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Internacional

Putin defende Brics como organização-chave com influência em expansão

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Em vídeo enviado à 17ª Reunião de Cúpula do Brics, que é realizada neste domingo (6), no Rio de Janeiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, destacou que o bloco de países emergentes se tornou uma das principais organizações-chave do mundo com enorme potencial político, econômico e tecnológico e influência em expansão.

“A autoridade e a influência desse grupo aumentam a cada ano, e o Brics é agora um dos principais grupos e organizações-chave no mundo. E nossa voz é ouvida em alto e bom som em todo o cenário internacional”, disse o mandatário russo.

Putin destacou ainda que o mundo unipolar – concentrado nos Estados Unidos (EUA) – está “se tornando coisa do passado”, afirmando que o modelo de globalização liberal está ultrapassado.

“[A ordem unipolar] está sendo substituída por um mundo multipolar mais justo. Tudo indica que o modelo de globalização liberal está se tornando obsoleto, o centro da atividade empresarial está se deslocando para os mercados em desenvolvimento, o que está desencadeando uma poderosa onda de crescimento, inclusive nos países do Brics”, acrescentou o russo.

Nos últimos dois anos, o Brics cresceu de cinco para 11 integrantes permanentes, além de incluir dez novos membros parceiros. Administrar essa expansão foi um dos desafios da presidência do Brasil para consolidar o fórum que pretende modificar a atual arquitetura global de poder.  

Putin agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo “trabalho ativo” dentro do Brics. 

“É importante que nossos colegas brasileiros tenham se aprofundado nas iniciativas apresentadas durante a presidência da Rússia no ano passado e proposto trabalhar em sua implementação”, disse.

O presidente da Rússia defendeu o aprofundamento da cooperação. “Nossa associação expandiu-se significativamente e inclui os principais Estados da Eurásia, África, Oriente Médio e América Latina. Juntos, temos um potencial político, econômico, científico, tecnológico e humano verdadeiramente enorme”, acrescentou o chefe do Kremlin

Segundo o governo russo, Putin não compareceu pessoalmente ao encontro por causa do mandado de prisão aberto contra ele no Tribunal Penal Internacional (TPI) por acusações de crimes de guerra na Ucrânia, o que ele nega. Como o Brasil é signatário do TPI, corria-se o risco da Justiça brasileira determinar sua prisão.

Desdolarização

A Cúpula do Brics em Kaza, realizada em 2024 na Rússia, foi apontada por analistas consultados pela Agência Brasil como muito ambiciosa, em parte, devido à situação do país euroasiático de isolamento internacional promovido pelas potências ocidentais após a invasão da Ucrânia. A Rússia é um dos mais interessados na promoção da desdolarização do comércio internacional.

No vídeo enviado à Cúpula do Rio, Putin reforçou a necessidade de avançar no uso de moedas locais para o comércio entre os países do bloco.

“A criação de um sistema independente de liquidação e depósito na plataforma do Brics, ao que tudo indica, tornará as transações cambiais mais rápidas, eficientes e seguras. A propósito, o uso de moedas nacionais no comércio entre nossos países está em constante crescimento: em 2024, a participação da nossa moeda nacional, do rublo e das moedas de países amigos nos acordos da Rússia com outros países do BRICS chegou a 90%”, disse.

Segundo comunicado do grupo de trabalho dos ministros das Finanças do Brics, houve avanços na construção do sistema de pagamento em moedas locais. O texto, no entanto, não detalha os progressos alcançados.

Equilibrar o poder

A professora de Relações Internacionais da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Ana Garcia, pesquisadora do BRICS Policy Center, destacou que hoje o bloco tem o papel de balancear o poder com as potências ocidentais para criar uma ordem internacional mais equilibrada.

“A Rússia utilizou o Brics muito para expandir sua zona de influência, para propor mecanismos inovadores, particularmente na área monetária e financeira. O Brics hoje é um instrumento para equilibrar o poder global que é muito favorável ao bloco liderado pelos Estados Unidos (EUA)”, comentou.

Ana Garcia ponderou que, economicamente, o poder hoje já está distribuído, mas politicamente, as instituições internacionais, como Fundo Monetário Internacional (FMI) e Conselho de Segurança da ONU, por exemplo, seguem controladas por poucos países.

“Economicamente, o Brics está participando da economia global. O que não se tem é isso refletido nas instituições internacionais. As estruturas políticas estão defasadas e é isso que precisa ser reequilibrado”, concluiu.

Brics

O Brics é um bloco que reúne representantes de 11 países membros permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.

Também participam os países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão.

Os 11 países representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. Em 2024, países do Brics receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto nós compramos desses países 34% do total do que importamos.



Fonte: Agência Brasil

Internacional

Trump parabeniza Lula e diz que negociações com Brasil prosseguem

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (27) que teve uma ‘boa reunião’ com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia. Ele descreveu Lula como “um sujeito muito vigoroso” e afirmou que negociações prosseguem. 

“Tivemos uma boa reunião. Vamos ver o que acontece. Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver. No momento, eles estão pagando, acho, uma tarifa de 50%. Mas tivemos uma ótima reunião”, disse.

Trump ainda parabenizou Lula, que faz aniversário nesta segunda-feira. “E feliz aniversário. Quero desejar feliz aniversário ao presidente, ok? Hoje é o aniversário dele, você sabia disso? Ele é um sujeito muito vigoroso, na verdade, e fiquei muito impressionado. Mas hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário, certo? Você poderia avisá-lo, por favor?”

Na noite desta segunda-feira, noite na Malásia, Lula conversou rapidamente com jornalistas na saída do hotel e afirmou que ele e o presidente dos Estados Unidos têm canal aberto para um diálogo direto, caso seja necessário.

“Estabelecemos uma regra de negociação que toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele”, disse. Ao final da conversa, o presidente brasileiro agradeceu rapidamente as felicitações de Trump pelo aniversário. “Eu vi a mensagem. Eu agradeço”.

Horas antes, em coletiva de imprensa, Lula já havia mostrado otimismo em uma suspensão das tarifas impostas pelos EUA. Ele disse que teve uma “boa impressão” de que os dois países chegarão a uma solução nas questões comerciais.

“Estou convencido de que, em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil para que a vida siga boa e alegre do jeito que dizia o Gonzaguinha na sua música”.

* com informações da agência Reuters



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

“Ele tem meu telefone e eu tenho o dele”, diz Lula sobre Trump

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (27) que ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trocaram telefones, caso surjam dificuldades nas negociações entre os dois países.

“Estabelecemos uma regra de negociação que toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele”, afirmou Lula em uma breve conversa com a imprensa, na saída do hotel em Kuala Lumpur, na Malásia. 

A declaração do presidente brasileira foi em resposta à fala de Donald Trump, após deixar a Malásia. Segundo a agência de notícias Reuters, Trump disse que teve uma “boa reunião” com Lula, a quem descreveu como “um cara bastante enérgico”, mas não assegurou um acordo com o Brasil.

 “Não sei se algo vai acontecer, mas veremos”, disse Trump a repórteres que o acompanharam no avião presidencial. Segundo Lula, essa incerteza é “óbvia”. “Não era possível que em uma única conversa a gente pudesse resolver os problemas”, disse o presidente brasileiro. 

Lula afirmou também que as equipes de ambos os países continuarão negociando o fim da sobretaxação a produtos brasileiros e a suspensão de punições aplicadas pelo governo americano contra alguns ministros do Supremo Tribunal Federal e contra o ministro da Saúde, Alexandre Padilha e seus familiares. 

“Minha equipe é de alto nível. Tem o Alckmin, o Haddad e o Mauro Vieira. (…) Eu entreguei um documento com o que foi dito na nossa conversa, portanto não foram apenas palavras. Ele tem um documento sabendo o que o Brasil quer”, declarou o presidente brasileiro.

Lula cumpre nesta segunda-feira (27) o seu quinto dia de agendas no Sudeste Asiático. Em Kuala Lumpur, capital da Malásia, ele participou da abertura da 20ª Cúpula da Ásia do Leste e foi recebido em um jantar de gala, oferecido pelo presidente da Malásia Anwar Ibrahim e pela primeira-dama Wan Azizah Wan Ismail.  

Desde quinta-feira passada, o presidente realizou visita oficial à Indonésia, e participou da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), em Kuala Lumpur. O encontro com Trump foi realizado durante a programação da Cúpula.

 



Fonte: Agência Brasil

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Lula participa de Cúpula da Ásia do Leste

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre, nesta segunda-feira (27), o seu quinto dia de agenda no Sudeste Asiático. Em Kuala Lumpur, capital da Malásia, ele participa da abertura da 20ª Cúpula da Ásia do Leste. Em seguida, será recebido em um jantar de gala, oferecido pelo presidente da Malásia, Anwar Ibrahim, e pela primeira-dama, Wan Azizah Wan Ismail.  

Lula está em viagem pelo Sudeste Asiático desde quinta-feira passada (23). Ele realizou visita oficial à Indonésia, onde tratou principalmente da cooperação econômica entre o Brasil e o país asiático. No dia 24, embarcou para Kuala Lumpur, na Malásia, onde participou da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e do Fórum Bilateral Brasil-Malásia e cumpriu uma série de encontros bilaterais. 

Tarifas

Uma dessas reuniões foi com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No encontro, os dois líderes debateram as tarifas impostas a produtos brasileiros, a situação da Venezuela e a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – COP 30, a ser realizada em Belém, em novembro deste ano.

Em entrevista após a reunião, Lula disse que está otimista em relação à suspensão do tarifaço imposto pelos Estados Unidos e que, em poucos dias, os países deverão chegar a um acordo.

 



Fonte: Agência Brasil

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