‘A forma como Lula tem se comportado sobre a vitória do presidente legítimo da Venezuela é uma forma vergonhosa, repetindo os lemas dos ianques, europeus, governos rebaixados da América Latina’, disse Ortega
JUAN BARRETO/AFP Daniel Ortega atacou também o presidente colombiano, Gustavo Petro
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, criticou, nesta segunda-feira (26), seus pares brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e colombiano, Gustavo Petro, por suas posições sobre a polêmica eleição presidencial na Venezuela. “A forma como Lula tem se comportado sobre a vitória do presidente legítimo da Venezuela é uma forma vergonhosa, vergonhosa, repetindo os lemas dos ianques, dos europeus, dos governos rebaixados da América Latina”, disse Ortega durante uma cúpula virtual de chefes de Estado e governo do ALBA-TCP.
“Você também está se rebaixando, Lula!”, disse Ortega. “Lula, se você quiser que o povo bolivariano o respeite, respeita a vitória do presidente Nicolás Maduro, e não fique ali, como um rebaixado”, acrescentou Ortega, que também questionou seu homólogo colombiano. “A Petro, o que posso dizer a Petro? Pobre Petro, pobre Petro, eu vejo Petro competindo com Lula para ver quem vai ser o líder para representar os ianques na América Latina, é assim que vejo Petro, porque o pobre Petro não tem a força que tem o Brasil […], o gigante da América Latina”, acrescentou Ortega.
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Brasil e Colômbia lideram os esforços internacionais para resolver a crise pós-eleitoral na Venezuela, marcada por denúncias de fraude, e sugeriram repetir a votação, uma proposta repudiada tanto pelo chavismo quanto pela oposição. Lula, aliado histórico do chavismo, disse, em 16 de agosto, durante entrevista à Rádio Gaúcha, que “a Venezuela vive um regime muito desagradável”, embora não considere que “seja uma ditadura”, mas sim “um governo com viés autoritário”.
Maduro foi proclamado vencedor das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 52% dos votos, embora, quase um mês após a votação, a entidade siga sem publicar a apuração detalhada seção por seção, alegando ter sofrido um “ciberataque terrorista”. Por sua vez, a oposição, liderada por María Corina Machado, garante ter provas de que houve fraude e que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu o pleito.
Após a publicação dos resultados da votação pelo CNE, de viés chavista, houve protestos que deixaram 27 mortos, dois deles militares, além de 200 feridos e cerca de 2.400 detidos, que são tachados por Maduro de “terroristas”. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusado de servir ao governo, chancelou na quinta-feira, 22 de agosto, os resultados do CNE, após aceitar um recurso apresentado por Maduro para “certificar” as eleições e acusou González Urrutia, alvo de uma investigação penal, de “desacato”.
*Com informações da AFP Publicado por Carolina Ferreira
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte