Machado reivindica uma vitória esmagadora para seu candidato, o diplomata Edmundo González Urrutia, e afirma ter provas para demonstrar o que considera ser um roubo nas eleições do último domingo (28)
Manuel Díaz/EFE No momento em que aumentam as ameaças de prisão contra ela, María Corina Machado está reclusa
A líder opositora venezuelana María Corina Machado disse nesta quinta-feira (1º) que passou à “clandestinidade” na Venezuela porque teme por sua vida, no momento em que aumentam as ameaças de prisão contra ela, após suas denúncias de fraude envolvendo a reeleição do presidente Nicolás Maduro. Machado reivindica uma vitória esmagadora para seu candidato, o diplomata Edmundo González Urrutia, e afirma ter provas para demonstrar o que considera ser um roubo nas eleições. Os dois apareceram em público pela última vez na terça-feira, em uma concentração que reuniu milhares de pessoas em Caracas. “Escrevo isso a partir da clandestinidade, temendo pela minha vida, pela minha liberdade”, expressou Machado em um artigo de opinião no Wall Street Journal.
Uma fonte opositora disse que Machado “está em segurança”. Horas depois, a líder da oposição publicou um vídeo convocando protestos em “todas as cidades” do país para o próximo sábado (3), sem anunciar se participará dos protestos. “Temos que nos manter firmes, organizados e mobilizados com o orgulho de ter conseguido uma vitória histórica em 28 de julho e a consciência de que para cobrar [a vitória] também vamos até o fim”, declarou Machado em um vídeo que divulgou nas redes sociais. “O mundo verá a força e a determinação de uma sociedade decidida a viver em liberdade”, acrescentou a opositora, que também pediu que a bandeira venezuelana seja hasteada nesse dia em sinal de descontentamento.
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Manifestações eclodiram em Caracas e outras cidades após a proclamação da vitória de Maduro na segunda-feira (29), os quais deixaram 11 mortos até o momento, segundo ONGs de direitos humanos. O Ministério Público relatou mais de 1.000 detenções. Machado pediu pelo “cessar imediato da repressão” nos protestos para alcançar “um acordo urgente que facilite a transição para a democracia”. Já González Urrutia tem se mantido fora das redes sociais por quase 24 horas. Maduro responsabilizou Machado e González Urrutia pela violência durante os protestos e disse que os opositores “deveriam estar atrás das grades”. “Vocês têm as mãos sujas de sangue”, declarou o presidente.
“Muito assédio”
A autoridade eleitoral ainda não divulgou os resultados detalhados de domingo (28), segundo os quais Maduro foi reeleito com 51% dos votos contra 44% de González Urrutia. Enquanto isso, a pressão internacional por uma contagem transparente aumenta. Machado lançou um site com cópias das atas de votação que afirma provar a vitória da oposição, algo que chavismo classificou como montagem.
A suprema corte convocou Maduro, González Urrutia e outros oito candidatos minoritários nas eleições na sexta-feira para iniciar uma “investigação” ao aceitar um recurso apresentado pelo mandatário no poder para “certificar” os resultados. “Estarei lá, espero que todos os candidatos participem”, declarou Maduro em um comício. A oposição denunciou, durante os últimos meses da campanha, uma perseguição contra líderes antichavistas, com uma centena de detenções. “A maior parte de nossa equipe está escondida (…). Eu poderia ser capturada enquanto escrevo essas palavras”, indicou Machado ao WSJ.
Seis dos colaboradores mais próximos da popular opositora, que não foi candidata após uma inabilitação política, estão abrigados na embaixada da Argentina, cuja proteção passou nesta quinta-feira ao Brasil, após a expulsão do pessoal diplomático argentino do país. Nos últimos dias, a eletricidade foi cortada da representação argentina, segundo denúncias de opositores.
Medo de delações
Caracas retomou parcialmente sua normalidade. Os comércios começam a abrir e o transporte público volta a funcionar após dias de grande incerteza devido aos protestos que transformaram a capital em uma espécie de cidade fantasma. “A vida está se normalizando, já há bastante gente na rua”, indicou à AFP Reinaldo García, de 55 anos, no gigantesco bairro de Petare.
No entanto, o ambiente em geral é de temor. Em um edifício de um bairro de classe média, os vizinhos fazem sinais para se calar quando o assunto das eleições surge: temem ser delatados e presos. Maduro ordenou um destacamento de segurança para evitar o que considerou um golpe de Estado por parte da oposição “fascista”. O presidente até criou uma seção dentro de um aplicativo de programas sociais para denunciar “os criminosos que ameaçaram o povo” para “ir atrás deles, para que haja justiça”. As Forças Armadas, por sua vez, têm demonstrado sua posição de “absoluta lealdade e apoio incondicional” a Maduro, “legitimamente reeleito”.
“Evidência esmagadora”
A reeleição de Maduro acendeu alertas no mundo, com apelos por maior transparência na apresentação dos resultados e o temor de que se repita uma nova onda migratória, aumentando a diáspora de 7,5 milhões de pessoas que, segundo a ONU, saíram do país desde 2014 para fugir da crise. Machado disse em seu artigo que “cabe à comunidade internacional decidir se tolera ou não um governo comprovadamente ilegítimo”.
Os governos do Brasil, Colômbia e México, três países governados por presidentes de esquerda próximos a Maduro, exigiram nesta quinta-feira que as autoridades da Venezuela avancem “de forma expedita” na divulgação das atas eleitorais e permitam uma “verificação imparcial dos resultados” das eleições presidenciais de 28 de julho.
“Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação”, assinalaram os governos em comunicado conjunto. O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, disse em um comunicado que há “evidência esmagadora” da vitória de González Urrutia, a quem reconhece como o vencedor das eleições venezuelana.
*Com informações da AFP Publicado por Carolina Ferreira
Aqui, você pode assistir à narração do jogo válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro
Grêmio e Flamengo e se enfrentam neste domingo (22), em jogo válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A Jovem Pan apresenta todas as emoções do duelo ao vivo, às 18h30 (de Brasília). Além de transmitir a partida em AM 620 e FM 100,9, a JP traz a narração de Fausto Favara, comentários de Fabio Piperno e reportagem de Guilherme Silva.
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Com uma impressionante nota de 14,500, ela se destacou na competição, onde o pódio foi completado por outras duas ginastas do Flamengo: Gabriela Vieira e Isabel Ramos
Reprodução/Instagram/@rebecaandrade Rebeca Andrade volta a competir depois das Olimpíadas de Paris
A ginasta Rebeca Andrade, multicampeã olímpica, brilhou mais uma vez ao conquistar a medalha de ouro nas barras assimétricas durante o Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística. Com uma impressionante nota de 14,500, ela se destacou na competição, onde o pódio foi completado por Gabriela Vieira, do Flamengo, que ficou em segundo lugar com 13,100, e Isabel Ramos, também do Flamengo, que garantiu o terceiro lugar com 13,000. Defendendo seu título nas barras assimétricas, Rebeca expressou sua satisfação em ser uma inspiração para as crianças. Ela revelou que optou por simplificar sua série, focando apenas na final das barras assimétricas.
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Rebeca decidiu não participar das competições de solo e trave, além de não ter se classificado para a final do salto. Além de seu desempenho individual, Rebeca Andrade teve um papel fundamental na conquista do ouro pelo Flamengo na disputa por equipes. O time do Cegin ficou com a medalha de prata, enquanto o Pinheiros garantiu o terceiro lugar na competição. A vitória coletiva reforça a força do Flamengo no cenário da ginástica artística nacional.
Entre os feridos, uma criança de apenas oito anos foi atingida;
EFE/EPA/SERGEY KOZLOV Equipes de resgate ucranianas evacuam a população local do local do bombardeio noturno em um prédio residencial de vários andares em Kharkiv
A cidade de Kharkiv, na Ucrânia, foi alvo de um bombardeio russo na noite de sábado (21) que resultou em pelo menos 21 pessoas feridas. O ataque ocorreu no distrito de Shevchenkivski, que é a segunda maior cidade do país. Entre os feridos, uma criança de apenas oito anos foi atingida. Desde fevereiro de 2022, Kharkiv tem enfrentado uma série de ataques frequentes por parte das forças russas. Este bombardeio foi o segundo em sequência contra Kharkiv, já que na sexta-feira, 20 de setembro, um ataque anterior deixou 15 feridos, incluindo crianças. As autoridades ucranianas relataram que em ambos os incidentes foram utilizadas bombas planadoras do tipo KAB, evidenciando a continuidade da ofensiva russa na região.
Além dos ataques em Kharkiv, a Rússia também lançou uma ofensiva mais ampla, utilizando 80 drones Shahed e dois mísseis contra alvos na Ucrânia. A defesa aérea do país conseguiu interceptar 71 desses drones, minimizando os danos. No entanto, a situação continua crítica, com civis sendo afetados em várias localidades. Em Nikopol, dois civis perderam a vida devido a ataques de drones, enquanto em Kherson, outro ataque resultou em ferimentos em dois civis. Os bombardeios também causaram danos significativos à infraestrutura energética em cidades como Poltava e Shostka, aumentando as preocupações sobre a segurança e a estabilidade na região.