Exército israelense recuperou quatro pessoas que tinham sido sequestradas no dia 7 de outubro no festival Nova
EFE/EPA/ABIR SULTAN Retratos de reféns libertados na praça de reféns em Tel Aviv, Israel
Após 8 meses de guerra, Israel conseguiu resgatar na Faixa de Gaza quatro reféns que tinham sido sequestrados em 7 de outubro durante invasão do grupo Hamas. Trata-se de uma mulher, identificada como Noa Argamani, de 26 anos, e três homens: Almog Meir Jan, 22, Andrey Kozlov, 27, e Shlomi Ziv, 41. Os quatro foram levados para Gaza após o ataque do Hamas, que desencadeou o conflito no território palestino. Os reféns foram “resgatados” em dois pontos diferentes de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, anunciou o Exército após a operação, na qual um agente acabou morrendo. Atualmente, do total de 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro pelo Hamas, 116 seguem cativas em Gaza, incluindo 41 que estariam mortas, segundo o Exército israelense. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que está sempre pressionando tanto pela família das vítimas como pela comunidade internacional devido à ofensiva no enclave palestino, disse que o resgate realizado neste sábado (8) pelo exército israelense, prova que israel não vai se render ao terrorismo. Saiba quem são os reféns resgatados.
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Noa Argamani
Noa Argamani, 25, se reencontra com seu pai no Centro Médico ‘Sheba’ Tel-HaShomer, em Tel Aviv │EFE/Exército Israelense
Noa Argamani, estudante da Universidade Ben Gurion, foi sequestrada durante o festival Nova. Um vídeo da jovem gritando “Não me mate!” enquanto era colocada em uma motocicleta por combatentes do Hamas rodou o mundo. Durante o cativeiro, foram publicadas nas redes sociais imagens que mostram a jovem bebendo água de uma garrafa. Seu parceiro, Avinatan Or, um engenheiro de 30 anos, continua sequestrado. Antes de ser libertada, a mãe de Argamani, que é sino-israelense e sofre de câncer terminal, publicou várias mensagens para expressar o seu desespero diante da possibilidade de morrer sem voltar a ver a filha.
Andrey Kozlov
Andrey Kozlov, refém israelense libertador, chegou ao Hospital Tel Ashomer em Ramat Gan, perto de Tel Aviv │ EFE/Gidon Markowicz
Kozlov, um cidadão russo-israelense, foi sequestrado enquanto trabalhava como segurança no festival Nova. Após o início do ataque do Hamas, ele contactou seu pai e amigos e disse a eles que não havia onde se esconder. Sua família foi informada semanas depois de que Kozlov estava entre os reféns sequestrados pelo Hamas. Ele nasceu em São Petersburgo, na Rússia, emigrou recentemente para Israel e vivia em Rishon Lezion, ao sul de Tel Aviv.
Shlomi Ziv
Shlomi Ziv, 40, se reencontra com sua família no Centro Médico ‘Sheba’ Tel-HaShomer, em Tel Aviv │EFE/Gabinete do Primeiro Ministro de Israel
Ziv, que completou 41 anos enquanto estava no cativeiro, também fazia parte da equipe de segurança do festival Nova, segundo a imprensa israelense. Ziv conseguiu falar com uma de suas irmãs no dia do ataque, às 7h30, e disse que estava bem, que tentava fugir em um veículo, mas que havia um engarrafamento no local de saída da festa. Pouco depois, em sua última ligação antes de ser sequestrado, ele conversou com outra de suas irmãs, que relatou que o homem estava quase sem fôlego e lhe disse: “já te ligo”. Ziv, que havia se graduado como designer de interiores pouco antes do atentado, mora com a esposa na cidade de Elkosh, na fronteira com o Líbano e trabalhava habitualmente como distribuidor. Ele havia sido contratado para ser segurança do festival junto com outros dois amigos, que morreram no ataque.
Almog Meir Jan
Almog Meir Jan, 21, se reencontra com sua família no Centro Médico ‘Sheba’ Tel-HaShomer, em Tel Aviv │EFE/Exército Israelense
Meir Jan é originário de Or Yehuda, uma cidade a leste de Tel Aviv, e aproveitava a festa quando os milicianos do Hamas invadiram o sul de Israel. Pouco antes das 8h, ele ligou para sua mãe, Orit Meir, e disse: “Mãe, há foguetes caindo por toda parte. Não sei o que está acontecendo. Amo você, mãe”. Meir reconheceu seu filho em um vídeo divulgado pelo Hamas pouco depois do ataque. “Estava deitado no chão. Estava apavorado”, descreveu a mulher, que disse à imprensa em novembro que sua vida havia se tornado um “pesadelo”.
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte