Ação contará com quatro pilares: cadeias de suprimento de energia limpa; mercados de carbonos de alta integridade; finanças da natureza e da biodiversidade; e fundos climáticos multilaterais
Diogo Zacarias/MFEncontro aconteceu no Brasil
Após pronunciamento da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os governos dos dois países divulgaram um comunicado conjunto sobreclima, às margens do encontro dos ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), no Rio de Janeiro. “Fazendae Tesouro renovam sua intenção de trabalharem juntos, bilateralmentee multilateralmente, não apenas para envidar soluções para os desafios ambientais mais urgentes, mas também para aprimorar a coordenação e a integração, regional e nacional, de nossas economias sustentáveis e resilientes por meio dessa nova parceria.”
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De acordo com a nota, a Parceria pelo Clima contará com quatro pilares: cadeias de suprimento deenergia limpa; mercados de carbonos de alta integridade; finanças da natureza e da biodiversidade; e fundos climáticos multilaterais. O acordo, segundo os dois governo, ajudará a desenvolver políticas e liderará reformas em instituições internacionais em que ambos os países são partes interessadas, com o objetivo de tornar os capitais público e privado mais eficientes e que sejam efetivamenteempregados para enfrentar os desafios climáticos mais urgentes, incluindo tecnologias para produção deenergia limpa, cadeias de valor resilientes, mercados de carbono íntegros e conservação de florestas e da biodiversidade.
“Nós intencionamos alavancar nosso trabalho bilateral nos fóruns multilaterais tais quais o G20, Reuniões Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional; eem outras instituições financeiras internacionais bem como na Coalizão dos Ministros de Finanças para Ação Climática e as conferências anuais das partes em acordos ambientais multilaterais e seus mecanismos financeiros”, trouxe o documento. A quarta e última reunião financeira da atual edição do G20 ocorrerá em Washington.
O intuito da aproximação é o de desenhar a direção estratégica do Fundos de Investimento Climático (CIF, na sigla em inglês), ao apoiar o lançamento de seu Mecanismo de Mercado de Capitais, que financiará novos planos de investimento em áreas críticas para o emprego de tecnologias limpas. Em paralelo, Fazendae Tesouro estão explorando oportunidades, incluindo para o Brasil, da Janela Futura do Fundo de Tecnologia Limpa do CIF, apoiada por um empréstimo de US$ 568 milhões feito pelos Estados Unidos em 2023. “Avançar-se-ão a descarbonização da indústria e investimentos em energia limpa alinhadas com as prioridades nacionais”, trouxe o documento.
No início do comunicado, há uma menção às enchentes no Rio Grande do Sul, em abril, e que tiveram um “impacto devastador” no Sul do Brasil. “Nós expressamos nossas condolências aos familiares daqueles que morreram nesse desastree reconhecemos que o governo brasileiro está trabalhando arduamente para ajudar as centenas de milhares de pessoas que continuam desalojadas.”
O reconhecimento das graves crises ambiental e climática enfrentadas por todas as nações, de acordo com a nota, é parte da motivação da ação conjunta para endereçar a mudança climática e para endossar as oportunidades que tal enfrentamento apresenta para apoiar transições justas e o desenvolvimento econômico.
“Desde o ano passado, o Departamento do Tesouro Americano (Tesouro) e o Ministério da Fazenda do Brasil (Fazenda) têm implementado medidas sem precedentes para alinhar suas instituições às melhores políticas ambientais e climáticas”, trouxe o documento. “Oficiais sêniores de ambas as instituições se reuniram em diversas ocasiões, unidos por um compromisso comum em fazer avançar o desenvolvimento econômico inclusivo, que preserve o ambiente, promova integração regional e faça avançar os valores democráticos e de justiça social”, continuou.