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Como influenciadores digitais estão promovendo o vício em jogos de azar

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Publicidade desses serviços pode ser enganosa, promover uma falsa percepção de facilidade de ganho financeiro e levar a sérios problemas como vício, dificuldades financeiras e impactos na saúde mental

rorozoa/FreepikRoleta
A responsabilidade dos influenciadores na publicidade de jogos de azar é regida pelo Código de Defesa do Consumidor

Meses atrás, em especial no mês de dezembro de 2023, falamos aqui mesmo nesta coluna sobre as diferenças existentes entre os jogos de azar e as apostas esportivas. De lá para cá, poucas foram as novidades regulatórias. Contudo, sob o aspecto dos usuários e, sobretudo, dos divulgadores digitais desses jogos, o volume cresceu de forma exponencial. A ascensão das redes sociais e dos influenciadores digitais trouxe novas dinâmicas para o mercado e a sociedade. Influenciadores possuem um poder significativo de persuasão sobre seus seguidores, tornando-se veículos atrativos para a promoção de produtos e serviços. No entanto, essa influência nem sempre é exercida de forma ética e responsável, especialmente quando envolve a promoção de jogos de azar.

Os influenciadores digitais têm a capacidade de moldar opiniões e comportamentos de seus seguidores, o que os torna alvos preferenciais para campanhas publicitárias. Utilizando estratégias simples para criar vínculos emocionais, esses comunicadores constroem uma relação de confiança e compatibilidade, afetando ainda mais as atitudes na sociedade. A exteriorização de suas rotinas e hábitos cria um elo pessoal com o público, estabelecendo uma relação de intimidade e confiança que os torna influentes nas decisões de consumo de seus seguidores.

 

O uso das redes sociais para promoção de jogos de azar

 

A promoção de jogos de azar por influenciadores digitais pode levar a sérios problemas como vício, dificuldades financeiras e impactos na saúde mental. A publicidade desses serviços, especialmente para audiências jovens, pode ser enganosa e promover uma falsa percepção de facilidade de ganho financeiro. A exploração desses jogos, frequentemente apresentada como uma forma de entretenimento inofensiva, pode mascarar a realidade dos riscos envolvidos. A maioria dos jogadores enfrenta perdas financeiras significativas e, em muitos casos, desenvolve problemas de vício que impactam suas vidas pessoais e profissionais. Muitos influenciadores demonstram como jogar diferentes jogos de azar, compartilhando suas sessões de jogo ao vivo e mostrando suas habilidades e ganhos, o que pode ser muito atraente para o público. Estas demonstrações tornam-se interessantes e incentivam a participação do público nesses jogos.

As redes sociais e os influenciadores digitais estão se tornando as principais fontes de informação sobre jogos de azar por várias razões: são amplamente acessíveis e extremamente populares, tornando-se uma fonte natural e conveniente de informações. As plataformas de mídia social são projetadas para serem altamente envolventes, oferecendo conteúdo visualmente atraente e fácil de consumir. Além disso, os influenciadores constroem um forte senso de confiança e credibilidade com seus seguidores, sendo vistos como especialistas e mantendo uma conexão pessoal. Essa combinação de fatores faz com que as redes sociais superem as fontes tradicionais de mídia.

Contudo, a falta de regulamentação específica para a publicidade de jogos de azar online dificulta a fiscalização e o controle dessas atividades. Projetos de lei em tramitação no Senado Federal visam regulamentar a exploração e a publicidade dos jogos de azar no Brasil, estabelecendo normas claras para proteger os consumidores. A profissionalização do setor é essencial para garantir publicidade responsável e ética, protegendo os consumidores de práticas prejudiciais.

 

Responsabilidade dos influenciadores

 

A responsabilidade dos influenciadores na publicidade de jogos de azar é regida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), pelo Código Civil e pelo Código Penal, que preveem penalidades para publicidade enganosa e por danos causados aos consumidores. Apesar de não haver regulamentação específica para influenciadores digitais, o CDC dispõe sobre a publicidade de forma geral, alcançando essa nova categoria. A exploração de jogos de azar não regulamentados é considerada uma contravenção penal no Brasil.

Decisões judiciais recentes reforçam a responsabilidade dos influenciadores por práticas fraudulentas. Em casos como a promoção de sorteios ou produtos de terceiros, influenciadores foram considerados solidariamente responsáveis pelos danos causados aos consumidores. Isso demonstra a tendência dos tribunais brasileiros em tratar a atividade dos influenciadores como profissional, sujeita a consequências jurídicas. Os influenciadores que promovem jogos de azar não regulamentados podem enfrentar várias consequências legais:

Responsabilidade cível

Influenciadores podem ser processados por danos morais e materiais causados pela promoção de jogos de azar. O CDC prevê que todos os envolvidos na cadeia de fornecimento de um serviço são responsáveis pelos danos causados ao consumidor. Assim, influenciadores podem ser responsabilizados por perdas financeiras e por promover atividades que levem ao vício em jogos de azar.

Responsabilidade criminal

A promoção de jogos de azar não regulamentados é uma contravenção penal. Os influenciadores podem ser investigados e processados por promoverem tais atividades, o que pode resultar em multas e penas de prisão. A Lei de Contravenções Penais prevê sanções para quem participa ou promove jogos de azar ilegais. Sob tais aspectos, os divulgadores de jogos de azar podem responder pelos seguintes crimes:

  • Crime contra as relações de consumo e contra o consumidor;
  • Crime contra a economia popular;
  • Estelionato;
  • Propaganda enganosa; e 
  • Sonegação fiscal.

Seguindo com as responsabilidades dos influenciadores, além dos aspectos cíveis e criminais, é importante destacar a existência de aspectos administrativos, como é o caso do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), que já publicou um conjunto de regras específicas regulamentando as ativações de marketing de apostas no Brasil. Embora não tenha força de lei, o Conar estabelece diretrizes para a publicidade ética no Brasil. A promoção de jogos de azar por influenciadores deve seguir essas diretrizes, evitando, por exemplo, a publicidade direcionada a menores de idade ou a promessa de ganhos fáceis e seguros.

 

Possíveis mudanças com a aprovação dos projetos de lei

 

Atualmente, existem matérias e PLs em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que podem afetar a responsabilidade civil e criminal na publicidade de jogos de azar online, como o PLS nº 2234/2022, que visa regulamentar a exploração de jogos de azar no Brasil.  Sobre o referido PL, nesta quarta-feira (19) a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou a proposta que autoriza os jogos de azar no Brasil (bingo, jogo do bicho, cassino, bicho e permite apostas em corridas de cavalos). Com a obtenção de 14 votos a favor e 12 contrários, o projeto estabelece regras para a exploração e mecanismos de fiscalização e controle dos jogos. A medida cria a tributação das casas de apostas e de prêmios, além de uma série de direitos aos jogadores. Com a decisão, a matéria seguirá para votação em plenário.

Como observado, não restam dúvidas de que a promoção de jogos de azar por influenciadores digitais representa um desserviço significativo à sociedade, contribuindo para problemas de vício e endividamento. É essencial que influenciadores, marcas e plataformas de redes sociais atuem de maneira ética e responsável, garantindo a conformidade com as leis e a proteção dos usuários e consumidores. A regulamentação específica é necessária para criar um ambiente publicitário mais seguro e transparente. Promover uma cultura de transparência e responsabilidade não só protege os consumidores, mas também fortalece a credibilidade dos influenciadores e a confiança do público nas redes sociais como um espaço seguro e informativo. A influência digital deve ser um farol de boas práticas, não um caminho para o vício e a ruína financeira.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.





Fonte: Jovem Pan

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ENQUETE – MORNING SHOW – Você toma precauções no trânsito contra assaltos?

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Você toma precauções no trânsito contra assaltos?

Você deve selecionar uma alternativa.

Sua resposta foi registrada.

*As enquetes do Grupo de Comunicação Jovem Pan não possuem caráter científico e só refletem a opinião de sua audiência.



Fonte: Jovem Pan

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‘Estamos próximos de uma guerra quase mundial’, alerta papa Francisco

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O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’

GIUSEPPE LAMI/EFE/EPAPapa Francisco preside Santa Missa da Vigília Pascal na Noite Santa de Páscoa na Basílica de São Pedro
O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’

O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.

O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.

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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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Corpo de Anic, advogada que desapareceu em Petrópolis, é encontrado concretado em quintal

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Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime

Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.

Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.

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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.

O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.

Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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