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Veja a importância da adaptação diante da emergência climática

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Precisamos promover mudanças rápidas e consistentes em nossos lares, cidades e governos a fim de evitar tragédias como a do Rio Grande do Sul

Com as recentes tragédias climáticas é necessário buscar formas de adaptar as cidades Com as recentes tragédias climáticas é necessário buscar formas de adaptar as cidades Imagem: Alix Tran Duc | Shutterstock)

Desde os anos 1990, os debates a respeito das mudanças climáticas são velhos conhecidos dos cientistas. No entanto, a sociedade pouco se mobilizou de lá para cá, acreditando que se tratava de algo “para o futuro”, um tempo distante e postergável, um desafio a ser vivido por nossos netos ou bisnetos, talvez. Infelizmente, a realidade hoje é outra e o tempo das mudanças é agora, ainda que estejamos atrasados. Resistir ao alerta da natureza não é mais uma opção. Ouçamos seu pedido de socorro.

Após séculos de exploração, os efeitos das ações humanas no planeta têm a dimensão da ganância e do lucro a qualquer preço, como nos mostram os eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e intensos – a exemplo do que vimos na recente tragédia no Rio Grande do Sul.

Adaptação para continuar no planeta

Quem passou séculos tentando dominar a natureza e ser mais forte que ela vai precisar entender o que o biólogo e naturalista Charles Darwin já dizia no século 19: não são os mais fortes que sobrevivem, mas, sim, aqueles que melhor se adaptam às condições do meio em que vivem. Adaptação, portanto, é regra de ouro se quisermos viabilizar nossa permanência no planeta.

“Por muitos anos, a palavra mais usada foi mitigação, que trazia a necessidade de reduzir as emissões de CO2. Somente nas últimas quatro Conferências do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas), o termo adaptação surge com ênfase, ressaltando que, paralelamente às ações mitigadoras, devemos tornar as cidades mais resilientes aos eventos extremos”, afirma o economista e doutorando em Ciências Ambientais Rodrigo Perpétuo, secretário executivo na América do Sul da ONG internacional ICLEI – Governos Locais para a Sustentabilidade. “O mais importante é alcançarmos coletivamente o senso de urgência. Não dá para esperar mais, temos de agir agora e muito”, ele reforça, com razão.

Vegetação nativa

Adaptar as cidades ao “novo normal” do clima envolve internalizar a questão nas políticas públicas em todos os setores. “No Rio Grande do Sul, por exemplo, é preciso que haja um programa intenso de regeneração da vegetação nativa que, se estivesse mais presente, teria atenuado os efeitos das chuvas em todo o estado, por exercer uma função física de barreira natural”, argumenta a arquiteta e urbanista Suely Araújo, especialista sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima. A ideia é trazer de volta a natureza como parte da infraestrutura urbana. 

A mata ciliar que envolve a beira dos rios, ela conta, sofreu uma destruição violenta nas cidades, com a ocupação das Áreas de Proteção Permanente (APPs), a pressão do mercado imobiliário, a impermeabilização do solo e a canalização dos rios urbanos. “Basta olhar os quintais nas cidades, todos ladrilhados. As pessoas precisam entender que as soluções simples também contam nessa hora. O solo precisa estar mais permeável para absorver a água”, diz. 

Recentemente, o Governo Federal mapeou 1.942 municípios (quase 35% das cidades do país) suscetíveis a desastres associados a deslizamentos de terras, alagamentos, enxurradas e inundações. Segundo a especialista, o mundo inteiro tem deficiências nessa área, mas o Brasil está atrasado no planejamento para situações de emergências, porque, além de não ser muito discutido, o tema sofre resistências políticas. “Nossa legislação ambiental é boa, o problema é conseguir implementá-la. Torço para que o Plano Nacional de Mudança Climática, que deve ficar pronto em setembro para consulta pública, se concretize e saia do papel.”

A vegetação pode ajudar a conter enchentes e alagamentos Imagem: lovelyday12 | Shutterstock

Cidades Esponjas 

Cientistas já afirmam que mais de 90% dos desastres globais têm relação com a água, em excesso ou escassez. Cidades na China, Coreia do Sul, Europa e EUA perceberam que desconstruir para dar lugar à natureza, em muitos casos, é a melhor saída. Em Madri e em Seul, rios importantes foram naturalizados e voltaram a ter um desenho mais curvilíneo, natural e com vegetação para ajudar a conter as cheias e evitar enchentes e alagamentos. 

“É difícil importar soluções, mas algumas podem nos inspirar, como é o caso do conceito de cidade-esponja, já aplicado em diversos lugares”, afirma Rodrigo Perpétuo, referindo-se aos projetos do arquiteto paisagista chinês Kongjian Yu, que cria bacias de contenção e parques urbanos com áreas alagáveis, que aumentam exponencialmente a capacidade de absorção de água de chuvas, tornando os territórios mais resilientes ao impacto das mudanças do clima – além de criar áreas de lazer para as pessoas e locais de regeneração da fauna e flora silvestres.

Mapeando áreas de risco

Antes de qualquer coisa, no entanto, é fundamental mapear as áreas de risco de cada cidade. “Todos os municípios devem conhecer suas áreas mais expostas a riscos climáticos, especialmente aquelas onde há presença de população”, ele indica. Cerca de dois terços dos municípios brasileiros têm menos de 20 mil habitantes e nem sempre há um corpo técnico capacitado ou disponível para tal mapeamento.

“Nesses casos é importante trabalhar em consórcios com cidades vizinhas”, recomenda. A partir daí, o trabalho a seguir é de eliminação ou redução dessas fragilidades, que pode significar realocar pessoas de áreas vulneráveis, regularizar favelas ou renaturalizar rios. “Basicamente, é preciso conciliar as políticas de habitação e de drenagem das cidades, combinando em equilíbrio as estruturas duras (obras de engenharia) com intervenções via Soluções Baseadas na Natureza, as chamadas SBNs”, ele argumenta.

Em meio a desafios colossais, cada um de nós pode seguir atento à origem do que consome e rompido com empresas cujas atividades agravam o atual cenário.

Por Giuliana Capello – revista Vida Simples

Jornalista ambiental há 20 anos e acredita que esverdear as cidades nunca foi tão importante quanto agora, nesta emergência climática.





Fonte: Jovem Pan

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ENQUETE – MORNING SHOW – Você toma precauções no trânsito contra assaltos?

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*As enquetes do Grupo de Comunicação Jovem Pan não possuem caráter científico e só refletem a opinião de sua audiência.



Fonte: Jovem Pan

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‘Estamos próximos de uma guerra quase mundial’, alerta papa Francisco

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O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’

GIUSEPPE LAMI/EFE/EPAPapa Francisco preside Santa Missa da Vigília Pascal na Noite Santa de Páscoa na Basílica de São Pedro
O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’

O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.

O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.

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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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Corpo de Anic, advogada que desapareceu em Petrópolis, é encontrado concretado em quintal

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Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime

Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.

Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.

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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.

O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.

Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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