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‘O Sequestro do Papa’: uma obra-prima cinematográfica de Marco Bellocchio

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Bellocchio nos brinda com uma narrativa grandiosa, explorando o poder da Igreja e o drama de uma família no século XIX; filme estreia nesta quinta-feira (11) nos cinemas brasileiros

Divulgação/Pandora FilmesCópia de 02.RAPITO_di_Marco_Bellocchio_nella foto Paolo Pierobon e Enea Sala_ph Anna Camerlingo_DSC5099_
Edgardo Mortara e o dilema entre fé e família em um épico visualmente deslumbrante

Marco Bellocchio, um dos grandes mestres do cinema italiano, retorna com “O Sequestro do Papa”, uma obra que combina grandiosidade visual e profundidade emocional. O filme mergulha na história verídica de Edgardo Mortara, um garoto judeu que, em 1851, foi arrancado de sua família pelo regime papal de Pio IX, após ser batizado em segredo. Desde os primeiros minutos, a magnitude da produção é evidente. Bellocchio recria a Itália do século XIX com uma precisão impressionante, transportando o espectador para uma época onde a opulência dos cenários e a riqueza dos figurinos são tão impactantes quanto a própria narrativa. A atenção meticulosa aos detalhes desde as roupas de época até os grandiosos palácios confere ao filme uma autenticidade rara.

Cópia de Rapito di Marco Bellocchio_nella foto Barbara Ronchi e Enea Sala ph Anna Camerlingo_DSC4175

Bellocchio, sempre um crítico sagaz da influência religiosa na sociedade, utiliza o caso de Mortara para explorar temas complexos de poder e identidade. O filme se destaca não apenas pela sua construção histórica, mas também pelo seu estilo operístico. Bellocchio adota uma abordagem cinematográfica clássica, evocando a sensação de assistir a uma ópera em cada cena. A trilha sonora, composta por uma orquestra exuberante, acompanha cada emoção dos personagens, amplificando os sentimentos e adicionando camadas de profundidade à narrativa.

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Os personagens são retratados com uma intensidade dramática que beira o teatral. Paolo Pierobon, como Papa Pio IX, entrega uma performance poderosa, carregada de nuances e complexidade. Ele encarna o antagonismo de maneira quase caricatural, mas com uma gravidade que reforça a crítica de Bellocchio à autoridade eclesiástica. Do outro lado, o jovem Edgardo Mortara, interpretado por Enea Sala na infância e Leonardo Maltese na juventude, é o retrato da inocência perdida e da luta desesperada de uma criança arrancada de seu mundo.

Cópia de Rapito di Marco Bellocchio_nella foto Paolo Pierobon e Filippo Timi_ph Anna Camerlingo_DSC3400

Paolo Pierobon e Filippo Timi em cena do filme ‘O Sequestro do Papa’

Uma das cenas mais memoráveis do filme é a transformação de uma estátua de Jesus em um homem real, que desce da cruz e caminha pela igreja, simbolizando a esperança e a redenção em meio à opressão. Essa cena mostra a capacidade de Bellocchio de mesclar o real com o simbólico. Apesar de sua grandiosidade, “O Sequestro do Papa” não é isento de críticas, a abordagem de Bellocchio pode parecer excessivamente maniqueísta, com uma clara divisão entre o bem e o mal. A narrativa se ressente de uma maior sutileza, muitas vezes entregando ao público uma visão simplista dos eventos.

O título brasileiro, “O Sequestro do Papa”, pode ser enganador, sugerindo que o líder religioso foi a vítima do sequestro, quando na verdade a história gira em torno de Edgardo Mortara. Esse título sensacionalista parece uma tentativa de atrair um público maior, mas não faz jus à complexidade da trama.  A produção foi indicada em 11 categorias no Davi di Donatello, entre elas, melhor filme, diretor e roteiro adaptado, e venceu nas categorias melhor figurino, maquiagem e cabelo.

Em resumo, “O Sequestro do Papa” é uma obra essencial para os amantes do cinema que apreciam uma narrativa profunda e uma produção luxuosa. Bellocchio, com sua visão artística única, entrega um filme que permanecerá na memória dos espectadores por muito tempo. O longa estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (11), com distribuição da Pandora Filmes.

Confira o trailer abaixo:





Fonte: Jovem Pan

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ENQUETE – MORNING SHOW – Você toma precauções no trânsito contra assaltos?

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Fonte: Jovem Pan

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‘Estamos próximos de uma guerra quase mundial’, alerta papa Francisco

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O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’

GIUSEPPE LAMI/EFE/EPAPapa Francisco preside Santa Missa da Vigília Pascal na Noite Santa de Páscoa na Basílica de São Pedro
O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’

O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.

O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.

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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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Corpo de Anic, advogada que desapareceu em Petrópolis, é encontrado concretado em quintal

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Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime

Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.

Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.

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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.

O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.

Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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