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Não somos tão importantes como pensamos

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Cada pessoa está preocupada em resolver seus próprios problemas, em dar andamento aos seus projetos, em seguir com seus planos; nem todos estarão interessados no que aconteceu conosco

Freepik/wavebreakmedia_microClose-up of microphone at conference center
Lembro-me de um curso de oratória que ministrávamos e a gerente de um dos departamentos mais importantes travou na hora de fazer o discurso

Eu sou importante, você é importante, ele é importante. Todos nós somos importantes, mas não tanto quanto imaginamos. De maneira geral, andamos pelas ruas anonimamente. Quase ninguém nota a nossa presença. Normal. Temos a impressão de que as pessoas estão nos observando e analisando todos os detalhes. Não, ninguém está nem aí conosco. Lembro-me de um curso de oratória que ministrávamos para uma grande organização em Brasília. A gerente de um dos departamentos mais importantes travou na hora de fazer o discurso. Fui conversar com ela para saber o que acontecera. A executiva me confidenciou que estava envergonhada por ter de se apresentar na frente dos colegas.

Ninguém prestava a atenção

Olhei para o grupo. Naquele momento, estavam todos preocupados em preparar o exercício que fariam logo a seguir. Eu pedi que observasse a plateia. Só um ou outro demonstrava interesse. A maioria estava concentrada em suas tarefas. Sua reação foi de surpresa: realmente, cada um está na dele. Depois de respirar aliviada e sorrir muito, continuou sua apresentação como se nada houvesse acontecido. No final, disse que aquela fora uma das lições mais significativas da sua vida: descobrir que não somos assim tão importantes para as outras pessoas como supomos.

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Não era aula

No início da minha carreia, bem no comecinho mesmo, fui convidado pelo Heródoto Barbeiro para participar do seu programa “Mundo corporativo”. Era ainda na Rádio Excelsior, que mais tarde viria a ser a atual Rádio CBN. A entrevista foi por telefone. A sua primeira pergunta foi sobre o medo de falar em público. Eu, muito ingênuo, em vez de dar uma resposta rápida, para permitir que o entrevistador tivesse maior participação, resolvi “ministrar uma aula”.

Resposta longa demais

Comentei sobre o mecanismo do medo, expliquei as causas do medo de falar em público e os meios para combater esse desconforto de as pessoas se apresentarem diante das plateias. Já no meio da minha explanação, ele começou a dizer “ok, professor”. Sem perceber que estava me alongando demais, dizia que já estava concluindo. Em determinado momento, vendo que eu ainda iria demorar muito, me cortou dizendo que a explicação já estava clara. E terminou a entrevista. Em seguida, voltou ao telefone e disse que precisou encerrar porque o rádio é um meio dinâmico e tem audiência rotativa. Por isso, as explicações precisam ser mais concisas.

Sempre envergonhado

Eu queria morrer de vergonha. Embora estivesse no princípio da carreira, imaginei que aquela participação poderia prejudicar a minha imagem profissional. A entrevista desastrosa não me saía da cabeça. Todas as vezes em que lembrava dela, tinha a esperança de um dia voltar a ser entrevistado novamente por ele para mostrar que eu era um bom profissional, e que aquela derrapada havia sido apenas um deslize momentâneo. Muitos anos depois surgiu a oportunidade para me redimir. Recebi um telefonema do próprio Heródoto me convidando para participar do mesmo programa. Aceitei na hora.

Agora me recupero

Pus na cabeça que naquela segunda oportunidade “mataria a pau”. Daria uma boa entrevista. Caprichei. Dei respostas objetivas, de forma leve e descontraída. Fiquei tão à vontade que o tempo passou sem que percebêssemos. Havia dado a volta por cima. No final, mais uma vez ele voltou ao telefone, só que desta vez para me cumprimentar pelo desempenho. Não apenas elogiou como pediu autorização para incluir a minha participação no livro que estava publicando com as 50 melhores entrevistas do programa. Era a confirmação de que eu havia mesmo me saído muito bem.

Nem se lembrava de mim

Todo orgulhoso, respirei fundo e fiz o comentário que estava enroscado na garganta há tantos anos: “Pois é, Heródoto, esta foi bem melhor que a da vez anterior”. Ele surpreso, exclamou: “Da vez anterior?! Você já havia sido entrevistado nesse programa?” Sim, aquela pulga ficara apenas atrás da minha orelha. O entrevistador e, com certeza, os ouvintes nem se lembravam da minha existência. Foi mais um exemplo para eu confirmar o que já havia aprendido: não somos tão importantes para as pessoas como imaginamos ser.

Cada um com seu problema

Por isso, se, por acaso, um dia não formos tão bem ao proferir um discurso, ou ao apresentar um projeto na reunião da empresa, ou em uma entrevista para emissoras de rádio ou televisão, nada de desespero. Muito provavelmente o desconforto daquele fracasso ficará somente nos nossos pensamentos. Sim, cada pessoa estará preocupada em resolver seus próprios problemas, em dar andamento aos seus projetos, em seguir com seus planos. Nem todos estarão interessados no que aconteceu conosco. Pensando assim, depois de cair, será mais fácil levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Siga pelo Instagram: @polito

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.





Fonte: Jovem Pan

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ENQUETE – MORNING SHOW – Você toma precauções no trânsito contra assaltos?

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Você toma precauções no trânsito contra assaltos?

Você deve selecionar uma alternativa.

Sua resposta foi registrada.

*As enquetes do Grupo de Comunicação Jovem Pan não possuem caráter científico e só refletem a opinião de sua audiência.



Fonte: Jovem Pan

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‘Estamos próximos de uma guerra quase mundial’, alerta papa Francisco

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O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’

GIUSEPPE LAMI/EFE/EPAPapa Francisco preside Santa Missa da Vigília Pascal na Noite Santa de Páscoa na Basílica de São Pedro
O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’

O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.

O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.

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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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Corpo de Anic, advogada que desapareceu em Petrópolis, é encontrado concretado em quintal

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Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime

Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.

Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.

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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.

O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.

Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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