Connect with us

Internacional

Parlamento do Irã aprova suspensão da cooperação com Agência Atômica

Published

on


O Parlamento iraniano aprovou, nesta quarta-feira (25), projeto de lei que suspende a cooperação do país com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) até que o Irã tenha garantias de segurança. O governo persa acusa a agência ligada à ONU de cumplicidade com Israel e os Estados Unidos (EUA).  

O presidente da Assembleia, Mohammad Bagher Ghalibaf, informou, em rede social, “que qualquer cooperação com a agência ou envio de relatórios a ela, bem como a entrada de inspetores e gerentes da agência, serão proibidos até que a segurança das instalações nucleares e cientistas seja garantida”.

O porta-voz do Comitê de Segurança Nacional e Política Exterior do Parlamento iraniano, Ebrahim Rezai, explicou que as condições de segurança para retomada da cooperação incluem “garantir o pleno respeito à soberania nacional e integridade territorial da República Islâmica”, segundo relevou à Hispan TV, canal estatal do Irã voltado ao público de língua espanhola.

“Tem que se garantir os direitos inerentes da República Islâmica do Irã de desfrutar de todos os direitos estipulados no Artigo IV do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, especialmente o enriquecimento de urânio”, completou Rezai, que exigiu ainda que o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, seja processado.

A votação ocorre um dia após o fim das hostilidades entre Israel, EUA e Irã, e é um desdobramento da crise no Oriente Médio. Teerã acusa a AIEA de agir “politicamente motivada” e dirigida pelas potências ocidentais, como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel na guerra contra Teerã, para justificar a agressão ao país. 

A versão oficial dos governos de Israel e dos EUA para o ataque contra o Irã é a de que o país estaria próximo de construir bombas atômicas, o que o Irã sempre negou. Segundo Teerã, seu programa nuclear sempre foi pacífico e o país é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), o que permitia que a AIEA faça inspeções no seu programa.

Apesar de ainda não ter oficializado a saída do TNP, o professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG) Ronaldo Carmona argumentou que ficou evidente que, tanto Israel, quanto os EUA, querem uma “mudança de regime” no Irã, o que pode empurrar o país para se armar com ogivas nucleares.

“Diante desse cenário de uma ameaça existencial ao governo e ao regime do Irã, naturalmente, isso passa a ser, não tenha dúvida, um incentivo ao Irã de deixar de utilizar o seu programa nuclear para fins pacíficos, como tinha feito até agora, e passar a buscar o objetivo de ter uma arma nuclear como instrumento de dissuasão contra a ameaça sobretudo de Israel”, comentou.

Ainda segundo o especialista, as premissas originais do TNP, de promover o progressivo desarmamento nuclear, inclusive das grandes potências, não foi cumprido ao longo das décadas.

“O próprio Brasil aderiu ao TNP confiando nessa premissa de que haveria um progressivo desarmamento. Só que hoje o que você tem é o contrário. Há um desincentivo à permanência no sistema de não proliferação e um incentivo, sobretudo a países que são ameaçados com ações de ‘mudança de regime’, serem incentivados, então, a possuir armamento nuclear como instrumento último de dissuasão”, concluiu Carmona.

Entenda o conflito

Israel acusa o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear, e lançou um ataque surpresa contra o país no dia 13 de junho, expandindo a guerra no Oriente Médio.

No dia 21 de junho, os Estados Unidos atacaram três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. O Irã afirma que seu programa nuclear é apenas para fins pacíficos e que estava no meio de uma negociação com os EUA para estabelecer acordos que garantissem o cumprimento do TNP.

No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vinha acusando o Irã de não cumprir todas as suas obrigações, apesar de reconhecer que não tem provas de que o país estaria construindo uma bomba atômica.

Em março, o setor de inteligência dos Estados Unidos informou que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é questionada pelo próprio presidente norte-americano, Donald Trump.

Apesar de Israel não aceitar que Teerã tenha armas nucleares, diversas fontes ao longo da história indicaram que o país mantém amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950, tendo desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.



Fonte: Agência Brasil

Internacional

Problema do mundo é ausência de lideranças , diz Lula na Malásia

Published

on


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no início da madrugada deste sábado (25), em Kuala Lumpur, na Malásia, que um dos problemas do mundo é a falta de lideranças para conter as guerras e a fome.

“Na ausência de lideranças, tudo que é de pior pode acontecer”, avaliou o presidente. 

No evento com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, em que celebrou parcerias com o país asiático, Lula criticou a guerra entre Ucrânia e Rússia e o conflito no Oriente Médio, que ele voltou a chamar de genocídio contra Palestina. 

Lula argumentou que esses conflitos e também os desastres ambientais têm ocorrido por falta de instrumentos de governança global. ”Hoje, o Conselho de Segurança da ONU e a ONU não funcionam mais. Todas as guerras nos últimos tempos foram determinadas por gente que faz parte do Conselho de Segurança da ONU”, lamentou. 

“Quem é que se conforma com a duração da guerra entre a Ucrânia e a Rússia? Quem é que pode se conformar com um genocídio impetrado na Faixa de Gaza durante tanto tempo?”, questionou. 

Ele apontou que as violências vão além dos tiros e das bombas. “Mas a violência de utilizar fome, a vontade de comer de uma criança, como forma de tortura. Quando nós aceitamos isso como normal, nós não estamos sendo seres humanos”, criticou. Ele argumentou que isso ocorre porque as instituições multilaterais “pararam de existir”.

O presidente atacou a falta de responsabilidade dos países com o meio ambiente. “Como é que nós vamos evitar que o planeta possa ser destruído, se nós sabemos o que está destruindo o planeta e não tomamos atitude para evitar que ele seja destruído?”, questionou Lula, afirmando que a COP30, em Belém, será a COP da verdade.

“Nós, lideres políticos, é que temos que tomar a decisão do que fazer. Chega um momento que a gente tem que pensar no planeta. E aí é que é preciso ter instrumentos de governança global. E isso é o que nos faz falta hoje.”

Parceria

Na visita à Malásia, Lula disse que a parceria excede o interesse comercial entre os dois países. Há um movimento de exportações e importações na casa dos US$ 5,8 bilhões por ano. Ele destacou os acordos de cooperação na área de ciência e tecnologia e lamentou que nenhum presidente brasileiro esteve no país nos últimos 30 anos.

“A relação do Brasil com a Malásia muda de patamar a partir de hoje. Eu não vim aqui apenas com o interesse de vender ou com o interesse de comprar. Nós temos possibilidade de mudar o mundo, de fazer com que as coisas sejam melhores.”

O presidente defendeu que o humanismo não deve ser derrotado pelos algoritmos e disse que o mundo precisa de paz e não de guerra, de livre comércio e não de protecionismo. “Quero dizer ao mundo que precisamos de mais comida e menos armas. Esse é o objetivo da minha visita à Malásia.” 

Lula voltou a defender o papel do Estado no auxílio aos mais pobres. 

“Governar é fazer escolhas, é decidir de que lado você está. Para um governante, andar de cabeça erguida é mais importante que um Prêmio Nobel. Cuidar das pessoas mais humildes é quase uma missão bíblica.” 

O primeiro-ministro da Malásia cumprimentou o presidente brasileiro que irá receber o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Nacional da Malásia, em evento que deve ocorrer ainda neste sábado. Anwar Ibrahim ainda destacou o papel de liderança de Lula. “Este é um encontro entre amigos que compartilham convicções e ideias. E tenho certeza de que nossos países vão trabalhar juntos como parceiros em diferentes áreas”.



Fonte: Agência Brasil

Continue Reading

Internacional

Lula quer Brasil na associação de países asiáticos

Published

on


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (24), que o Brasil trabalha para ser membro pleno da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Ele está em viagem à região em busca uma aproximação política com os países e a possibilidade de expansão do comércio brasileiro com um mercado de 680 milhões de habitantes.

“O Brasil trabalha para ser membro pleno da Asean. O Brasil tem de acreditar na sua economia, nós vivemos um bom momento econômico brasileiro. […] E por isso eu continuo viajando para ver se a gente aumenta a nossa balança comercial, a nossa reserva em dólares, nossos investimentos também no exterior e atrair novos investimentos para o Brasil”, disse.

A declaração foi dada após reunião com o secretário-geral da entidade, Kao Kim Hourn, em Jacarta, capital da Indonésia. O Brasil é o único país latino-americano a manter Parceria de Diálogo Setorial com a Asean, estabelecida em 2023, com iniciativas de coordenação política e de cooperação multissetorial.


Jacarta, 24/10/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro na Secretaria-Geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Foto: Ricardo Stuckert/PR
Jacarta, 24/10/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro na Secretaria-Geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Foto: Ricardo Stuckert/PR

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro na ASEAN. Foto Ricardo Stuckert/PR

Na sequência Lula embarcou para Kuala Lumpur, na Malásia. Lá, a programação inclui participações na cúpula da Asean e no encontro de líderes do Leste Asiático (EAS), além de um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Será a primeira vez que um chefe de Estado brasileiro participará dessa cúpula.

Fundada em 1967 pela Indonésia, Malásia, pelas Filipinas, por Singapura e Tailândia, a Asean é uma organização regional que promove a cooperação econômica, política, de segurança e sociocultural entre os seus membros. Além dos países fundadores, o bloco é composto também por Brunei, Laos, Mianmar, pelo Vietnã, Camboja e, durante esta próxima cúpula, receberá formalmente a adesão do Timor Leste, que se tornará o 11º membro.

