Um dia após o ataque que matou 37 pessoas, incluindo terroristas do Hezbollah, aviões de Israel bombardearam o sul do Líbano neste sábado (21)
Rabih Daher/AFP Fumaça sobe no local de um ataque aéreo israelense nos arredores da vila de Zawtar, no sul do Líbano, neste sábado (21)
Aviões israelenses bombardearam o sul do Líbano neste sábado (21), aumentando os temores de uma guerra total, um dia depois de um bombardeio que matou 37 pessoas, incluindo terroristas do Hezbollah, em um subúrbio de Beirute. “Na última hora, lançamos um ataque em larga escala no sul do Líbano, depois de identificar os preparativos do Hezbollah para disparar contra o território israelense”, disse o porta-voz do Exército, Daniel Hagari, durante a noite, acrescentando que ‘dezenas de aviões da força aérea’ estavam envolvidos na operação.
Mais cedo, Israel disse que tinha como alvo “milhares de plataformas de lançamento de foguetes” na área “prontas para uso”. O movimento terrorista pró-iraniano Hezbollah anunciou que havia disparado dezenas de foguetes contra posições militares no norte de Israel – “cerca de 90”, de acordo com o exército israelense.
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O Hezbollah abriu uma frente na fronteira com Israel há quase um ano, após o início da guerra na Faixa de Gaza, em apoio ao seu aliado islamista Hamas, no poder nesse território palestino.
A Defesa Civil de Gaza anunciou neste sábado que pelo menos 21 pessoas foram mortas em um bombardeio israelense contra uma escola onde os desabrigados estavam abrigados, mas que, segundo o Exército israelense, era usada como base por “terroristas”.
Conflitos dos últimos dias
O bombardeio de sexta-feira (20) no sul da capital libanesa, que deixou uma enorme cratera, atingiu uma área densamente povoada. O número de mortos, 37, incluindo três crianças, pode aumentar, pois “os destroços ainda estão sendo retirados” do prédio destruído, de acordo com o Ministério da Saúde.
“Estávamos em casa quando ouvimos um estrondo. Pensamos que a guerra havia começado”, disse Zeinab, uma dona de casa de 35 anos que pediu para ser identificada apenas pelo nome.
Uma fonte próxima ao Hezbollah disse que o ataque teve como alvo sua força de elite, a unidade Radwan, que estava realizando uma reunião em um porão, acrescentando que 16 de seus membros foram mortos. O Hezbollah disse que entre os mortos estavam Ibrahim Aqil, chefe da unidade, bem como Ahmed Mahmoud Wahbi, que estava encarregado das operações militares até o início deste ano.
A operação israelense de sexta-feira ocorreu após duas ondas de explosões de pagers e walkie-talkies usados por terroristas do Hezbollah, que entre terça e quarta-feira deixaram 39 pessoas mortas e quase 3.000 feridas em redutos da milícia no Líbano, segundo autoridades.
Israel não comentou os ataques, que ocorreram principalmente na periferia sul de Beirute, bem como no sul e no leste do Líbano, três redutos do Hezbollah. O chefe do grupo islamista, Hasan Nasrallah, no entanto, culpou o Hezbollah pelas explosões e prometeu “punição justa”.
A ONU disse que estava “profundamente preocupada” com a situação e conclamou “todas as partes a reduzir a escalada imediatamente” e “mostrar o máximo de contenção”. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, cancelou sua participação na Assembleia Geral da ONU em Nova York por causa, segundo ele, dos “horríveis massacres israelenses” no Líbano.
Escola que abriga refugiados é bombardeada
Após o bombardeio de sexta-feira perto de Beirute, Hagari, disse que a intenção não era provocar “uma ampla escalada na região”. Até agora, os principais objetivos de Israel têm sido a destruição do Hamas, no poder em Gaza desde 2007, e o retorno dos reféns ainda mantidos no território palestino.
A guerra de Gaza eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando combatentes islâmicos mataram 1.205 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, de acordo com uma contagem baseada em dados oficiais israelenses, que inclui reféns mortos ou mortos enquanto estavam em cativeiro em Gaza.
Dos 251 sequestrados durante a incursão islâmica, 97 ainda estão presos em Gaza, embora 33 deles tenham sido declarados mortos pelo exército israelense.
A ofensiva israelense em resposta a essa incursão matou pelo menos 41.391 palestinos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território, que a ONU considera confiáveis.
Na Cidade de Gaza, no norte, a Defesa Civil disse que um bombardeio na escola Al Zaytun C, que abrigava milhares de pessoas deslocadas, matou “21 pessoas, incluindo 13 crianças e seis mulheres”, uma delas grávida.
O exército israelense disse que “realizou um bombardeio contra terroristas que operavam dentro de um centro de comando e controle do Hamas na Cidade de Gaza”.
*Com informações da AFP Publicado por Carolina Ferreira
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte