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O estudo adota metodologia própria para análises que podem ajudar a identificar fatores em comum, incluindo ponderações sobre a intensidade do tráfego no local do acidente e a severidade da ocorrência. Levando em consideração fatores como perda material, feridos e mortos, os acidentes na malha sob gestão pública seguem sendo os mais perigosos.
Em 2023, dos 34,6 mil acidentes registrados nas rodovias administradas pelo Estado, a taxa de severidade calculada pelo FDC ficou em 8,57 pontos. Já entre os 30,5 mil registrados na malha concedida, a taxa de severidade ficou em 2,82 pontos. Na média de 2018 a 2023, a taxa de severidade foi de 9,66 contra 2,54 (concessões).
“Apesar do aumento de investimentos em manutenção e recuperação de rodovias federais públicas nos últimos anos, ainda é altíssima a diferença em acidentes de alta severidade entre trechos concedidos e os sob gestão pública, o que não pode ser desprezado de maneira nenhuma”, afirma Paulo Resende.
Estados
Na avaliação por Estados, o estudo aponta que as rodovias federais localizadas em 12 UFs (cerca de 46% do total de 27) responderam por 82% das ocorrências. Por ordem decrescente de número de acidentes: Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Goiás, Pernambuco, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as rodovias federais sob gestão pública são as que mais contribuem na formação da taxa de severidade dos acidentes. O contrário se verificou em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo.
O estudo destaca que as rodovias BR-101 e a BR-116, ambas de grande extensão, permanecem nas duas primeiras posições quanto à taxa de severidade dos acidentes e também em número absoluto, repetindo o comportamento verificado entre 2018 e 2021, que já haviam sido analisados e divulgados pela Fundação.