Britânico vão às urnas na próxima quinta-feira (4) para eleger o novo primeiro-minitro, o quatro em menos de dois anos
Justin TALLIS, Kirsty WIGGLESWORTH / AFP / POOL
Primeiro-ministro britânico Rishi Sunak e Líder da oposição trabalhista, Keir Starmer
Acontece nesta quinta-feira (4) no Reino Unido, as eleições que vão definir o próximo primeiro-ministro do país. Há três dias da votação, o Partido Trabalhista, liderado por Keir Starmer, aparece com a vantagem e pode acabar, depois de 14 anos, com o governo dos Conservadores. Essas são as primeiras eleições desde dezembro de 2019, e os britânicos podem ter o quarto primeiro-ministro em um intervalo de menos de dois anos. Isso porque, os conservadores, liderados por Boris Johnson, foram os vencedores com ampla vantagem sobre o Partido Trabalhista, contudo ele deixou o cargo em 2022 após uma série de escândalos. Johnson foi substituído em Downing Street pela efêmera Liz Truss, que durante seus 49 dias no poder semeou confusão nos mercados financeiros com anúncios de cortes de impostos não financiados, antes de ser substituída em 25 de outubro de 2022 por Rishi Sunak, atual premiê. No mandato de Truss, rainha Elizabeth II morreu, em 8 de setembro de 2022.
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Confira o que está em jogo nessas eleições:
650 cadeiras:
A votação definirá as 650 cadeiras da Câmara dos Comuns: 543 eleitas na Inglaterra, 57 na Escócia, 32 em Gales e 18 na Irlanda do Norte. Os conservadores apresentarão candidatos em 635 distritos eleitorais, os trabalhistas e o Partido Democrata Liberal em 631, enquanto o partido de extrema direita ‘Reform UK’ em 630, quase o dobro do registrado há cinco anos, e os Verdes em 629. No total, 4.515 candidatos disputarão as eleições, um recorde.
Método de votação
Os parlamentares são eleitos por sufrágio universal para um mandato de cinco anos. Em cada circunscrição eleitoral, o candidato que recebe o maior número de votos é declarado vencedor. Este método de votação favorece os partidos majoritários, neste caso os conservadores e os trabalhistas. O primeiro-ministro é nomeado pelo rei. Ele pode ser o líder do partido mais votado, caso obtenha maioria absoluta, ou da principal legenda da coalizão formada, caso a maioria absoluta não seja alcançada.
Maioria absoluta
Para obter a maioria absoluta, um partido deve conquistar ao menos 326 cadeiras, mas na realidade o número é levemente inferior, pois ao menos quatro deputados (o presidente da Câmara, chamado de ‘porta-voz’, e seus vices) nunca participam nas votações. Além disso, os deputados do partido republicano Sinn Féin da Irlanda do Norte, atualmente a principal força política naquela região, se negam a sentar nas cadeiras de Westminster porque não reconhecem a autoridade do Parlamento britânico.
Funcionamento
Os representantes eleitos da Câmara dos Comuns examinam e votam as leis apresentadas pelo governo e também podem propor seus projetos. Depois de ceder alguns poderes aos Parlamentos locais da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, nas áreas da saúde, transportes e moradia, apenas algumas destas leis afetam todo o Reino Unido. Os deputados eleitos também avaliam o trabalho do governo em comissões temáticas. No início da legislatura, os membros da Câmara escolhem um presidente, o “porta-voz”, e três vices.
O segundo partido mais votado depois da legenda no poder, ou o partido com mais votos que não integra uma coalizão, lidera a oposição. Este partido de oposição forma um “gabinete da sombra”, uma espécie de réplica do governo, e seu líder questiona o primeiro-ministro no Parlamento todas as semanas, geralmente às quartas-feiras. Ao contrário de muitos Parlamentos no mundo, a Câmara dos Comuns não tem a forma de semicírculo e a oposição senta de frente para os deputados do partido no poder.
O pontífice também disse orar ‘para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar’
GIUSEPPE LAMI/EFE/EPA O papa acrescentou que ‘a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem’
O papa Francisco advertiu nesta sexta-feira (27) que “estamos próximos de uma quase guerra mundial” e espera que “aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz”, durante seu discurso a autoridades belgas no Castelo de Laeken, em seu primeiro ato oficial na Bélgica. “Rezo para que os líderes das nações, ao olharem para a Bélgica e sua história, aprendam com ela e, assim, salvem seu povo de catástrofes intermináveis e luto incontável. Rezo para que aqueles que governam saibam assumir sua responsabilidade, o risco e a honra da paz, e saibam afastar o perigo, a ignomínia e o absurdo da guerra”, afirmou.
