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Internacional

Israel comete genocídio em Gaza, diz associação

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A Associação Internacional de Estudiosos do Genocídio (IAGS) afirmou que Israel comete genocídio na Faixa de Gaza. A resolução foi aprovada por maioria absoluta de mais de dois terços dos cerca de 500 membros da principal instituição que estuda o crime de genocídio no mundo.  

“O governo de Israel tem se envolvido em crimes sistemáticos e generalizados contra a humanidade, crimes de guerra e genocídio, incluindo ataques indiscriminados e deliberados contra civis e infraestrutura civil (hospitais, residências, edifícios comerciais, etc.) de Gaza”, diz o documento de três páginas aprovado neste domingo (31).

Israel condenou a resolução da IAGS e disse que “baseia-se inteiramente na campanha de mentiras do Hamas”. Fundada em 1994, no contexto do genocídio de Ruanda, na África, a associação organiza conferências no mundo todo e publica revistas científicas sobre o tema do genocídio

Para os estudiosos, a matança de crianças em Gaza; as declarações de autoridades israelenses; os ataques a locais de produção de alimentos, entre outros fatos, justificam classificar as ações de Israel como genocídio segundo definição do artigo 2º da Declaração para Prevenção do Genocídio de 1948. 

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A AIGS reconheceu ainda que as ações de Israel contra palestinos incluem tortura; detenção arbitrária; violência sexual e ataques deliberados contra médicos, trabalhadores humanitários e jornalistas, além da privação deliberada de alimentos, água, medicamentos e eletricidade essenciais à sobrevivência da população.

A associação lembra ainda que Israel deslocou a força quase todos os 2,3 milhões de palestinos de Gaza e demoliu mais de 90% da infraestrutura habitacional do território.

“As consequências desses crimes incluíram a destruição de famílias inteiras e de várias gerações de palestinos; Reconhecendo que Israel destruiu escolas, universidades, bibliotecas, museus e arquivos, todos eles essenciais à continuidade do bem-estar e da identidade coletiva palestina”, diz a resolução aprovada.

Israel é acusado de genocídio ainda na Corte Internacional de Justiça (CIJ) pela África do Sul, processo que ganhou apoio de outras nações, incluindo o Brasil. Diversas organizações de direitos humanos internacionais, como Anistia Internacional e Human Rights Watch, também classificam a ação em Gaza como genocídio, o que Tel Aviv nega.

Crianças

A Associação também lembrou que Israel matou ou feriu mais de 50 mil crianças “e que essa destruição de uma parte substancial de um grupo constitui genocídio”.

Segundo a organização, “as crianças são essenciais para a sobrevivência de qualquer grupo como tal, uma vez que a destruição física do grupo é assegurada quando este não consegue se regenerar”.

Autoridades palestinas

Os estudiosos em genocídio destacaram as declarações de autoridades de Tel Aviv caracterizando os palestinos como um todo como inimigos, “animais humanos” e afirmando intenção de infligir “dano máximo” à Gaza.

“O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu endossou o plano do atual presidente dos EUA de expulsar à força todos os palestinos da Faixa de Gaza, sem direito de retorno, no que Navi Pillay, chefe da Comissão de Inquérito da ONU sobre os Territórios Palestinos Ocupados, considerou equivalente a uma limpeza étnica”, diz a associação.

Fome

Os estudiosos ponderam ainda que a destruição deliberada de campos agrícolas, armazéns de alimentos e padarias, em conjunto com a restrição de entrada de ajuda humanitária em Gaza, “indicam a imposição intencional de condições insuportáveis, resultando na fome dos palestinos em Gaza”.

A fome entre palestinos na Faixa de Gaza atingiu o patamar 5, o mais grave na classificação sobre segurança alimentar. Isso significa que a população no território vive uma catástrofe humanitária, segundo a Organização da ONU pra Alimentação e Agricultura (FAO). 

Ainda segundo a AIGS, a resposta de Israel ao ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 não foram direcionadas apenas contra o grupo de resistência palestino. “Mas também tiveram como alvo toda a população de Gaza”, completa.

Israel

Por meio de nota, o governo de Israel voltou a negar que pratique o genocídio na Faixa de Gaza e que a declaração da Associação Internacional de Estudiosos do Genocídio “é uma vergonha para a profissão jurídica e para qualquer padrão acadêmico”.

“Baseia-se inteiramente na campanha de mentiras do Hamas e na lavagem dessas mentiras por terceiros. O IAGS não realizou a tarefa mais básica da pesquisa, que é verificar as informações. Chega até a deturpar o que a CIJ [Corte Internacional de Justiça]”, diz comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Tel Aviv. 

O governo israelense acrescenta que “pela primeira vez” os estudiosos do genocídio acusam “a própria vítima de genocídio, apesar da tentativa de genocídio do Hamas contra o povo judeu, assassinando 1.200 pessoas”. Israel alega que apenas luta contra o Hamas e que busca recuperar os reféns ainda em controle do grupo.

Definição

O crime de genocídio é tipificado pela Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio de 1948, das Nações Unidas (ONU).

O artigo 2º do documento afirma que entende-se por genocídio qualquer um dos seguintes atos cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso

  • Matar membros do grupo
  • Causar sérios danos físicos ou mentais a membros do grupo
  • Submeter intencionalmente o grupo a condições de vida destinadas a causar a sua destruição física, no todo ou em parte
  • Imposição de medidas destinadas a impedir o nascimento de crianças dentro do grupo
  • Transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo



Fonte: Agência Brasil

Internacional

Lula se reúne com Trump na Malásia e discute relações entre Brasil-EUA

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu neste domingo (26) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia. O encontro durou cerca de 50 minutos e ocorreu durante a realização da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Durante a reunião, Lula disse que não há razão para desavenças com os Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata do tarifaço contra as exportações brasileiras, enquanto os dois países estiverem em negociação. Em julho deste ano, Trump anunciou um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos. Em seguida, ministros do governo brasileiro e do Supremo Tribunal Federal (STF) também foram alvo da revogação de vistos de viagem e outras sanções pela administração norte-americana. 

“O Brasil tem interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença entre Brasil e Estados Unidos, porque nós temos certeza que, na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, cada um coloca seus problemas, a tendencia natural é encaminhar para um acordo”, afirmou o presidente.

Além dos presidentes, também participaram do encontro o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretario de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Suspensão das tarifas

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, falou com a imprensa após o encontro e disse Trump autorizou sua equipe a iniciar as negociações para revisão do tarifaço ainda na noite deste domingo, no horário local da Malásia, 11 horas a frente do Brasil. 

“A reunião foi muito positiva, o saldo final é ótimo. O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo, um período de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo”, afirmou o chanceler.

Admiração

Segundo Vieira, os presidentes tiveram uma conversa descontraída e Trump disse que admira a trajetória política de Lula.

“Trump declarou admirar o perfil da carreira política do presidente Lula, já tendo sido duas vezes presidente da República, tendo sido perseguido no Brasil, se recuperado, provado sua inocência, voltado a se apresentar e, vitoriosamente, conquistando o terceiro mandato”, afirmou.

Visitas

O chanceler brasileiro também confirmou a intenção de Trump vir ao Brasil. A data ainda não está confirmada.

“O presidente Lula aceitou também e disse que irá, com prazer, aos Estados Unidos. Trump disse que admira o Brasil e que gosta imensamente do povo brasileiro”, comentou.



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

Lula propôs ser interlocutor entre EUA e Venezuela, diz chanceler

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse neste domingo (26) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou à disposição para atuar como interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela. 

Mais cedo, Lula se reuniu com presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia.

Segundo o chanceler brasileiro, Lula disse que a América do Sul é uma região de paz e que é necessário buscar soluções aceitáveis.

“O presidente Lula levantou o tema e disse que a América Latina e a América do Sul, onde estamos, é uma região de paz. E ele se prontificou a ser um contato, um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela, para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países”, afirmou.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram tropas terrestres e um porta-aviões para o Caribe. O governo Trump bombardeou embarcações, sob a justificativa de estar combatendo as rotas de narcotráfico que abastecem os Estados Unidos. Trata-se da mais recente operação da campanha antidrogas do presidente Donald Trump na região.

Para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o reforço militar na região objetiva tirá-lo do poder.



Fonte: Agência Brasil

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Internacional

A empresários, Lula diz que mundo não aceita “nova Guerra Fria”

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo (26) que o mundo não aceita mais uma “nova Guerra Fria”. A declaração de Lula foi feita durante uma reunião com empresários em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Ao defender o comércio e investimentos estrangeiros nos dois países, Lula disse que Brasil quer estar do lado de todos que querem fazem negócios.

“A Asean é um parceiro muito importante e tende a ser muito mais importante, porque o mundo de hoje não aceita mais uma nova Guerra Fria. Nós não queremos ficar disputando, como se disputou, a partir da Segunda Guerra Mundial, o que era do lado da Rússia, o que era do lado dos Estados Unidos. A gente não quer uma nova disputa do lado dos Estados Unidos, do lado da China. A gente quer estar do lado da China, dos Estados Unidos, da Malásia, da Indonésia, de todos os países do mundo que queiram fazer negócio conosco”, afirmou.

O presidente também defendeu a integração do Brasil com a América do Sul e disse que, desde seu primeiro mandato, em 2003, busca a ampliação de parcerias internacionais.

“Durante muito tempo, o Brasil esteve isolado na América do Sul. O Brasil olhava para a Europa e os Estados Unidos, e nós resolvemos tomar a decisão de que era preciso fazer o Brasil ter uma importância maior na geopolítica econômica e comercial”, completou.

Mais cedo, Lula se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu a revogação do tarifaço norte-americano contra as exportações brasileiras.

A primeira reunião de negociação entre as diplomacias brasileira e norte-americana será realizada ainda neste domingo na Malásia.



Fonte: Agência Brasil

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