Arquivo Pessoal/Esper Chacur Filho Coquetel de Camarão, de receita tradicional em que o molho leva raiz forte, vai bem com Petit Chablis–Maison Alexandre, pelo frescor e minerabilidade
O gosto por pratos bem elaborados, requintados mesmo, sempre esteve enraizado àqueles que apreciam e consomem vinhos regularmente. A história da gastronomia, ou do gosto, tem origens coloniais, mas o aprimoramento do gosto se deu após a Primeira Guerra Mundial, isto para os centros urbanos e mesas mais fartas, quando os hábitos europeus encontraram com os ingredientes nacionais. Assim, a origem da gastronomia no Brasil ocorreu no período colonial, em meio à mistura dos povos indígenas, que aqui estavam, africanos e portugueses. Essa integração foi a grande responsável pela formação da nossa culinária. E o vinho, de mero coadjuvante, passou a ter papel importante na mesa. Pratos icônicos como a Lagosta a Thermidor, o Coquetel de Camarão, Melão com Presunto Cru, Strogonoff de Filé Mignon (cuja receita por aqui executada não tem nada a ver com a original russa), Cuscuz Paulista, Camarão à Grega, Torta de Frango, Canja de Galinha, Salada Russa e o tradicional Pudim de Leite podem harmonizar com o vinho tranquilamente. Vou sugerir algumas harmonizações, ainda que com algum grau de subjetividade, para estes pratos.
A Lagosta a Thermidor, de molho bem pesado e muita manteiga, pode ser acompanhada de um vinho branco mais parrudo, com passagem em madeira, por exemplo o Viapiana Gran Premium Via 1986 Chardonnay, do Rio Grande do Sul, de uma estrutura e elegância à toda prova. O Coquetel de Camarão, com sua receita tradicional em que o molho leva raiz forte, vai muito bem com um Chablis, por exemplo, o Petit Chablis – Maison Alexandre, por conta de seu frescor e minerabilidade. O Strogonoff de Filé Mignon segue muito bem com um Pinot Noir do hemisfério sul, aí sugiro o Alma Negra Pinot Noir, argentino, que é bem gastronômico. O Melão com Presunto Cru pode ser servido ancorado com uma taça de espumante brut ou extra brut, por exemplo, o Espumante Salton Extra Brut Ouro, que deve ser servido bem refrescado. O Cuscuz Paulista, em sua receita tradicional, merece um branco leve, por exemplo, o Pinot Grigio Toscana – Bonacchi – por conta de sua acidez. Já o Camarão à Grega pode ser servido com um tinto leve, como, por exemplo, o Louis Latour Gamay Beaujolais-Villages, que pode ser servido refrescado. A Torta de Frango vai muito bem com um Chianti de entrada, sugiro o Ruffino Chianti DOCG. A Canja de Galinha, sempre gorda, pode ir bem com um espanhol riojano mais simples, por exemplo, o Marqués de Cáceres Crianza. A Salada Russa pede um vinho fresco e simples, aí a sugestão é o rose Don Guerino Sinais Malbec Rosé, que deve ser servido na temperatura de um branco de entrada. E o Pudim de Leite, com calda de caramelo, é bem guarnecido com o tinto licoroso uruguaio Familia Deicas Vintage Licor de Tannat. Feitas as sugestões, sempre é bom lembrar que não há regras fixas para gostos e prazeres, assim a criatividade deve, sempre, dar o norte. Salut!
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte