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Internacional

Movimentos sociais do Brics finalizam propostas para chefes de Estado

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Terminou neste sábado (5), no Rio de Janeiro, a primeira sessão especial do Conselho Popular do Brics, um fórum que reúne representantes da sociedade civil organizada dos países-membros do grupo presidido até o fim do ano pelo Brasil.

Instituições como movimentos sociais, organizações não governamentais, sindicatos e representantes de universidades prepararam um caderno de recomendações que será entregue aos chefes de Estado e de governo do Brics. A reunião de cúpula ocorre no domingo (6) e na segunda-feira (7), também no Rio de Janeiro.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, esteve na abertura do conselho, na sexta-feira (4).

As propostas foram elaboradas por sete grupos de trabalho (GT) que trataram de temas nas áreas de saúde, educação, cultura, finanças, tecnologia, meio ambiente e estrutura organizacional. O documento tem quase cem páginas e será disponibilizado ao público no site do Conselho Popular do Brics.

Segurança internacional

De acordo com o pesquisador do Grupo de Estudos sobre os Brics (Gebrics) da Universidade de São Paulo (USP) Emílio Mendonça Dias da Silva, coordenador do GT sobre institucionalidade do Brics, apesar de numerosas, todas as propostas são importantes.

“Os pontos que foram colocados são todos, talvez não prioritários, mas importantes”, disse à Agência Brasil.

“As questões que foram colocadas em termos de saúde, de educação são prioritárias, são temas da agenda social, têm impacto social, têm importância social, questões culturais também”, completou.

No entanto, o professor entende que o tema segurança internacional atrai bastante atenção.

“Principalmente em virtude do aumento dos conflitos internacionais, mas a gente nunca pode deixar de lado a atenção que deve ser dispensada à sociedade nos temas de saúde, educação e nos temas sociais”, avalia.

Entre as sugestões elaboradas pelos representantes da sociedade civil estão:
– Ampliação do uso de moedas nacionais no comércio do Brics.
– Ampla reforma da arquitetura de governança global para intensificar a voz e a representação dos países do Sul Global (nações em desenvolvimento que conjugam desafios sociais)
– Acesso universal à saúde
– Combate às doenças infecciosas e crônicas com produção conjunta de vacinas e práticas de medicina tradicional
– Soberania tecnológica e inclusão digital
– Fundo climático do Brics com recursos para mitigação, adaptação e proteção da natureza
– Diretrizes éticas de inteligência artificial (IA) no setor cultural para proteger o trabalho criativo

Pressão popular

Além da entrega do caderno de recomendações aos líderes internacionais, o Conselho Popular terá a oportunidade de fazer um rápido discurso para os chefes de Estado no primeiro dia da reunião de cúpula.

“Uma ousadia do Itamaraty”, comentou um dos líderes do conselho e coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, se referindo ao Ministério das Relações Exteriores, que organiza a cúpula, uma vez que o Brasil ocupa a presidência rotativa anual do Brics.

João Pedro Stédile reconhece que muitas das propostas são difíceis de serem implementadas pelos países, por isso, ele defende mais mobilização popular para pressionar os governantes.

“Luta de massas”, disse. O coordenador do MST enfatizou que é preciso “povo na rua” e não apenas mobilização por redes sociais.

Para o professor Emílio da Silva, há ainda outros caminhos para a sociedade civil organizada participar de discussões que levem à execução das propostas elaboradas pelo Conselho Popular do Brics.

“Existem fóruns, existem mecanismos, existem formas de diálogo que, se os nossos governantes tiverem a atenção necessária para a importância que a população tem, eles saberão usar esses fóruns”, considera.

Estreia no Brasil

A criação do Conselho Popular foi decidida durante a última reunião de cúpula do Brics, em Kazan, no ano passado, na Rússia, enquanto o país asiático ocupava a presidência rotativa do Brics.

Coube agora ao Brasil implantar e realizar a primeira reunião formal do grupo de representantes da sociedade civil organizada. O novo fórum de discussões tem semelhanças com o G20 Social, iniciativa brasileira quando o país presidiu o grupo – formado por 19 países e as uniões Europeia e Africana – em 2024.

João Pedro Stédile defende que haja mais institucionalização do conselho, com estrutura administrativa para que não seja apenas um evento anual.

