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Internacional

Lula defende aproximação entre Mercosul e Sudeste Asiático

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta quarta-feira (9), que uma aproximação entre os países do Cone Sul e do Sudeste Asiático seria benéfica para o comércio global. Lula recebeu o presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, em visita oficial de Estado, reforçando a prioridade conferida à Ásia na política externa brasileira e os interesses no estreitamento das relações com Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

O Cone Sul é a área mais ao sul do continente americano, que inclui o Chile e os países do Mercosul, e, entre eles, o Brasil. Já o Sudeste Asiático é a região ao Sul da China, que engloba países populosos como as Filipinas, o Vietnã e a Indonésia.

O encontro ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, na sequência da participação de Subianto na 17ª Cúpula do Brics entre domingo (6) e segunda (7), no Rio de Janeiro. Anunciada neste ano, a Indonésia foi um dos últimos membros plenos a entrar no bloco.

“A Asean é um bloco de 680 milhões de habitantes e tem experimentado crescimento econômico acelerado e rápida evolução tecnológica. Seu PIB [Produto Interno Bruto – soma das riquezas] agregado é de US$ 4 trilhões, o que representa a quarta economia do mundo, atrás de Estados Unidos, China e Japão. Espero consolidar esses laços na próxima cúpula do grupo, em outubro, na Malásia”, disse Lula, sobre sua participação no evento da Asean.

O presidente da Indonésia convidou Lula para uma visita de Estado no país, no mesmo período. Os dois países mantêm parceria estratégica desde 2008 e têm cooperação nas áreas de agricultura, financeira, educação, energia e mineração, além de erradicação da pobreza e promoção de comércio e investimento.

Como presidente do Mercosul neste semestre, o Brasil vai atuar para a celebração de um acordo do bloco sul-americano com a Indonésia, que é o quarto país asiático mais populoso do mundo, com 280 milhões de habitantes. Lula falou sobre os esforços para a diversificação e ampliação do comércio do Brasil com a Indonésia, sobretudo no setor de carne bovina e na área de defesa.

“No ano passado, atingimos o maior fluxo de comércio bilateral em nossa história. A Indonésia já é o quinto maior destino dos produtos do agronegócio brasileiro. Queremos facilitar o comércio de carne bovina brasileira, que pode contribuir para a segurança alimentar do povo indonésio. Conversamos sobre a diversificação do nosso intercâmbio comercial, incluindo nas áreas de aviação civil e de produtos de defesa”, disse.

 


Brasília, (DF) 09/07/2025 - Cerimônia oficial de chegada do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Brasília, (DF) 09/07/2025 - Cerimônia oficial de chegada do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

 Cerimônia oficial de chegada do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto. Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agên

Em 2024, o comércio bilateral Brasil-Indonésia alcançou US$ 6,34 bilhões. As exportações brasileiras somaram US$ 4,46 bilhões, enquanto as importações foram de US$ 1,87 bilhão.

Pelo lado brasileiro, há interesse de aprofundar o diálogo sobre minerais estratégicos, utilizados na transição energética. “O Brasil pode se inspirar no exemplo indonésio, em especial nos incentivos para que o beneficiamento desses recursos ocorra localmente”, afirmou Lula.

Já a Indonésia quer aprender com a experiência brasileira nos setores de biocombustíveis e agricultura. “O presidente Lula já aceitou o pedido para enviar equipes de especialistas para estudo, do ponto de vista da inovação, modernização e tecnologias agrícolas”, disse o presidente Prabowo Subianto, também manifestando interesse na cooperação para transferência de tecnologias no setor de defesa, como mísseis e submarinos, e para treinamento de militares.

Temas globais

Os dois presidentes também manifestaram o alinhamento nos principais temas internacionais, como a defesa do diálogo para o fim da guerra na Ucrânia e solução em dois Estados para o conflito entre israelenses e palestinos, no Oriente Médio.

“Nossos países também têm denunciado incansavelmente as atrocidades cometidas contra a população palestina em Gaza. Nunca tivemos medo de apontar a hipocrisia dos que se calam diante das mais flagrantes violações do nosso tempo. Reconhecer o Estado palestino e permitir seu ingresso como membro pleno da ONU [Organização das Nações Unidas] é garantir a simetria necessária para viabilizar a solução de dois Estados”, disse Lula.

Segundo o governo brasileiro, as afinidades entre Indonésia e Brasil se expressam também no combate à fome e à pobreza e no enfrentamento à mudança do clima. O governo indonésio trabalha na implementação de um amplo programa de alimentação escolar no país e tem como referência a experiência brasileira do Programa Nacional de Alimentação Escolar. “A Aliança Global contra a Fome a Pobreza, criada pela presidência brasileira do G20, vai contribuir para transformar esse plano em realidade”, reforçou Lula.

