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Internacional

Fim do conflito entre Irã e Israel depende de atuação dos EUA

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O pesquisador do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da Fundação Getulio Vargas (FGV NPII), Leonardo Paz, disse que é difícil fazer estimativas, neste momento, mesmo que no curto e médio prazos, sobre o que resultará do conflito entre Israel e o Irã, porque não é possível calcular qual será o próximo passo do governo americano, que, segundo ele, é o elemento central de qualquer tipo de dinâmica que vai ocorrer neste confronto.

Ainda assim, o pesquisador avaliou que há possibilidade de ocorrer o encerramento dos embates neste período de tempo, caso os Estados Unidos entrem com mais firmeza, o que na situação atual não está visível no horizonte próximo. O pesquisador acrescentou que sem tropas israelenses ou americanas não será possível ocorrer, efetivamente, uma mudança de governo no Irã, embora tenha destacado que o uso de tropas depende de aprovação do Congresso norte-americano.

“É muito improvável pelo menos, então em curto e médio prazos, assumindo que os Estados Unidos entrem neste conflito, é provável ele acabar por uma quase capitulação do governo iraniano, fundamentalmente aceitando sentar à mesa de negociações e em condições piores do que vinham tentando colocar na mesa. Essa me parece que é a probabilidade”, indicou à Agência Brasil.

Para o pesquisador, por enquanto, o governo norte-americano vai tentar se escudar mais nessas missões de bombardeio, seja por caças ou mísseis cruzeiro.

“Isso vai fragilizar muito a posição iraniana. O Irã dificilmente vai contar com grandes apoios de outros países neste momento. A China está saindo da sua crise melhorando um pouco a sua situação que vinha em decaída econômica. A Rússia está envolvida com seu conflito com a Ucrânia, o que é até bom, me parece, porque as tensões estão saindo do leste europeu. Os principais aliados iranianos que eram poucos, a rede de contenção com o Hezbollah e Hamas, basicamente estão desarticulados. Tem um pouco ainda o Iêmen que pode ser que ajude. Aparentemente disse que pode entrar no conflito junto. Então, o Irã tem pouca capacidade de se impor neste conflito. Ele pode só gerar um pouco de caos fechando o estreito de Ormuz e é difícil saber por quanto tempo vai conseguir manter este estreito fechado, caso feche, dado o nível de violência que os Estados Unidos podem levar até o Irã com esses bombardeios”, completou.

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Leonardo Paz apontou ainda a volatilidade do posicionamento do governo americano. Ele lembrou que os Estados Unidos estavam em um contexto de negociação, inclusive, com reuniões marcadas de fato para o domingo passado com o Irã, justamente para continuar o processo de negociação do programa nuclear, entretanto, no meio das negociações, antes das últimas reuniões se concretizarem, eles já tinham mudado a direção da sua participação.

“O próprio secretário de estado [Marco Rubio] disse que não tinha nada a ver com isso, depois o Trump tentou um pouco roubar a cena dizendo que tinha partido dele, vinha dizendo que não ia participar do conflito no primeiro momento, que ia pensar e de repente já tinha participado com o bombardeio na zona da usina de Fordow”, comentou.

IBP

Em nota, a diretoria executiva do Instituto Brasileiro de Petróleo Gás (IBP), principal representante do setor de petróleo e gás no país, informou que realizou na manhã desta segunda-feira (23), no Rio de Janeiro, uma reunião para discutir os impactos do agravamento do conflito no Oriente Médio nos mercados global e nacional.

“O mercado internacional apresenta no momento alta volatilidade em razão da diminuição da produção de importantes países produtores, tais como o Irã, bem como das dificuldades logísticas de escoamento de petróleo e gás da região do Oriente Médio, por conta do risco de fechamento do estreito de Ormuz, região marítima entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico que é via de transporte de cerca de 20% de todo o petróleo global”, observou.

O IBP disse esperar uma redução nas tensões geopolíticas na região, no curto prazo, de modo que o mercado possa voltar a um estágio considerado normal. Para a entidade, o episódio evidencia a importância do Brasil manter um regime regulatório e tributário robusto, que sustente os investimentos de longo prazo em campos já descobertos, bem como a necessidade de avançar na atividade de prospecção e exploração de novas acumulações de petróleo no Brasil. “Tais como as planejadas nas bacias de Pelotas e na margem equatorial brasileira, dentre outras. Esta é uma estratégia que pode garantir a reposição das reservas já existentes, aumentar a segurança energética do país e a posição destacada do Brasil como exportador líquido de petróleo”, refletiu.

Firjan

Também em nota, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), chamou atenção para o possível encarecimento do petróleo no mercado internacional, que pode ocorrer em caso de agravamento do conflito no Oriente Médio. “Deve elevar os custos de produção em todo o mundo, reforçando o aumento de preços dos derivados e se espalhando por outras indústrias”, apontou.