Ele adiantou que a coordenação brasileira do conselho pretende realizar mais um evento esse ano, em outubro, na cidade de Salvador, com delegados indicados por instituições de todas as nações do Brics.

Entenda o Brics

O Brics é formado por 11 países-membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia. Essas nações representam 39% da economia mundial e 48,5% da população do planeta.

Os países que têm status de parceiros são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Os parceiros não têm poder de voto.

O Brics se identifica como nações do Sul Global e busca mais cooperação entre si e tratamento mais equânime em organismos internacionais. No entanto, o grupo não chega a ser uma organização internacional ou um bloco formal. Por exemplo, não tem um orçamento próprio ou secretariado permanente, assim como não pode impor que os países adotem internamente as decisões.

Os países-membros se alternam ano a ano na presidência. O Brasil será sucedido pela Índia em 2026.



Fonte: Agência Brasil

Internacional

Argentinos vão às urnas para renovar Câmara e Senado

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Os argentinos já estão nas ruas neste domingo (26) para votar nas eleições legislativas que irão renovar 127 vagas da Câmara dos Deputados e 24 do Senado. Os centros eleitorais estão abertos desde as 8h à espera de 35 milhões de eleitores. A votação se encerrará às 18h (horário local), em todas as províncias.  

O novo processo eleitoral determinará a composição do Congresso para os dois últimos anos de mandato do presidente Javier Milei. Internamente, o pleito é visto como um referendo que irá avaliar o impacto das profundas políticas de austeridade do presidente argentino. 

Renovação 

Metade da Câmara dos Deputados da Argentina, ou seja, 127 cadeiras, bem como um terço do Senado, ou seja, 24 cadeiras, estão em disputa. A corrida mais relevante se dará na província de Buenos Aires, onde um grande número de vagas é disputado.

A previsão no país é que os primeiros resultados sejam divulgados às 23h.  

*Com informações da Agência Reuters e TeleSur 



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Casa Branca publica foto de encontro de Lula e Trump

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A Casa Branca publicou nas redes sociais uma foto do encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Kuala Lumpur, na Malásia, neste domingo (26).

Na postagem, Trump diz que foi uma honra se reunir com Lula e declarou que eles estão preparados para realizar bons acordos.

“É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. Acredito que seremos capazes de fazer bons acordos para os dois países. Nós sempre tivemos boas relações. Acredito que isso vai continuar”, declarou Trump.

Durante a reunião, o presidente Lula pediu a revogação do tarifaço norte-americano contra as exportações brasileiras.

Após o encontro, a diplomacia norte-americana foi autorizada por Trump a iniciar as negociações com o governo brasileiro.

Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana, como a Lei Magnitsky – mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior.



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Lula se reúne com Trump na Malásia e discute relações entre Brasil-EUA

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (26) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro durou cerca de 50 minutos e ocorreu durante a realização da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Durante a reunião, Lula disse que não há razão para desavenças com os Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata do tarifaço contra as exportações brasileiras, enquanto os dois países estiverem em negociação. Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana. 

“O Brasil tem interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos, porque nós temos certeza que, na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, cada um coloca seus problemas, a tendencia natural é encaminhar para um acordo”, afirmou o presidente.

Além dos presidentes, também participaram do encontro o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretario de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Suspensão das tarifas

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, falou com a imprensa após o encontro e disse Trump autorizou sua equipe a iniciar as negociações para revisão do tarifaço ainda na noite deste domingo, no horário local da Malásia, 11 horas a frente do Brasil. 

“A reunião foi muito positiva, o saldo final é ótimo. O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo, um período de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo”, afirmou o chanceler.

Admiração

Segundo Vieira, os presidentes tiveram uma conversa descontraída e Trump disse que admira a trajetória política de Lula.

“Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, se recuperado, provado sua inocência, voltado a se apresentar e, vitoriosamente, conquistando o terceiro mandato”, afirmou.

Visitas

O chanceler brasileiro também confirmou a intenção de Trump vir ao Brasil. A data ainda não está confirmada.

“O presidente Lula aceitou também e disse que irá, com prazer, aos Estados Unidos. Trump disse que admira o Brasil e que gosta imensamente do povo brasileiro”, comentou.



Fonte: Agência Brasil

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