PF manteve a tese de que o agressor agiu sozinho ao esfaquear o então candidato à Presidência em 2018; defensor tem ligação com o crime organizado, mas não participou de ataque em Juiz de Fora
FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO – 06/09/2018Adélio Bispo (destacado com um círculo) se aproxima de Jair Bolsonaro para cometer atentado durante evento de campanha do então candidato em Juiz de Fora
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (11) uma operação relacionada ao atentado a faca contra Jair Bolsonaro durante a eleição de 2018, em Juiz de Fora (MG). O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, declarou que a ação encerra o caso de Adélio Bispo, responsável pelo ataque. O foco da operação foi um advogado ligado ao crime organizado, mas sem conexão com o atentado. Durante as buscas, foram apreendidos equipamentos eletrônicos e documentos para análise. Além disso, foram descobertos possíveis delitos relacionados ao defensor. “Não foi comprovada nenhuma conexão do crime organizado financiando o advogado para defender Adélio”, declarou Rodrigues. O relatório final foi entregue hoje ao Ministério Público Federal.
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Sob a gestão de Bolsonaro, a Polícia Federal havia passado a investigar a suposta relação do PCC com o atentado, após descobrir pagamentos feitos por acusados da facção aos advogados. No entanto, esses pagamentos ocorreram dois anos após o ataque ao presidente. A operação mirou especificamente o advogado de Adélio, que foi identificado como membro do crime organizado, mas sem envolvimento direto no atentado.