A cooperação com a Indonésia também é estratégica na agenda de proteção florestal, já que o país abriga a terceira maior floresta tropical do mundo, na Bacia de Bornéu-Mekong. Os dois países integram o grupo Unidos por Nossas Florestas e o comitê diretor do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), que tem o objetivo de remunerar países em desenvolvimento que mantêm suas florestas em pé.

“Também estamos entre os maiores produtores de bioenergia do mundo. Juntos, podemos criar um mercado global de biocombustíveis, que contribuirá para descarbonizar os setores marítimo e de aviação. É possível produzir bioenergia de forma sustentável. Mas a definição de padrões de sustentabilidade deve ser feita na esfera multilateral, e não imposta unilateralmente por alguns países ou blocos”, defendeu o presidente brasileiro.

 



Fonte: Agência Brasil

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Brasil assina Convenção da ONU contra crimes cibernéticos

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O Brasil tornou-se, neste sábado (25), signatário da Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Cibernético. Adotada pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o tratado estabelece as bases para a cooperação internacional contra os delitos digitais.

A adoção da convenção pelo Brasil foi assinada pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, em Hanói, no Vietnã. Rodrigues integra a comitiva que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que percorre o sudeste asiático em busca de uma aproximação política com países da região e da possibilidade de expandir o comércio brasileiro.

Outros 59 países assinaram o pacto na mesma cerimônia. Ao menos no caso brasileiro, a assinatura é um ato político que manifesta a intenção do Brasil se tornar parte da convenção, mas a adesão definitiva, que gera obrigações jurídicas, depende do aval do Congresso Nacional.

Segundo a PF, a Convenção Contra o Crime Cibernético prevê a tipificação de crimes cibernéticos, inclusive o abuso sexual infantil por meio digital.

“Ao permitir a troca de provas eletrônicas, a convenção constituirá importante instrumento de cooperação internacional para fortalecer o combate a crimes e a proteção às vítimas”, informou a PF, em nota.

Adotada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas desde dezembro de 2024, o texto conta, ainda, com dispositivos de segurança e garantias de proteção aos direitos humanos que devem nortear as atividades de enfrentamento a crimes cibernéticos.

Em nota, a ONU classificou a convenção como um “tratado histórico para a nova era digital”. Presente à cerimônia de assinatura, o secretário-geral da entidade, António Guterres, destacou a importância da iniciativa para fazer frente às “ameaças crescentes” que o mundo enfrenta no ciberespaço.

Guterres também lembrou o alcance sem precedentes da criminalidade digital e dos ataques informáticos, capazes de “roubar meios de subsistência, financiar o tráfico e espalhar material de abuso infantil”.



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

PF desenvolve plano de segurança para os dias de COP 30 em Belém

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A Polícia Federal (PF) definiu o plano de ação para a segurança da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) , que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro, em Belém. Iniciadas em 1º de outubro na capital paraense, as ações da corporação têm o objetivo de garantir a proteção de um número recorde de delegações internacionais e, ao mesmo tempo, assegurar o exercício da liberdade de expressão.

Eixos de atuação

O planejamento da PF diante dos desafios de segurança e logística para a COP 30, concentram-se em três eixos:

1. diplomacia e recorde de delegações: a complexidade da agenda climática e a expectativa de um número recorde de delegações com visões antagônicas exigem um esquema de segurança adaptado e especial para autoridades e uma articulação geopolítica intensa.

2. logística reforçada: abrange o reforço na imigração, na fiscalização de portos (como o de Outeiro, que receberá navios de cruzeiro) e a segurança aeroportuária, incluindo a atuação na Base Aérea de Belém, por onde as autoridades de diversos países chegarão ao território brasileiro;

3. liberdade de manifestação: a conferência de Belém será um palco central para a livre manifestação de povos originários e movimentos sociais. A Polícia Federal atuará para proteger os participantes, estabelecer perímetros e garantir uma “convivência harmônica” entre os segmentos sociais, sem prejudicar o funcionamento regular da cidade.

Efetivo policial

Para enfrentar a complexidade do evento, a Polícia Federal já recrutou aproximadamente 1,2 mil servidores, entre policiais e administrativos.

O esquema de segurança também inclui o emprego de equipes dedicadas no aeroporto e no Porto de Outeiro, com atividades diárias, além de capacidades investigativas para prevenção de crimes cibernéticos e de terrorismo.A estrutura envolve, ainda, varreduras e contramedidas anti-bombas.

Livre debate

No evento de visibilidade internacional, a instituição policial explica que a conferência – realizada pela primeira vez na Amazônia brasileira – virá após edições realizadas em países com maiores restrições às liberdades civis.

“A PF destaca o Brasil se consolida como o principal palco dos últimos cinco anos para a livre manifestação de povos originários”, diz a nota da entidade.

Os cidades-sede das últimas Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) foram:

·         em 2024, Baku, no Azerbaijão, sediou a COP29;
·         em 2023, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sediou a COP28;
·         em 2022, Sharm el-Sheikh, no Egito, sediou a COP27;
·         em 2021, Glasgow, na Escócia, sediou a COP26.

Aldeia COP

De olho na importância da presença e do saber dos povos tradicionais nas negociações climáticas, o governo brasileiro também organizou uma “Aldeia COP” para receber povos indígenas do Brasil e de todo o mundo durante a COP30.

A área total de 72.695 m², com área construída de 14.903,81 m², foi montada na Universidade Federal do Pará. Desde setembro, o espaço é destinado ao acampamento e à realização de atividades culturais, políticas e espirituais.

A estimativa é de que 3 mil indígenas fiquem hospedados no local, durante a realização do evento internacional.

A Aldeia COP é coordenada pelo Ministério dos Povos Indígenas, em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e a Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa).



Fonte: Agência Brasil

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Problema do mundo é ausência de lideranças , diz Lula na Malásia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no início da madrugada deste sábado (25), em Kuala Lumpur, na Malásia, que um dos problemas do mundo é a falta de lideranças para conter as guerras e a fome.

“Na ausência de lideranças, tudo que é de pior pode acontecer”, avaliou o presidente. 

No evento com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, em que celebrou parcerias com o país asiático, Lula criticou a guerra entre Ucrânia e Rússia e o conflito no Oriente Médio, que ele voltou a chamar de genocídio contra Palestina. 

Lula argumentou que esses conflitos e também os desastres ambientais têm ocorrido por falta de instrumentos de governança global. ”Hoje, o Conselho de Segurança da ONU e a ONU não funcionam mais. Todas as guerras nos últimos tempos foram determinadas por gente que faz parte do Conselho de Segurança da ONU”, lamentou. 

“Quem é que se conforma com a duração da guerra entre a Ucrânia e a Rússia? Quem é que pode se conformar com um genocídio impetrado na Faixa de Gaza durante tanto tempo?”, questionou. 

Ele apontou que as violências vão além dos tiros e das bombas. “Mas a violência de utilizar fome, a vontade de comer de uma criança, como forma de tortura. Quando nós aceitamos isso como normal, nós não estamos sendo seres humanos”, criticou. Ele argumentou que isso ocorre porque as instituições multilaterais “pararam de existir”.

O presidente atacou a falta de responsabilidade dos países com o meio ambiente. “Como é que nós vamos evitar que o planeta possa ser destruído, se nós sabemos o que está destruindo o planeta e não tomamos atitude para evitar que ele seja destruído?”, questionou Lula, afirmando que a COP30, em Belém, será a COP da verdade.

“Nós, lideres políticos, é que temos que tomar a decisão do que fazer. Chega um momento que a gente tem que pensar no planeta. E aí é que é preciso ter instrumentos de governança global. E isso é o que nos faz falta hoje.”

Parceria

Na visita à Malásia, Lula disse que a parceria excede o interesse comercial entre os dois países. Há um movimento de exportações e importações na casa dos US$ 5,8 bilhões por ano. Ele destacou os acordos de cooperação na área de ciência e tecnologia e lamentou que nenhum presidente brasileiro esteve no país nos últimos 30 anos.

“A relação do Brasil com a Malásia muda de patamar a partir de hoje. Eu não vim aqui apenas com o interesse de vender ou com o interesse de comprar. Nós temos possibilidade de mudar o mundo, de fazer com que as coisas sejam melhores.”

O presidente defendeu que o humanismo não deve ser derrotado pelos algoritmos e disse que o mundo precisa de paz e não de guerra, de livre comércio e não de protecionismo. “Quero dizer ao mundo que precisamos de mais comida e menos armas. Esse é o objetivo da minha visita à Malásia.” 

Lula voltou a defender o papel do Estado no auxílio aos mais pobres. 

“Governar é fazer escolhas, é decidir de que lado você está. Para um governante, andar de cabeça erguida é mais importante que um Prêmio Nobel. Cuidar das pessoas mais humildes é quase uma missão bíblica.” 

O primeiro-ministro da Malásia cumprimentou o presidente brasileiro que irá receber o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional da Malásia, em evento que deve ocorrer ainda neste sábado. Anwar Ibrahim ainda destacou o papel de liderança de Lula. “Este é um encontro entre amigos que compartilham convicções e ideias. E tenho certeza de que nossos países vão trabalhar juntos como parceiros em diferentes áreas”.



Fonte: Agência Brasil

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