deputado brasileiro, filho do ex-presidente, está lá a convocar os Estados Unidos para se meter na política interna do Brasil. É isso que é grave, é isso que é uma prática terrorista. Uma prática antipatriótica”, afirmou o presidente.

“Um cidadão que é deputado renuncia ao seu mandato, pede licença do seu mandato pra ficar tentando lamber as botas do [presidente dos Estados Unidos Donald] Trump e de assessores dele, pedindo intervenção na política brasileira. Não é possível aceitar isso.”

Lula classificou a atuação de Eduardo Bolsonaro em solo norte-americano como “desrespeito ao Brasil” e “provocação”. “Esse cidadão pensava isso da Suprema Corte quando mentiu a meu respeito? Você conhece alguma fala dele questionando a Suprema Corte? Não. O pai dele, quando nega a Justiça Eleitoral, não nega os votos que seus filhos receberam. Só nega os dele. Não nega os votos de senadores que foram eleitos. Só nega os dele.”

“É preciso que haja um mínimo de bom senso. Se essa gente pensa que vai ganhar consciência da sociedade com mentira, é um ledo engano”, destacou Lula.

Atendendo ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes abriu inquérito, no dia 26, para investigar a participação de Eduardo Bolsonaro na articulação com autoridades estadunidenses para promover sanções contra o STF.

O filho do ex-presidente Bolsonaro será investigado pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação por supostamente incitar o governo dos EUA contra Moraes.

 


Brasília (DF) 03/06/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília (DF) 03/06/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Genocídio em Gaza

Durante a coletiva, o presidente Lula também falou sobre o conflito na Faixa de Gaza e afirmou que não é possível aceitar as ações do Exército israelense “como se fosse uma guerra normal”. Para o presidente, o governo de Israel precisa parar com o “vitimismo”.

“Vocês já viram a carta de mil militares [israelenses] anunciando que não é mais guerra, é genocídio. Você não pode, a pretexto de encontrar alguém, matar mulheres e crianças, deixar crianças com fome. Eu não sei se vocês viram a cena de duas crianças que estavam carregando farinha para comer e que foram mortas. Ou seja, é exatamente por conta do que o povo judeu sofreu na sua história que o governo de Israel deveria ter bom senso e humanismo no trato com o povo palestino”, disse Lula.

“Em vez de dizer que é antissemitismo, precisa parar com esse vitimismo. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio, é a morte de mulheres e crianças que não estão participando de guerra, é a decisão de um governo que nem o povo judeu quer”, acrescentou.

Para Lula, a paz só será alcançada quando o Estado palestino for reconhecido.

No fim de semana, o governo brasileiro criticou duramente a aprovação, pelo governo de Israel, de mais 22 assentamentos israelenses em território palestino. Trata-se, segundo o Itamaraty, de uma “flagrante ilegalidade perante o direito internacional”. Em nota, nesta segunda-feira (2), a Embaixada de Israel em Brasília rebateu dizendo que autoridades pelo mundo “compram mentiras” do grupo militar palestino Hamas e atacam governo do presidente israelense, Benjamin Netanyahu.

Hoje, Lula afirmou que “um presidente da República não responde a uma embaixada”. “O presidente da República reafirma o que disse: o que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um exército matando mulheres e crianças”, disse.

Agenda internacional

Na noite desta terça-feira, Lula embarca para Paris, na França. Entre amanhã (4) e segunda-feira (9), de junho, ele fará uma visita de Estado que não é realizada há 13 anos por um chefe de governo brasileiro. Um dos pontos altos da agenda deverá ser o anúncio de uma nova declaração climática conjunta dos dois países, em um dos encontros bilaterais entre Lula e o presidente francês, Emmanuel Macron.

A agenda é extensa e, entre os compromissos, Lula receberá o título de doutor honoris causa na Universidade Paris 8 e será homenageado na Academia Francesa. A academia foi criada em 1635, e, em seus quase 400 anos de história, apenas outros 19 chefes de Estado foram homenageados em sessão oficial. Antes dele, o único brasileiro reconhecido pela honraria havia sido Dom Pedro II, em 1872.

Está prevista também a participação de Lula na sessão do Fórum Econômico Brasil-França. O encontro reunirá autoridades e líderes empresariais de ambos os países.

Lula também participará da terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, que deve reunir ao menos 60 chefes de Estado, na cidade francesa de Nice, no próximo domingo (8).



Fonte: Agência Brasil

Política

Ex-diretor do INSS nega vínculo político em depoimento à CPI

Published

on


O ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alexandre Guimarães, negou, nesta segunda-feira (27), ter mantido relação com políticos em sua trajetória profissional em órgãos públicos. Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, Guimarães afirmou que os cargos que ocupou foram obtidos por meio da distribuição de currículos a parlamentares.

“Não tenho relação com políticos”, afirmou o ex-diretor, que ocupou o cargo de 2021 até o início de 2023. Guimarães, no entanto, admitiu ter sido indicado ao INSS após uma reunião rápida com o deputado Euclydes Pettersen (Republicanos-MG).

Guimarães é investigado sob suspeita de ter recebido R$ 313 mil de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, apontado como um dos operadores de um esquema de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários.

No depoimento, Guimarães admitiu ter conhecido Antunes em 2022. O ex-diretor alegou que os repasses foram totalmente legais e deveram-se ao fornecimento de material de educação financeira de sua empresa para uma consultoria de Antunes e do filho dele.

Guimarães, no entanto, admitiu que a empresa do Careca do INSS era a única cliente de sua empresa. Ele disse ter encerrado a prestação de serviços após a Polícia Federal (PF) desbaratar o esquema de cobranças não autorizadas de aposentados e pensionistas a associações.

O ex-diretor negou qualquer participação, enquanto ocupava o cargo no INSS, da celebração de acordos entre o órgão e as entidades que fizeram os descontos ilegais. Também afirmou só ter tido conhecimento do esquema após a operação da PF.

Respostas

Em resposta, Pettersen confirmou que o encontro pode ter ocorrido, mas negou qualquer irregularidade.

“Posso realmente ter me reunido com ele, como com tantos outros que buscam apoio para indicações em órgãos públicos. Cada indicado é responsável por suas ações”, declarou o deputado.

Durante a sessão, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), anunciou a intenção de convocar Pettersen e o senador Weverton Rocha (PDT-MA) para prestarem esclarecimentos à comissão. “Espero que não haja nenhuma blindagem. Esses esclarecimentos são bons para o deputado e para o senador”, afirmou o relator.

Até o momento, há um requerimento formal de convocação de Weverton Rocha, protocolado pelo deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP). O documento menciona que o senador teria recebido o Careca do INSS em seu gabinete. A CPMI deverá votar, nas próximas sessões, os pedidos de convocação de parlamentares e a ampliação das quebras de sigilo de pessoas investigadas no caso.

Em nota, o senador afirmou estranhar a menção a seu nome e declarou não ser alvo de investigação.

“Acho estranha essa menção, já que não sou investigado nem citado em nenhuma apuração. Na minha opinião, o relator deve se concentrar em oferecer respostas concretas para combater as fraudes no INSS”, rebateu Weverton.



Fonte: Agência Brasil

Continue Reading

Política

Lula completa 80 anos e se torna o primeiro octogenário no cargo

Published

on


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 27 de outubro de 1945, em Garanhuns (PE), se tornou o primeiro presidente octogenário no exercício do poder Executivo no Brasil. Este é o terceiro mandato presidencial de Lula, após ter exercido a mesma função de 2003 a 2006 e de 2007 a 2011.

Aos 80 anos completados nesta segunda-feira (27), o governante supera o recorde anterior do ex-presidente Michel Temer, que deixou o cargo aos 78 anos, em 2018.

O terceiro presidente brasileiro mais velho em exercício foi Getúlio Vargas, em seu segundo mandato, que morreu aos 72 anos, em agosto de 1954.

Por outro lado, o mais jovem ocupante da cadeira no Palácio do Planalto foi Fernando Collor de Mello, aos 43 anos, que deixou o cargo após impeachment, em setembro de 1992.