O pontífice também disse orar “para que eles temam o julgamento da consciência, da história e de Deus, e convertam seus olhos e corações, sempre colocando o bem comum em primeiro lugar”. Diante do rei belga Philippe e da rainha Mathilde e do primeiro-ministro em exercício, Alexander De Croo, com quem se reuniu nesta sexta-feira, o papa desejou que a Bélgica seja “uma ponte, portanto, indispensável para construir a paz e repudiar a guerra”. “Essa é a dimensão da pequena Bélgica. Você entende a necessidade da Europa de se lembrar de sua história, composta de povos e culturas, de catedrais e universidades, das conquistas da engenhosidade humana, mas também de tantas guerras e de um desejo de dominar que às vezes se transformou em colonialismo e exploração”, lembrou.
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O papa acrescentou que “a Europa precisa da Bélgica para levar adiante o caminho da paz e da fraternidade entre os povos que a compõem”, especialmente “se as fronteiras e os tratados começarem a ser desrespeitados, e o direito de criar leis for deixado às armas, subvertendo a lei existente, a caixa de Pandora será aberta e todos os ventos começarão a soprar violentamente, batendo contra a casa e ameaçando destruí-la”. O líder religioso pediu “ações culturais, sociais e políticas constantes e oportunas que sejam corajosas e prudentes e que excluam um futuro no qual a ideia e a prática da guerra, com suas consequências catastróficas, sejam novamente uma opção viável”.
*Com informações da EFE Publicado por Marcelo Bamonte
Vítima foi encontrada em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime
Quase sete meses após o seu desaparecimento, o corpo da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy foi encontrado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na quarta-feira (25) em Petrópolis, na região serrana do Rio. O corpo de Anic foi identificado por meio de exame odontológico, feito por peritos do Instituto Médico Legal do Rio e cujo resultado foi divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira (26). Ele estava concretado em um muro no quintal da casa de Lourival Correa Netto Fadiga, que trabalhava para a família da vítima e confessou ter cometido o crime.
Em entrevista à TV Record, a advogada de Fadiga, Flávia Froes, afirmou que a morte de Anic foi planejada em conjunto pelo seu cliente e pelo marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy, e que o sequestro era uma forma de encobrir o homicídio. O motivo do crime seria uma questão familiar, disse a advogada. A defesa de Benjamin Herdy nega que ele tenha participado do crime e classificou a confissão de Fadiga como “um ato de desespero e crueldade”.
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Anic tinha 54 anos, era advogada, estudante de Psicologia e casada com Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos, herdeiro de uma família que foi proprietária de um importante grupo educacional no Rio. O casal vivia em Petrópolis, na serra fluminense. Ela foi vista pela última vez em 29 de fevereiro saindo de um shopping de Petrópolis. Câmeras de vigilância do estabelecimento mostraram que ela parou o carro no estacionamento, trocou mensagens por celular e, minutos depois, saiu do centro comercial, atravessando uma rua. No mesmo dia, Benjamin recebeu mensagem no celular informando que Anic havia sido sequestrada. As mensagens, enviadas do próprio celular da advogada, também traziam ameaças contra ela. Os sequestradores pediram R$ 4,6 milhões como resgate e orientaram o marido a não avisar a polícia.
O caso só foi informado à polícia 14 dias depois, por uma filha, e passou a ser investigado pela 105ª DP (Petrópolis). Àquela altura, o montante pedido pelos supostos sequestradores já havia sido pago e um áudio de conversa de telefone entre Benjamin e Lourival foi gravado pela filha. Quatro suspeitos foram presos, incluindo Lourival, que seria um homem de confiança da família e o mandante do crime. Ele se apresentava como policial federal, mas, segundo as investigações, nunca integrou os quadros da corporação. Além dele, um casal de filhos e uma mulher com quem ele teria um caso também foram presos. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou denúncia contra os suspeitos. Os investigadores tiveram acesso aos telefones de todos os envolvidos e cruzaram dados de localização do dia do sequestro e do pagamento dos resgates.
Segundo mostrou o Fantástico, da TV Globo, foi possível comprovar que Lourival não esteve em uma favela para supostamente pagar os criminosos – mas sim em uma concessionária na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde comprou uma caminhonete avaliada em R$ 500 mil e uma moto. Também adquiriu 950 aparelhos celulares, que foram levados a uma loja da família. Os filhos estiveram na concessionária com o pai, e a mulher chegou a viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para resolver pendências relativas à aquisição dos celulares. Os três também teriam ajudado a ocultar os valores do resgate.
*Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Marcelo Bamonte