Além do preço do petróleo, a gerente-geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da federação, Karine Fragoso, se mostrou preocupada com os impactos que um possível fechamento do Estreito de Ormuz pode ter em outras cadeias de produção, uma vez que é “uma rota relevante do fornecimento da commodity”.

A Firjan alertou que o mercado de energia já vive uma fase de preços altos globalmente, com a busca por matrizes mais limpas. “Neste ambiente, a redução da oferta e com manutenção da demanda inevitavelmente levaria a custos mais elevados. Como importadores de equipamentos, o Brasil pode ser atingido pela alta de preços, que pode ocorrer da redução da oferta de energia”, indicou na nota.

Karine Fragoso apontou ainda para a necessidade de recomposição das reservas.

“Isso joga luz sobre quão importante é a recomposição das nossas reservas. De acordo com o Anuário do Petróleo no Rio 2025, publicação lançada recentemente pela Firjan, temos menos de 13 anos, o que nos acrescenta riscos desnecessários e nos coloca numa posição de desvantagem frente a outras economias”, disse sustentando a necessidade de exploração das cinco bacias da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas, sendo que há dez anos o Brasil tinha 23 anos de reservas provadas.

A gerente-geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da federação, defendeu ainda o aumento da capacidade de refino para o óleo produzido no Brasil, com a adequação do parque industrial, que remonta à década de 80. Karine Fragoso pediu também o avanço em uma regulamentação que incentive o aumento de produção em campos maduros, como os da Bacia de Campos.

 



Fonte: Agência Brasil

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Lula: Em poucos dias teremos uma solução definitiva entre EUA e Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na madrugada desta segunda-feira (27) estar “convencido” de que em poucos dias haverá um acordo definitivo entre Estados Unidos e Brasil sobre o tema da taxação

“Estou convencido de que, em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil para que a vida siga boa e alegre do jeito que dizia o Gonzaguinha na sua música”, afirmou o presidente em coletiva de imprensa em Kuala Lumpur, na Malásia.

O presidente disse estar muito otimista com a reunião ocorrida com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou ter entregado um documento com temas que pretende abordar nas negociações.

“Eu estou muito otimista com a reunião de ontem e acho que nós vamos encontrar uma solução para o tarifaço. Não estou reivindicando nada que não seja justo para o Brasil e tenho, do meu lado, a verdade mais verdadeira do mundo: os Estados Unidos não têm déficit com o Brasil”, destacou.

Perguntado por jornalista estrangeiro se Trump fez alguma promessa ao Brasil, Lula brincou dizendo que não é santo para receber promessas. “Pra mim, o que ele tem que fazer é compromisso. E o compromisso que ele fez é que ele pretende fazer um acordo de muita boa qualidade com o Brasil.” 



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Argentinos vão às urnas para renovar Câmara e Senado

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Os argentinos já estão nas ruas neste domingo (26) para votar nas eleições legislativas que irão renovar 127 vagas da Câmara dos Deputados e 24 do Senado. Os centros eleitorais estão abertos desde as 8h à espera de 35 milhões de eleitores. A votação se encerrará às 18h (horário local), em todas as províncias.  

O novo processo eleitoral determinará a composição do Congresso para os dois últimos anos de mandato do presidente Javier Milei. Internamente, o pleito é visto como um referendo que irá avaliar o impacto das profundas políticas de austeridade do presidente argentino. 

Renovação 

Metade da Câmara dos Deputados da Argentina, ou seja, 127 cadeiras, bem como um terço do Senado, ou seja, 24 cadeiras, estão em disputa. A corrida mais relevante se dará na província de Buenos Aires, onde um grande número de vagas é disputado.

A previsão no país é que os primeiros resultados sejam divulgados às 23h.  

*Com informações da Agência Reuters e TeleSur 



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Casa Branca publica foto de encontro de Lula e Trump

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A Casa Branca publicou nas redes sociais uma foto do encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Kuala Lumpur, na Malásia, neste domingo (26).

Na postagem, Trump diz que foi uma honra se reunir com Lula e declarou que eles estão preparados para realizar bons acordos.

“É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. Acredito que seremos capazes de fazer bons acordos para os dois países. Nós sempre tivemos boas relações. Acredito que isso vai continuar”, declarou Trump.

Durante a reunião, o presidente Lula pediu a revogação do tarifaço norte-americano contra as exportações brasileiras.

Após o encontro, a diplomacia norte-americana foi autorizada por Trump a iniciar as negociações com o governo brasileiro.

Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana, como a Lei Magnitsky – mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior.



Fonte: Agência Brasil

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