Aniversário no exterior

Lula recebeu homenagens durante sua viagem oficial à Ásia. Na Malásia, a celebração ocorreu em jantar de gala e bolo oferecido pelo premiê do país asiático, Anwar Ibrahim.

Em entrevista coletiva de imprensa na Malásia, o presidente comentou a data. 

“Estou completando 80 anos de idade no melhor momento da minha vida. Eu nunca me senti tão vivo e com tanta vontade de viver. Por isso, digo a todos que espero viver até os 120 anos. A partir de hoje, faltam só 40 [anos]”, disse.

Em sua rede social, o mandatário brasileiro agradeceu as homenagens recebidas em Kuala Lumpur, capital malaia.

“Finalizo o dia de hoje entre novos amigos e antigos companheiros que encontrei aqui na Malásia. Chefes de Estado do Sudeste Asiático e países convidados, que fizeram uma bonita homenagem pelo meu aniversário. A todos eles, minha profunda gratidão.”

Lula disse que espera encontrar todos em breve no Brasil, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer entre 10 e 21 de novembro, na cidade de Belém.

Dias antes, Lula recebeu homenagem antecipada na Indonésia, a convite do presidente indonésio Prabowo Subianto. 

Felicitações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desejou feliz aniversário ao presidente brasileiro por seus 80 anos, em contato com jornalistas a bordo do avião presidencial Air Force One, a caminho do Japão.

“Eu quero desejar feliz aniversário ao presidente. É aniversário dele hoje. Vocês sabiam disso? É um cara muito vigoroso, na verdade. Fiquei muito impressionado. Então, feliz aniversário”, declarou o norte-americano afirmando que teve uma “boa reunião” com o brasileiro, no domingo (26).

Ao chegar na 20ª Cúpula da Ásia no Leste, nesta segunda-feira, Lula se encontrou com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Em tom bem-humorado, Ramaphosa brincou ao dizer que o brasileiro ‘está fazendo apenas 25 anos’. O relato foi publicado por Lula em seu perfil oficial no X.

No Brasil, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, enviou felicitações, mencionando que comemora o 80º aniversário “junto com todos os brasileiros que escolheram a democracia como forma de realizar as suas esperanças”.

Diversos outros ministros também parabenizaram a liderança pela data. Entre eles, o novo ministro-chefe da Secretária-geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, o da Educação, Camilo Santana, e da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Outras personalidades políticas também enviaram felicitações, como o prefeito do Recife, João Campos. “Hoje é dia de celebrar os 80 anos de um dos maiores líderes mundiais, de uma história incrível e de uma luta incansável pelo povo brasileiro”, postou em seu perfil social na plataforma Instagram.

Retorno ao Brasil

Até esta terça-feira (28), o presidente Lula e a comitiva brasileira cumprem agenda oficial em Kuala Lumpur (MY), a convite do primeiro-ministro Anwar Ibrahim, e participam da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). 

A visita tem o objetivo de intensificar e diversificar o comércio e os investimentos bilaterais, com foco em setores estratégicos como energia, ciência, tecnologia e inovação.



Fonte: Agência Brasil

Continue Reading

Política

Alckmin diz que há bons motivos para acreditar no diálogo com os EUA

Published

on


O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse neste domingo (26) que o Brasil tem bons motivos para acreditar no diálogo com os Estados Unidos (EUA).

Em postagem nas redes sociais, Alckmin comentou o encontro entre os presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, dos Estados Unidos, em Kuala Lumpur, na Malásia.

“O encontro entre o presidente @LulaOficial e o presidente @realDonaldTrump, hoje, na Malásia, prova que temos bons motivos para acreditar no diálogo. Foi mais um passo para Brasil e EUA estreitarem ainda mais seus laços de amizade. E é mais uma evidência do compromisso do governo do presidente Lula com o povo brasileiro”, declarou.

Durante a reunião com Trump, Lula pediu a revogação do tarifaço norte-americano contra as exportações brasileiras.

Após o encontro, a diplomacia norte-americana foi autorizada por Trump a iniciar as negociações com o governo brasileiro.

Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana. 



Fonte: Agência Brasil

Continue Reading

Popular

Copyright © 2024 - Serviços de Construção Notícias - Tá Contratado