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

O comércio do Brasil com os países da Asean superou US$ 37 bilhões no ano passado e continua crescendo. Se fosse um único país, a Asean seria o quinto principal parceiro comercial do Brasil, atrás da China, União Europeia, dos Estados Unidos e da Argentina.

Durante o encontro com Kao Kim Hourn, Lula ressaltou que os projetos de cooperação para o desenvolvimento têm aproximado o Brasil e os países da Asen. O brasileiro frisou que a cooperação em bioenergia tem grande potencial e afirmou que, em 2026, pretende ampliar a pauta para as áreas de saúde e educação.

Lula ainda convidou o presidente da Asean para participar da Cúpula de Líderes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém nos dias 6 e 7 de novembro. A associação asiática terá um pavilhão na COP30 e tem a intenção de criar um grupo de negociação no âmbito da conferência do clima no Brasil.

“Nesse mundo confuso, quanto mais parcerias econômicas nós tivermos, melhor. E não apenas econômicas e comerciais, mas parcerias entre as nossas universidades, nossos cientistas, entre os nossos ministros, para que a gente possa efetivamente não ficar dependendo de um único país. Quanto mais comércio a gente tiver, quanto mais forte for a nossa relação com os países, melhor é para o Brasil”, reforçou Lula.

“E também continuamos fazendo a pregação de que é preciso fortalecer o multilateralismo. É preciso que a gente fortaleça o multilateralismo, que a gente fortaleça as instituições que dão garantia ao multilateralismo para que a gente tenha uma economia mais sólida, para que a gente tenha menos protecionismo e para que a gente possa ter um comércio mais livre”, acrescentou.

Visita oficial

Nesta quinta-feira (23), Lula foi recebido em visita oficial pelo presidente da Indonésia, Prabowo Subianto. Na ocasião foi adotado um comunicado conjunto e firmados oito acordos em áreas como minas e energia, agricultura, ciência e tecnologia e estatística. Foram, ainda, assinados diversos instrumentos entre setores privados dos dois países, com ênfase na área de transição energética.

O brasileiro também participou do encerramento do encontro empresarial, que reuniu cerca de 400 participantes de ambos os países. Para Lula, a balança comercial de US$ 6,3 bilhões entre Brasil e Indonésia é pequena diante do tamanho das suas economias e populações.

“Falta um pouco mais de entusiasmo dos países, entusiasmo dos nossos empresários. É por isso que eu quero agradecer aos empresários brasileiros que vieram”, disse Lula.

“Eu espero que a gente possa ter um entrosamento cada vez mais forte e que possa sair com uma perspectiva muito positiva para o Brasil. O mundo está a exigir dos líderes políticos muito mais volatilidade, competência de negociação, vontade de negociar e de fazer as coisas acontecerem”, completou o presidente.

 



Fonte: Agência Brasil

Continue Reading

Internacional

México condena ataques militares dos EUA a embarcações

Published

on


A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, condenou, nesta quinta-feira (23), os ataques militares realizados pelos Estados Unidos contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico em águas internacionais, incluindo uma ocorrência recentemente relatada no Pacífico Oriental.

“Obviamente, discordamos. Existem leis internacionais que regem como lidar com o suposto transporte ilegal de drogas ou armas em águas internacionais e já expressamos isso ao governo dos Estados Unidos”, declarou a presidente durante entrevista coletiva.

A declaração ocorre após a revelação do Secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, de um “ataque cinético letal” ordenado pelo presidente Donald Trump contra uma embarcação no Pacífico, que deixou três mortos.

A autoridade americana enfatizou nas redes sociais que “esses ataques continuarão, dia após dia. Eles não são simplesmente traficantes de drogas, mas narcoterroristas que semeiam morte e destruição em nossas cidades.”

Execuções

Este incidente é o oitavo ataque dos EUA desde setembro, resultando em pelo menos 37 mortes sem julgamento, levando especialistas das Nações Unidas a denunciar essas ações como execuções extrajudiciais.

Sheinbaum enfatizou que a soberania e o direito internacional devem prevalecer, aludindo à reforma constitucional aprovada no México este ano para fortalecer a soberania e a autodeterminação diante de qualquer intervencionismo.

Após ser questionada sobre a polêmica pública entre o presidente Trump e o presidente colombiano Gustavo Petro, Sheinbaum respondeu que “cada um tem sua maneira de lidar” com os debates internacionais.

A presidente mexicana reafirmou sua estratégia de política externa, que prioriza um “sistema de diálogo franco” com o governo dos EUA, buscando acordos, mas “nunca renunciando à nossa soberania e autodeterminação”. No caso do México, Sheinbaum indicou que seu foco principal tem sido defender os mexicanos que vivem nos Estados Unidos. 



Fonte: Agência Brasil

Continue Reading

Popular

Copyright © 2024 - Serviços de Construção Notícias - Tá Contratado